Pois bem, depois
de um longo tempo, volto à banca acadêmica, fazendo uma viagem no passado e
buscando trazê-lo para o presente, tenho me deparado com algumas dificuldades
por ter estudado com tanta dedicação e afinco, assuntos racionais e que me
extasia-se daquela dança com os números, operações, equações algébricas,
físicas e matemáticas, que me fascinavam e me faziam passar noites de sono fixados
nos livros das matérias de física e assuntos de matemática e de cálculos. Era
de uma mentalidade racional exata, porém sem nunca ter deixado a ternura
voltada para uma formação humanista.
Depois de ter me
formado em Direito, em 1990, eis que de repetente, meio perdido no mundo das
coisas, venho novamente a me sentar num banco como um jovem calouro qualquer,
num banco acadêmico para estudar engenharia civil, justamente matérias e
assuntos ligadas às ciências exatas e quem sabe, próxima da exatidão que se nos
apresenta neste Universo Infindo e mais uma vez estou voltando a dançar com os
números, talvez no Lago dos Cisnes de Tchaikovsky, as complexas operações lá
deixadas no passado e na verdade, isso está me dando um certo alento e
despertando mais uma vez a curiosidade em descobrir aonde vão dar cada operação
matemática, um princípio da física, uma expressão algébrica e isso de certa
forma, vem a me fascinar, não propriamente com o mesmo ímpeto deixado lá atrás,
mas com a mesma fascinação que dantes me dominava, porque o mundo dos números,
dos mistérios da física em tese e desta aplicada, é realmente um mundo
fantástico.
Pelo visto o eu lá
de trás de visão racional sem nunca ter deixado a emotividade, a ternura, ainda
está adormecido, meio que enferrujado dentro de mim, só faltando o despertar de
verdade para, a essa altura do campeonato voltar a ter pelo menos parte do despertar,
do mesmo olhar para o mundo das ciências exatas que talvez por algo não
realizado ou por necessidade de preencher a minha mente diante das agruras que
nesta vida tenho enfrentado, por isso mesmo, o meu raciocínio lógico, exato,
científico racional tem que exsurgir-se de um passado que ficou lá no passado
no espaço e no tempo de uma momentânea velocidade instantânea, e que há uma
necessidade premente de que venha a ser despertado ainda mais.
Nunca tive
dificuldades em dançar com os números noutros idos, não sei se agora, nesse
trilhar da vida, me aproximando cada vez mais do ocaso derradeiro, ainda terei
fôlego suficiente para recobrar as forças e abrir a mente para mais uma vez
voltar a dançar com os números e que nesse baile, venha a ter o mesmo despertar
de um sonho que não foi complementado num passado que ficou em tempos
pretéritos e voltar novamente a essa dança, agora, só se for mesmo bailando no Lago
dos Cisnes, com Tchaikovsky, até o anoitecer chegar.
Um comentário:
Parabéns amigo Dr. Manoel, por mais um desafio a ser vencido. Exemplo de superação. Desejo que você consiga um novo diploma, recheado de muitas realizações, muita amizade e que nos sirva de exemplo de que nunca é arde para se aprender na vida.
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