Não é mole não, gente! – Ontem passei o dia de domingo, isso
porque teria que completar uns serviços jurídicos de nossa municipalidade,
porque na minha função, não só se trabalha presencialmente não senhor, mas
também, adstempo, a depender do que se tem para resolver.
O dia de ontem para mim, foi mais um daqueles calvários que
de vez em quando tenho enfrentado junto com o meu computador. Quando não é a
internet problemática da OI, com a sua assistência virtual, eletrônica e,
quando é personalizada, é através de um servidor terceirizado da empresa, que
se inicia por um, passou para o segundo, terceiro e assim por diante. Acaso se
tenha sorte, a gente é tem a satisfação do serviço técnico virtualmente, caso
contrário, tem que ir às mãos de um particular, pagar pelo que já pagamos, para
ter o nosso serviço regularizado. É assim mesmo como somos tratados, nós
consumidores e usuários da rede banda larga da internet da OI. O serviço deixa
muito a desejar. Na época que as telecomunicações eram estatais, a gente tinha
o atendimento presencial, hoje não mais existe isso, por questões de logística
empresarial de sempre querer auferir mais lucros à custo de um serviço
ineficiente que nos é prestado.
Como se não bastasse, criaram, inventaram o tal do processo
eletrônico, claro, virtual, ligado à Justiça e nós, profissionais do Direito,
militantes da advocacia, é quem estamos pagando o pato para sermos obrigados a
aderir ao sistema desse tal de processo eletrônico. Até aí tudo bem! – A deixa
é justamente o princípio da economicidade, porque vai se deixar de gastar
material de escritório, não vai acumular montanhas de processos e tudo vai
ficar arquivado virtualmente numa nuvem internetária que vão caber infindáveis
gigabytes de atos processuais, até aí é perfeitamente razoável, até porque,
teoricamente seria uma forma de tornar o lento processo brasileiro, mais
célere. Acontece, que não é bem assim que vem acontecendo. Já existem milhares
de processos virtuais empilhados nuvem sobre nuvem, nos arquivos virtuais e de
demoradas soluções, a exemplo dos juizados virtuais especiais. Então será que a
mudança para esse mundo do avanço tecnológico realmente vai resolver a questão
de nosso paquidérmico judiciário? – Acredito que não!
Pior é nos pegar completamente despreparados para manusear
essa “boixiga lixa” desse tal de processo eletrônico. Em cima de um comentário
por mim levantado no facebook, um dos opinantes, disse que o “processo
eletrônico é obstrução da justiça”. Estou quase concordando com ele, porque
para que a gente, na condição de operador do direito venha a ter acesso, tem
que configurar o seu computador de conformidade com a complexidade de
exigências do acesso digital ao processo eletrônico. Primeiro tem que ser um
navegador específico, especialmente, o Mozilla Firefox, que ninguém sabe
definir o modelo adequado; depois vem o Java, que da mesma forma, não se tem o
que mais venha a se ajustar para rodar o referido processo; depois vem a chave
criptografada que você obrigatoriamente tem que adquirir, para poder ter acesso
e assinar digitalmente os seus processos e requerimentos, caso contrário,
jamais terá acesso ao processo eletrônico. Também na Justiça do Trabalho, o “jus postulandi”, se findou de vez,
porque se a gente está com essa dificuldade em acessar o processo eletrônico,
como é que um simples trabalhador poderá postular em seu próprio nome através
dele mesmo?
Para facilitar, foi criado um navegador pelo CNJ, mas também
não funciona de forma alguma, se não estiver com todos os ingredientes
anteriormente mencionados, dentro dos padrões exigíveis, então camaradas que
criaram essa intrincada engenharia computacional, vocês não foram práticos em
absolutamente nada, porque nem mesmo os serventuários da Justiça, estão
encontrando facilidade para manusear o mesmo processo que vocês criaram. Outra
falha inaceitável, é por parte da OAB, para nós advogados, que sequer cursos de
aprendizado relâmpagos para o manuseio desse processo eletrônico, eles
patrocinaram, pelo menos para nós que estamos em dia com a anuidade da OAB e
também, para os que não estão, porque advocacia nos dias atuais, para o
militante, se tornou uma árdua estrada para o ganho da vida com dignidade, em
face dos inúmeros profissionais que são colocados diuturnamente no mercado de
trabalho e pela falta de ética profissional, em face de toda essa problemática.
Então gente, que apareça alguma solução para que a gente tenha mais facilidade
de acesso a “essa gota serena” de processo eletrônico, porque do jeito que
está, é como o amigo de face disse: “processo eletrônico é obstrução da Justiça”!,
com o que sou obrigado a concordar com ele.
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