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quarta-feira, 20 de abril de 2016

NAS CIRCUNSTÂNCIAS DA POLÍTICA BUIQUENSE, PARA QUAL DOS DOIS LADOS FAZER A OPÇÃO?



    Aqui em Buíque, desde que me entendo de gente, nunca existiu política ideológica, mas puramente fisiológica. Na verdade, quando criança, sempre percebi que existiram sempre dois lados e a política sempre foi polarizada nessa rodinha dessa ciranda política buiquense do Clube do Bolinha. Um dos lados, tinha o seu comitê eleitoral, nas campanhas políticas, com dois bicos de difusoras, no primeiro andar onde hoje se localiza o comércio de Floro e, o outro lado, no sótão daquele local onde construíram um monstrengo, do lado contrário da praça Major França e de frente para a Igreja Matriz, da mesma forma, ficavam dois bicos com os mesmos tipos de instrumentos propagandísticos da época e, as músicas de campanha, que sempre marcaram presença, eram cantadas ao vivo pelas militantes de ambos os lados, nos horários previstos pela propaganda eleitoral. Era tudo feito praticamente de forma simples e artesanal, mas o que mais gostava de apreciar eram as fotos em preto e branco dos candidatos a prefeito ou a algum tipo de mandato eletivo em disputa.
     Passou todo esse tempo, porém a política de Buíque, em nada se inovou nesse aspecto, a não ser na violência, porque no geral, toda época de política, sempre existiam confusões pesadas, ameaças veladas e reais, mas nunca existiu uma política inovadora verdadeiramente ideológica, mas era mais emocionante do que nos dias atuais, se participar, acompanhar uma política de Buíque. A esculhambação em palanques, também puxados por comícios ao som de difusoras, eram acirradas até a medula e, no lugar que um lado frequentava, de um determinado partido A, ou do lado B, não aparecia, não colocava os pés de forma alguma, mesmo assim, em muitas políticas, os caciques que comandavam, muitos dos quais eram do tipo de coronéis de baionetas, se aliavam para derrubar uns aos outros e, em muitas ocasiões, o candidato de determinado apoiador, tinha que ganhar, porque já naquela época, existiam candidaturas que estavam atoladas até o pescoço em fechamento de suas contas públicas, embora os recursos fossem parcos, mesmo assim, práticas corruptivas eram uma realidade, embora guardadas as proporções do que elas representam no mundo real de hoje.
    Ora, se naqueles idos já se praticava a nefasta corrupção, imagine nos dias atuais onde, apesar da crise, mas duvido que se pratique uma administração séria, como qualquer do povo pode perceber, porque ninguém é cego de guia e todo mundo reclama, até porque, os meios de comunicação hoje em dia, são mais sofisticados e chegam em tempo real, em que qualquer informação a qualquer pessoa que more de um extremo de Buíque a outro, chega em questão de segundos. É uma triste realidade. Prestação de contas aprovadas relativo a exercícios financeiros de qualquer que venha a ser o ano, nada significa, porque o roubo está estampado na cara de quem os prática, principalmente pela apresentação de volumes econômicos e financeiros em flagrante desproporção ao que legalmente se ganha da municipalidade, à título de representante do povo, porém nada aparece em nome do gestor público, seja este de qualquer nível de cargo que ocupe, mas o acúmulo de bens, que para fugirem ao fisco, colocam em nome de laranjas, tira a reta do gestor da mira do fisco e da justiça e, de forma descarada, sem maiores explicações, o órgão encarregado de fiscalizar, o TCE-PE, faz de conta que fiscaliza, aprova uma contabilidade financeira maquiada e termina por mandar aprovar contas de exercícios financeiros, mesmo que sejam viciadas e contaminadas pelo vírus da corrupção e do desvio do dinheiro público. Acredito que Buíque, precisa urgentemente de uma chacoalhada da Polícia Federal, para, a exemplo de outros municípios fazer uma séria investigação, principalmente da parte de repasses de recursos federais, para aquilatar o tamanho do rombo e descobrir in loco, que todo processo licitatório, sem tirar nem colocar, é fruto da fraude, de falcatrua, através de empresas laranjas ou fantasmas, que só existem mesmo no papel, por isso mesmo, nossa terra precisa passar urgentemente por uma situação dessas, para se chegar a verdade real dos fatos. Conta aprovada nada significa, porque a gente percebe muito político ou agente político de Buíque, com riquezas que não bate em hipótese alguma com a renda legal auferida do município. Outra mais, ninguém vê praticamente a máquina funcionando ou quase ninguém trabalhando. Existem até uma penca de empregados públicos, que moram em Recife ou noutros lugares, que sequer aparecem aqui para receber os seus indevidos proventos, porque é creditado diretamente em conta bancária. Então Buíque para uma minoria, se tornou um verdadeiro oásis em pleno deserto do Saara em que vivemos no momento atual.
     Aí, diante de todas essas questões preocupantes, essa bandalheira, votar em quem para suceder quem está no poder de mando em Buíque, se só temos dois lados? – Criticar alguém pela opção que fizer, é pura imbecilidade, porque nossa política sempre foi assim e dá para se acreditar que dessa forma vai continuar ainda por mais de dois séculos, isso se mudar de verdade, podem crer que será assim mesmo.
    Por isso mesmo, por nunca ter concordado, mesmo quando estive à serviço da municipalidade neste governo atual, sempre fui um crítico ferrenho, embora em determinadas ocasiões oficiais, por dever e obrigação tenha chegado a elogiá-lo, mas jamais foram elogios saídos do meu coração, mas simplesmente só da boca para fora, porque o meu sentimento sempre foi de repulsa e de nojo, mesmo antes de assumir, já poderia perceber que Buíque mais uma vez seria fruto de saqueamento dessa quadrilha que se montou no poder. Dizer o contrário é mentir para o povo de Buíque e nunca fui de mentir ou de esconder o que sempre percebi e vi que estava sendo conduzido erroneamente de forma dolosa, por isso mesmo, Buíque precisaria de uma operação tipo assim, “Buíque na Toca do Deserto”, pela Polícia Federal, esta é a verdade. Tanto dá para se perceber tudo isso que acontece, que ninguém é burro, razão pela qual, como não sou omisso e jamais o fui, a neutralidade não me convém, motivo pelo qual, foi que de uma forma ou de outra, fiz minha opção de escolha pelo lado em que não estiver o lado do mandante atual, porque foi a maior decepção política para a minha pessoa e o povo buiquense e isso, me soou como a maior traição política da qual fui vítima e nós próprios buiquenses e isso não se apaga jamais facilmente, daí minha escolha política pelo outro lado, porque no palanque em que esse rapazote estiver, jamais colocarei o meu pé por toda a minha vida. 

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