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sábado, 10 de julho de 2010

COMENTÁRIOS, NOTÍCIAS E POLÍTICA


REPETITISMO ENFADONHO

           A imprensa quando bota a boca no trombone e o fato se torna público e notório, não deixa de ser repetitiva e cansativa. O exemplo atual da mídia, o que já está se tornando uma coisa repugnante e enfadonha,  é a forma escancarada e abusiva como que cada tolice está sendo jogada na opinião pública, aonde se está sendo motivo de muito estardalhaço e de exposição na mídia, mesmo que relação alguma com o caso, mas que, basta tão-somente que saia nos meios de comunicação, que já passa a ter forte ligação, o que traz para a sociedade uma catarse coletiva de que embora acusados, os envolvidos são realmente culpados e  já por antecipação já estão condenados, independente ou não da participação ou do grau de culpabilidade de cada um, que é fator primordial para a dosimetria da pena e da subjetividade que está dentro de cada pessoa. Aí não se olha para ninguém. Se apedreja o inocente e se dá flores ao culpado. É assim que a imprensa, apesar de imprescindível como meio de comunicação e de informação em massa, mas na maioria dos casos, exageram ao extremo, a ponto de prejudicar muitas vidas, sem o menor sentimento de culpa. Na verdade o que vale para a mídia, é sempre estar presente e ganhando dinheiro e notoriedade frente às câmaras. Até mesmo parentes de envolvidos, de uma hora para outra aparecem aqui e acolá dando entrevistas, como se estivessem sendo vistos como estrelas e tivessem subido no pedestal do estrelato e da fama. Não existe monstruosidade maior do que a imprensa faz e cria em muitos casos ao destruir vidas e lares para séculos sem fim amém. Quanto a imprensa se torna nesse, tipo de instrumento de maldade, melhor que ela não existisse, esta é a verdade nua e crua. Tem muito travestido de repórter, de jornalista, que não passa mesmo de carniceiro, de coveiro de vidas humanas. Outra mais, imprensa que informa com isenção de ânimo, é muito difícil de se encontrar, afinal de contas, o que vale mesmo nesse jogo sujo é procurar dar a certos e determinados casos, o valoramento emotivo, de sensibilidade, que na realidade não existe e que exposto à mídia, passa a ganhar o inconsciente coletivo da sociedade e se transformar uma falsa informação como verdadeira.


CATARSE MIDIÁTICA

            Com a catarse midiática levada à massa, o povo passa a acreditar no que sai dos meios de comunicação e a partir daí, passa a sentir ódio, repulsa e sede de vingança contra quem está sendo alvo ensandecido desses meios de comunicação, como se o ser humano não fosse vulnerável a erros e não viesse a cometê-los. Quem é humano não pode apontar o seu dedo sujo para ninguém, pois todos nós somos passíveis de cometer aquilo que jamais imaginaríamos cometer. É a lei da vida e ninguém pode imaginar o que pode acontecer com quem quer que seja. Cada um da gente tem um histórico de vida e cada vida é um mundo à parte e ninguém na verdade conhece ninguém. O próprio "Cristianisno" assim ensina: "atira a primeira pedra aquele que nunca pecou". O ser humano, minha gente, é capaz de tudo na vida. Pode-se até pensar que alguém não tenha a menor capacidade de cometer ato algum de nocividade, quando o contrário é uma possibilidade também humana, ou mesmo desumana, mas não deixa de ter partido de um ser humano. O inconsciente de cada um também, é terra que ninguém anda. O que se passa no mundo de cada pessoa é coisa que às vezes nem a própria pessoa entende, compreende ou sabe explicar. Na verdade a vida, o viver e estar neste mundo de passagem, se constitui num grande mistério. Nascer, crescer e morrer, é aí que está o grande mistério de VIVER. 


CONDENADO POR ANTECIPAÇÃO

          Com essa catarse coletiva imposta pela mídia, não só pela sociedade alguém que é alvo dessa bestialidade já está condenado por antecipação no Tribunal da Opinião Popular, mas isso minha gente, vem a influenciar delegados de polícia para elaborar um inquérito tendencioso, para o Promotor de Justiça com base nesse inquérito mal-formado denunciar sem maiores detalhes, em face da suposta comoção social trazida à baila pela mídia, então para satisfazer o clamor social, não há como não se denunciar o indivíduo para mostrar que está fazendo o seu papel como fiscal da lei, não se levando em consideração se assim deve ou não proceder e, por tabela, vem o Juiz da Causa, que da mesma forma, levado também pela catarse coletiva, condena por antecipação o acusado, mesmo que as provas carreadas aos autos apontem caminho contrário a ser seguido e, se for crime de alçada do Júri Popular, aí sim, se pode dizer que o indivíduo já está da mesma forma condenado por antecipação. É aí que as autoridades que têm a devida responsabilidade de apurar, de denunciar e de julgar, devem ter o devido equilíbrio para não se deixar levar por fatores alheios ao que não consta dos autos e apurar, denunciar e condenar cada caso, com equilíbrio, equidade, razoabilidade e dentro do nexo causal e do nível de culpabilidade de cada pessoa envolvida, para não se cometer injustiças em nome da mídia. Crimes bárbaros acontecem  de passo em passo, nem por isso, em muitos casos, a mídia chega a escancarar e execrar o acusado publicamente e aí sim, serenamente, apurados os fatos, demandado um certo tempo, vem enfim a serem julgados dentro dos princípios norteadores do direito, sobretudo naqueles que firmam os propósitos do Direito Penal.




JUIZ NÃO JULGA COM O CORAÇÃO

         Na verdade não deixa o Juiz de uma causa qualquer, de ser dotado de todas as falhas, erros, imperfeições e vulnerabilidades humanas, só que, na condição de julgador, de ter em suas mãos o poder de decidir sobre o destino de outra pessoa, não pode ele se deixar levar por fatores das quais à sociedade é levada pelo insconsciente coletivo e com isso, julgar, decidir não com a razão, mas com a comoção, com o coração. Juiz que é Juiz não julga pelo coração, mas sim dentro daquilo para o qual foi preparado, dos princípios norteadores do direito, levando em consideração fatores históricos, psicológicos e dos costumes de vida de cada pessoa dentro do nicho social onde quer que viva. Quando um Juiz Monocrático comete um erro naquilo que apreciou e julgou, se diz: "....é, cada julgado em primeiro grau, tem um órgão colegiado superior para revisar". Só que, no geral, esses órgãos colegiados a nível de segundo grau, são levados também no mesmo lema de "maria-vai-com-as-outras" e confirmam o julgado da instância inferior, mesmo que o decidido tenha sido aberrante, infame e passível de reforma, mas como em Justiça nada se pode discutir e sim cumprir mesmo que errado, a própria Justiça também tem feito muitos estragos em muitas pessoas que dela se acudem e buscam guarida para resolver os seus problemas. É muito comum o Magistrado de instância superior, decidir por tabela assinando uma decisão ou sentença elaborada por algum assessor que foi colocado para lhe prestar assessoria, em alguns casos, por apadrinhamento político dentro da própria Justiça ou por troca de favores com outros poderes constituídos. É assim que funciona em muitos casos, a nossa própria Justiça, não querendo com isso, claro, generalizar, pois existem muitos magistrados que agem dentro do figurino jurídico para o qual foram preparados para apreciar feitos, causas e julgar. Esses podem até ser uma minoria, mas que existem, disto não tenho a menor dúvida. Apreciar e julgar um caso colocado nas mãos de um outro ser humano, é de uma responsabilidade desmesurada, aonde o julgador não deve nunca se deixar levar por fatores alheios ao que realmente deve ser julgado e apreciado para poder decidir com razão e sabedoria.






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