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domingo, 9 de maio de 2010

CRÔNICA DO DIA DAS MÃES

         Convenhamos, mas dia das mães na realidade são todos os dias, principalmente quando se trata daquela mãe verdadeira, prendadeira, que cuida bem dos filhos, não os abandona e os cria com amor, carinho, devoção e dignidade; mãe é àquela que passa noites insones para amamentar o rebento dutante vários meses até que a criança passe a ter uma alimentação mais regular dentro de um maior espaço de tempo; mãe é àquela que jamais abandona um filho sob qualquer pretexto, mesmo que seja o motivo sob a alegação de que não tem condições de criar. Parir um filho, para muitas mulheres, é uma dádiva dos deuses e ser mãe é ser uma mulher protetora e que dá a sua própria vida pela vida do filho. Por isso mesmo é que digo, não pode existir um só dia que não seja dia das mães, pois para mim todos os dias são dias das mães, apesar de ter-se escolhido o segundo domingo de maio para se comemorar o dia das mães, só que não só como um dia de ordem sentimental, o sentido desse dia de hoje é mais comercial que meramente sentimental.
          Não somente nesse dia, mas em todos os dias lembro de minha velha mãe, que lutou, trabalhou no cabo da enchada no Sítio Cigano para dar o nosso sustento, meu e de meus irmãos e teve e foi tão cuidadosa com a nossa educação, que quando completamos a idade escolar, tratou logo de se mudar para a cidade de Buíque para que pudéssemos estudar e adquirirmos saber e educação, mas que educação era uma coisa que já vinha do berço familiar, apesar de simples e humilde. Minha mãe, sem nenhum demérito do meu pai, foi uma mulher guerreira, batalhadora e sempre lutou para nos criar bem dentro das reais possbilidades da época. Lembro bem, ainda com tenra idade, que ela criava um bocado de galinhas de capoeira e de perus para no final do ano vender e comprar tecidos para fazer roupas para a gente, que ela mesma costura numa velha máquina manual. O tecido era comprado nas Lojas Paulistas, depois Casas Pernambucans, em Rio Branco, hoje Arcoverde. Era uma das únicas oportunidades que na minha timidez e matutez saia no Sítio Cigano para ir até Rio Branco no Ônibus de Seu Zuquinha, irmão do ex-prefeito de Buíque, José Emílio de Melo, da antiga Santa Clara, hoje Tupanatinga. Quando não era no ônibus de Zuquinha, era do de Armando Cursino, irmão de Anibal Cursino, também ex-prefeito de Buíque. Na época tinha também como meio de transporte para Rio Branco, as chamadas Marionetes, que era comparado, vamos dizer assim, como uma veraneio de hoje.
          Mas apesar de considerar como dias das mães todos os dias do ano, quero parabenizar todas as mães de Buíque e deste imenso Brasil, especialmente a minha mãe, que apesar de não estar mais conosco, acredito eu, que está lá num lugarzinho no Céu que para ela foi reservado. Parabenizo também os "pães", que são os pais que neste sociedade moderna se transformaram ao mesmo tempo em paes e mães. Feliz dia das mães para todos!

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