FOGO DE PALHA

FARPAS DE INÍCIO DE CAMPANHA

              Tanto à nível estadual quanto federal, os candidatos já começam a se movimentar. Farpas mútuas são trocadas entre eles, cada qual querendo fazer cena para sair bem na foto e tentar conquistar o voto do eleitor. Pode até haver sinceridade na opinião de alguns deles, mas na verdade, na maioria  das palavras que saem de suas bocas, não passam mesmo de colocações impensadas, de momento, ventiladas ao pé de ouvido por algum assessor aloprado, ao gosto do freguês e a depender do momento e da região onde estejam procurando disseminar inverdades e mentiras. Nessas ilações políticas, cada qual procura apresentar o melhor programa, a melhor performance para uma prática política de seriedade, duradoura e benéfica para o povo, quando na realidade tudo não passa mesmo de nuvem de fumaça,  que se apaga na mesma hora. Em Pernambuco, Jarbas critica Eduardo por utilização da máquina administrativa, da mesma forma, Serra critica Lula e Dilma, agora de uma coisa eles não dizem ou malandramente se esquecem comissivamente ou omissivamente no momento de falar: será que Jarbas também não usou a máquina quando foi governador de Pernambuco? - Será que Serra não está usando o governo do Estado de São Paulo, o mais rico do País, para dar suporte à sua campanha? - Ora camaradas, só mesmo os tolos e idiotas para acreditar que isso não ocorreu ou não ocorre no momento. Não que tais práticas sejam certas, corretas e legais, isto não! - Mas querer eles taparem o Sol com uma peneira, é coisa para que só entra  mesmo na cabeça de quem também é da mesma laia política e comunguem da mesma forma dos seus credos tendenciosos, ou não camaradas!

MINHA POSIÇÃO

         Me posiciono politicamente da mesma forma, do mesmo jeito e procuro seguir as mesmas idéias com as quais nasci, aprendi com meus ancestrais e que foram fruto de a minha formação política e de vida. Sei que não posso mudar o mundo, nem mentes, muito menos a forma comportamental do rumo que tomou a nossa política. Também não posso me arvorar como a palmatória do mundo para dizer e me posicionar sempre o dono da verdade e da certeza. Isto não, pois como ser humano também sou afeto à vulnerabilidade das quais todos somos passíveis, mas como as coisas vêm acontecendo é de um descaramento sem precedentes na história política brasileira. Se ser moderno é ser político picareta, corrupto, cabra safado e ladrão, prefiro se assim tiver que ser, ficar recluso na minha pouca importância política. Claro que se for me candidatar para tentar a conquista através do voto, de algum mandato eletivo falando a verdade nua e crua do que é a política por dentro, sei que jamais vou me eleger, pois para isto, tenho que me transmudar dentro do figurino político dos que não respeitam o próximo, dos que fazem discursos bonitos para impressionar, dos que fazem promessas impossíveis de ser cumpridas e sorriem para o povo, só para mostrar os dentes,  isto, camaradas, não faz parte do meu eu, nem de minha formação de vida. Evidente que o político para ter sobrevida, tem que partir mesmo para a praxe política, senão ele jamais consegue se eleger, conquistar um mandato, é assim que o eleitor já se habituou a votar. Ele não vota em quem é sério, mas sim, no pior exemplo que pode existir no meio político. Os poucos que ainda sobram, creiam-me, se contam nos dedos. Mesmo assim, ainda imagino tentar a conquista de um mandato eletivo, afinal de contas, nunca é tarde para se tentar e ainda estou vivo, consciente de meus atos e dono do meu nariz e ativo a todo vapor e, se mudar o mundo não posso, pelo menos tentar posso fazê-lo, pois a luta pelos ideais dos quais acredito, certeza clara terei de que nunca vão morrer, pois em cinza ou pó sei transformar-me-ei um dia, ainda assim acredito, idéias minhas ficarão vagueando em corpos e mentes dos que vão ficar a me suceder.

DECEPÇÃO COM AS PESSOAS

             Na vida da gente às vezes, não conhecemos ninguém, nem mesmo os mais próximos ou àqueles que nos rodeiam. As pessoas se aproximam da gente até o momento certo em que de alguma forma tiram proveito até aonde puder e até aonde somos úteis. Depois deixamos de ser peças essenciais para sermos descartáveis e inutilizáveis. É assim que acontece em pessoas que não têm o menor senso do que é consideração, lealdade, reciprocidade e espírito de amizade ou tão-somente de coleguismo. Pessoas assim, encontramos de palmo em palmo no caminho da vida da gente. A ingratidão só vem mesmo depois que se usufruiu da efeição espiritual, do desforço material, e então a partir daí, passa esta a ser vista com desdém e indiferença. Gente desse naipe existe aos montes por aí afora. O que mais me deixa decepcionado, não enraivecido, mas dominado por uma certa revolta, é você se ver exaustivamente abusado, utilizado gratuitamente para os atender os caprichos e conveniências momentâneas  de A, B ou C, e depois de um certo tempo, quando não há mais necessidade dos préstimos do indivíduo, não mais se dar as mínimas, a menor satisfação e o troco certeiro e covarde, é o apunhalamento pelas costas. Nada na vida me surpreende, até porque, com a minha vivência já passei por poucas e boas e muitos sapos e cururus tive que engolir. Mas só digo uma coisa, apesar de ter engolido tais animais asquerosos, ninguém engole sapos por tanto tempo, nem o tempo todo. Bem, o recado está dado, agora quem for meu amigo que não vista a carapuça, agora quem couber no figurino que a vista e se exploda, certo camaradas!

A FORÇA DO HOMEM

             Só se conhece a força de alguém, quando existe uma necessidade imediata e de urgência urgentíssima; quando se trata de uma questão de vida ou de morte ou quando se tem que tomar uma decisão séria, dura e forte. Aí sim, é que se pode ter a verdadeira ciência da força que alguém pode ter. O homem considerado um fracote, fragilizado, um paspalho, um ninguém, motivo até de chacotas por onde passa, para quem não conhece, pode ali está adormecido um leão tão forte que acordado poderá abarcar o mundo e mostrar a força que realmente tem. É assim na política. De onde menos se espera, alguma coisa inesperada pode acontecer. É assim que geralmente acontece na política, afinal de contas, em muitos casos tudo pode se comprar na política, mas nem sempre, o homem está aberto para vender a sua própria alma. Em política ainda, ninguém pode ser subestimado a ponto de se dizer que o indivíduo é um reles ser  menosprezível, um lixo sem valor e que merece ser jogado nos lixões da vida. A coisa camaradas, politicamente falando, nem sempre acontece dessa forma e os exemplos estão à olhos vistos, ou não! - Outra mais, ninguém pense que com dinheiro tudo pode comprar. Pode até comprar consciências por um certo tempo, por um longo tempo, mas não pelo tempo todo, pois um dia as coisas sempre mudam e o que antes era forma, termina por cair no ostracismo sem volta. Ninguém se imagine no pedestal do poder achando que tudo pode, que mais cedo ou mais tarde, a queda do pedestal pode ser tão grande, tão estrondosa, que o indivíduo não se levanta mais. É assim a realidade política, quem não acreditar que observe a história e visualize os fatos que acontecem à sua volta, às vezes até tão próximo da pessoa, que chega mesmo a lhe roçar a face como se fosse um vento traiçoeiro. Outra mais, político só presta mesmo quando está no auge, no topo do estrelato, porque quando derrotado, na condição de um mero cidadão comum, nada mais vale para o povo, estou certo ou errado, camaradas!.

EITA JUSTIÇA!

      Tem jeito não, essa Justiça, apesar de todos os desforços que aparentemente procuram introjetar na menta da população, não passa mesmo de fogo de palha. Se alguns feitos que vêm se arrastando por um longo tempo, subiu algum degrau ou se chegou a um desfecho final, por outro lado, as coisas da mesma forma não andam mesmo, continua um verdadeiro caos em termos de prestação jurisdicional à população. Não há segurança na instituição, muito menos confiança naqueles que fazem-na funcionar. A prepotência, a arrogância sem precedentes, domina corpos e mentes dos responsáveis em aplicar e fiscalizar a lei, a ponto não de trazer tranquilidade jurídica à população, mas sim, repulsa, temor e medo. Ora, se a Justiça é uma instituição pública encarregada de fazer justiça na aplicabilidade da lei, parece que essa cantiga é letra de uma nota só, não anda, é lenta, burocrática, que atordoa, prejudica e faz muitas injustiças no seu âmbito de promover a paz e a pacificação social, o que não vem ocorrendo com essa Justiça campenga que não funciona dentro dos preceitos legais. É essa pois a Justiça que temos, é essa pois, a Justiça que não queremos, Justiça assim capenga, "eita Justiça da gota serena!".