Quando menos se esperava, lá estava ele assumindo uma não tão sonhada vaga de juiz de direito, já que tinha militado na advocacia por quase toda a sua vida e, àquela altura do campeonato, foi surpreendido de última hora, depois de um penoso e entediante processo seletivo, estava assumindo uma vaga de magistrado. A novidade é que de sua terra, ainda não tinha sequer saído um juiz de direito. Médicos, engenheiros, advogados, já existia um montão. Agora, juiz togado e tudo o mais, nunca!
Pois bem, tudo pronto, um afoitamento danado no preparo para tudo dar certo na solenidade de posse, agora sim, estava extasiante da vida, afinal de contas, não que isso viesse a envaidecê-lo, mas ser juiz, foi só uma consequência depois de um longo tempo de militância advocatícia e, deixaria para a posteridade, pelo menos a marca de ter chegado a juiz, embora tal cargo, seria para ele, algo tão-somente emblemático, já que não esperava muita coisa de sua vida, mesmo assim, estava ansioso para tomar posse e dar conta do cargo, buscando sempre se desencastelar daquele magnânimo cargo, em que muitos pensam e outros têm plena certeza, de que realmente são "Deuses" de verdade, porém essa pecha em nada influiria na sua personalidade, que sempre fora firme e do lado do povo. Com essa nova fase, com o tempo já no encurtamento, iria dar o melhor de si para bem servir o jurisdicionado, pois tinha vasta experiência pelo calvário que passou por toda a sua vida, como um profissional do direito.
De uma coisa ele tinha certeza, iria coroar sua vida com brilhantismo, se é que sua estrela ainda precisava brilhar ainda mais. Não dava lá muita importância para tudo aquilo que por acaso veio às suas mãos àquela altura de sua vida, mesmo assim, jamais se faria de rogado, ou um "Deus" do Olimpo, porque na sua fragilidade de vida, nunca buscou ser injusto com as suas ações, mas sim, fazer o que sempre fez, que foi defender o justo ou mesmo o que estivesse dentro da seara do direito.
Ora, a euforia era imensa: assumir um cargo de magistrado, não era coisa fácil, mas a justiça lhe foi feita. Era por volta de mais de três horas da madrugada e, assim de repente, acordou, sentiu que estava com a bexiga pesada e, tudo aquilo se esvaiu no ar da escuridão do quarto, como fumaça, estava somente sonhando com algo que não tinha alcançado em sua vida e, caindo na realidade, tinha mesmo era que mijar e adiar esse sonho, que mesmo que na proximidade de capengar, ainda assim, era muito bom sonhar, se bem que, sempre com os pés no chão, embora nunca seja tarde para que a se sonhe na vida, como acontecia quase todas as noites de sua vida e que, vez por outra, sempre vinha um sonho diferente e, naquela noite, só foi mais um sonho...
Nenhum comentário:
Postar um comentário