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quarta-feira, 4 de abril de 2018

O TILINTAR DAS BAIONETAS


    Nessa fase da vida por vezes, ou se sabe lá!, frequentemente mesmo, não há o que se pensar! - Tanta confusão, desordens mil, desacertos de todos os lados, descontrole social, da política nem se fala, desrespeitos tantos provocando dores estomacais e friozinhos na barriga, os nervos à flor da pele e o suor frio jorra pela pele facial e não se sabe o que fazer.
      Até parece que se volveu no tempo de criança, adolescência em que tudo era tão difícil, confuso e sequer se sabia o querer ou o fazer, mas o mundo era outro, estranho, parecendo-se com o de agora, em que ninguém conhece realmente ninguém ou se busca fazer o bem, mas se sabendo de antemão que apenas o mal das pessoas está sendo operado como um rolo compressor, sem se olhar a quem. Afinal que mundo é este? Prenúncio de mais de duas décadas de escuridão?
    Pelo que se pode aperceber, até parece que nada mudou, querem gritar em altos brados que o poder é sempre poder, e como sempre, quem pode o mais, pode o menos. A vida sempre foi assim. Nada mais, nada menos. Mudam-se apenas atores, protagonistas, figurinos e nada na realidade palpável muda. Tudo continua como dantes.
       O coração aperta como quando criança ou adolescente. Pensa-se em chorar, mesmo que para dentro de si mesmo, mas se chega a lacrimejar diante de tantas injustiças; de tantas maldades e gente sempre buscando se engalfinhar entre si mesma. Continua ainda triste viver neste mundo dantesco. No Brasil deve ser bem pior. É tanta hipocrisia, que o tempo passa e não dá para esquecer das tantas agonias, das distonias, do medo de não se chegar a um outro dia, porque sob à mira de um fuzil, baioneta ou metralhadora, numa sociedade opressora, não existia o olvidar do dia seguinte e a esperança não é um presente que se conquista de graça, por ser incerta e ninguém está nem aí para o futuro da Nação, sobretudo munido com uma baioneta nas mãos.

    Então o medo nos domina, amofina, como reles proxenetas perseguidas numa ruela qualquer de uma noite escura, fugidias de monstros vivos que as querem esfolar, fazer sangrar na carne. É assim que se sente neste país de incertezas, de impurezas vis, em face de ainda ressoar o sussurrar dos tambores, o tocar das cornetas, o tilintar das baionetas, o rá tá tá tá das metralhadores, que ameaçadoras teimam em sair dos quartéis e dominar os tantos bordéis em que se tornou este país, para causar dores, tirar vidas, se inocentes ou não, pouco importa, mas a força das armas tem que pesar sempre mais do que a diplomacia, a democracia e a justiça, porque tudo se tornou uma verdadeira algazarra, então tem que ser no tiro, na bala, nos canhões, na prisão de gente inocente ou não, que vai se resolver os problemas da Nação(?) e aí amiguinho do lado, você que defende veementemente que isso aconteça, não vai mais poder cantar a música que gosta, andar por qualquer lugar ou falar o seu livre pensar, porque afinal de contas, a voz agora é das baionetas, dos fuzis, das metralhadores e dos canhões! - Será que estão querendo repetir tudo isso no Brasil? - É essa voz impositiva que pode se ouvir de um porta-voz dos quartéis, dos generais sem votos, mas dos canhões, das bombas letais, das baionetas e fuzis, que quebram os ditames da lei, subsumindo-se nesta própria, num país sem ordem e instituem na marra as suas vontades, mesmo contrárias ao povo, afinal de contas, no país ainda das bananas, a sociedade foi a responsável por todas as mazelas, todas as maldades e agora, como cachorrinhos obedientes esse povo tem que entrar na linha, está dividido e tem que ficar encurralados nas masmorras e ficar quietinhos, como mansos cordeirinhos. E aí minha gente, pode ser um prenúncio de mais uma execrável e repugnante ditadura, o que não se quer para o Brasil, mas essa é uma possibilidade real e imediata. 

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