Nessa
fase da vida por vezes, ou se sabe lá!, frequentemente mesmo, não há o que se
pensar! - Tanta confusão, desordens mil, desacertos de todos os lados,
descontrole social, da política nem se fala, desrespeitos tantos provocando
dores estomacais e friozinhos na barriga, os nervos à flor da pele e o suor
frio jorra pela pele facial e não se sabe o que fazer.
Até
parece que se volveu no tempo de criança, adolescência em que tudo era tão
difícil, confuso e sequer se sabia o querer ou o fazer, mas o mundo era outro,
estranho, parecendo-se com o de agora, em que ninguém conhece realmente ninguém
ou se busca fazer o bem, mas se sabendo de antemão que apenas o mal das pessoas
está sendo operado como um rolo compressor, sem se olhar a quem. Afinal que
mundo é este? Prenúncio de mais de duas décadas de escuridão?
Pelo
que se pode aperceber, até parece que nada mudou, querem gritar em altos brados
que o poder é sempre poder, e como sempre, quem pode o mais, pode o menos. A
vida sempre foi assim. Nada mais, nada menos. Mudam-se apenas atores,
protagonistas, figurinos e nada na realidade palpável muda. Tudo continua como
dantes.
O
coração aperta como quando criança ou adolescente. Pensa-se em chorar, mesmo
que para dentro de si mesmo, mas se chega a lacrimejar diante de tantas
injustiças; de tantas maldades e gente sempre buscando se engalfinhar entre si
mesma. Continua ainda triste viver neste mundo dantesco. No Brasil deve ser bem
pior. É tanta hipocrisia, que o tempo passa e não dá para esquecer das tantas
agonias, das distonias, do medo de não se chegar a um outro dia, porque sob à
mira de um fuzil, baioneta ou metralhadora, numa sociedade opressora, não
existia o olvidar do dia seguinte e a esperança não é um presente que se
conquista de graça, por ser incerta e ninguém está nem aí para o futuro da
Nação, sobretudo munido com uma baioneta nas mãos.
Então
o medo nos domina, amofina, como reles proxenetas perseguidas numa ruela
qualquer de uma noite escura, fugidias de monstros vivos que as querem esfolar,
fazer sangrar na carne. É assim que se sente neste país de incertezas, de
impurezas vis, em face de ainda ressoar o sussurrar dos tambores, o tocar das
cornetas, o tilintar das baionetas, o rá tá tá tá das metralhadores, que
ameaçadoras teimam em sair dos quartéis e dominar os tantos bordéis em que se
tornou este país, para causar dores, tirar vidas, se inocentes ou não, pouco
importa, mas a força das armas tem que pesar sempre mais do que a diplomacia, a
democracia e a justiça, porque tudo se tornou uma verdadeira algazarra, então
tem que ser no tiro, na bala, nos canhões, na prisão de gente inocente ou não,
que vai se resolver os problemas da Nação(?) e aí amiguinho do lado, você que
defende veementemente que isso aconteça, não vai mais poder cantar a música que
gosta, andar por qualquer lugar ou falar o seu livre pensar, porque afinal de
contas, a voz agora é das baionetas, dos fuzis, das metralhadores e dos
canhões! - Será que estão querendo repetir tudo isso no Brasil? - É essa voz
impositiva que pode se ouvir de um porta-voz dos quartéis, dos generais sem
votos, mas dos canhões, das bombas letais, das baionetas e fuzis, que quebram
os ditames da lei, subsumindo-se nesta própria, num país sem ordem e instituem
na marra as suas vontades, mesmo contrárias ao povo, afinal de contas, no país
ainda das bananas, a sociedade foi a responsável por todas as mazelas, todas as
maldades e agora, como cachorrinhos obedientes esse povo tem que entrar na
linha, está dividido e tem que ficar encurralados nas masmorras e ficar
quietinhos, como mansos cordeirinhos. E aí minha gente, pode ser um prenúncio
de mais uma execrável e repugnante ditadura, o que não se quer para o Brasil,
mas essa é uma possibilidade real e imediata.
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