A gente é o que realmente tem que ser. Não adianta contestar,
ficar triste, taciturno, cabisbaixo, pelo que deixamos de fazer o que não
fizemos, afinal de contas, ninguém pode se sustentar naquilo que na verdade a
gente não é e jamais será. Circunstâncias vão e vem, mas serão sempre fases
circunstancias inapagáveis ou não, a depender de como se deram tais
circunstâncias na vida de cada um.
Temos que em muitos casos, nos aguentar firmemente num
determinado lastro moral e até mesmo para forças da natureza desconhecidas e
misteriosas, para que possamos dar continuidade à vida. Não é fácil a gente
observar friamente que muitos de nossos estão indo assim sem mais nem menos.
Muitos de forma natural, mas nem sempre, dentro do tempo delimitado para o
lapso temporal de se viver. E aí há de se questionar: será que existe realmente
tempo para nascer, crescer, viver e morrer? – Eis o grande dilema, insondável mistério,
que a ninguém até hoje, se chegou a uma resposta convincente dessa
insustentável leveza do que não somos.
Muitos enfrentam uma vida dura; outros nem tanto assim,
porque não buscaram na seriedade, na legalidade, levar o seu meio de vida
decentemente e isso, para nós que pensamos e imaginamos de forma diferente, não
aceitamos facilmente determinadas coisas e acontecimentos, tampouco o que
diuturnamente a gente é capaz de captar, de ver com os nossos próprios olhos. E
aí cabe nos perguntar: até aonde se pode dizer que vivemos numa insustentável
leveza do ser, se não sabemos sequer dessa não sustentável leveza, porque a
vida em muitos casos, tem sido muito cruel com muita gente, daí sofrermos as consequências
de simplesmente viver e não estarmos assim tão seguros do que realmente somos e
para onde será o nosso destino, fato que há tanto a se questionar.
Acaso por toda a nossa vida vivemos no sofrimento, então que
razão existe para viver e se ter uma vida focada na leveza do ser, quando não
existe essa sustentação da leveza do ser, muito menos em que momento e para
que, a gente veio realmente a esse mundo. Será que somos obrigatoriamente a
agir sempre dentro de padrões politicamente corretos, ou devemos vez por outra
sair dos trilhos nessa insustentável leveza do não ser.
Por isso nem sempre se poderia chegar a dizer que A, B ou C,
está certo ou errado, porque afinal, o que é certo ou errado para uma sociedade
em conflito, tresloucada e que perdeu a essência da vida e do viver. Então é
por isso mesmo, que desembocamos na INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO NÃO SER, em algumas
circunstâncias de nossas vidas, sem que para isso, venhamos a perder a nossa
doçura e ternura de cada amanhecer, quer seja triste ou alegre, mas o
importante é sempre buscar fazer o melhor que podemos fazer, apesar de em
muitos casos darmos vários passos à frente e, aqui, acolá, um para trás, porém
nem por isso, devemos nos condenarmos pelo passo politicamente incorreto que
demos, porque o julgamento de cada um de nós, deve ser pelo todo, não por
partes desse todo que está dentro de cada um de nós.
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