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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A QUESTÃO CRUCIAL DA VIOLÊNCIA E DA SEGURANÇA PÚBLICA

RIO DE JANEIRO
           A cidade do Rio de Janeiro, apesar de sua exuberância e belezas naturais, parecer não ter jeito mesmo na questão do controle da violência. Por mais que se queira e se alardeie isso ou aquilo de que os poderes públicos estão fazendo de tudo para deter, reprimir ou pelo menos controlar um pouco à violência que tanto se vê no dia-a-dia, pelo visto não se chegar mesmo a uma solução prática. A questão é tão grave que até mesmo a musa da Copa do Mundo, a paraguaia Larissa Riquelme, em recente visita àquela cidade para uma sessão de fotos sensuais, nem ela mesma, se safou de ser assaltada, deixando de ser uma exceção, para ser a regra e vítima da escracanhate violência carioca. Ao invés de vir mostrar o seu belo corpo e o célebre celular à mostra entre os seios, no assalta até mesmo o "aparelhinho" foi levado pelos larápios. Não sei como vai ser, com essa onde interminável de violência, como vai ser o controle da violência na Copa do Mundo no Brasil, em 2014, quando os índices da criminalidade do Rio de Janeiro, na verdade, pelos prognósticos, a tendência é sempre aumentar. Não adiante, pelo que se tem notado, aumentar os meios de segurança não senhor, até porque a polícia do Rio é a que ganha o menor salário do País, o que é uma vergonha e um velado incentivo das próprias autoridades em aumentar à violência e tratar à segurança pública com descaso.

A VIOLÊNCIA NÃO É UM MAL SÓ DO RIO
            A questão da violência não é mérito unicamente do Rio de Janeiro não senhor! - Aqui mesmo em nosso Estado, principalmente no Recife, a nossa Veneza Brasileira, a questão da violência é também alarmante, a ponto de se constituir entre as primeiras colocadas em termos da prática de atrocidades e crimes bárbaros. Com o Programa implantado pelo governo do Estado para a segurança pública, voltado à essa questão, o chamado Pacto Pela Vida, mesmo assim, se esse problema diminuiu, foi quase que praticamente imperceptível, mas pelo menos algo vem sendo feito em termos de melhoria da segurança pública em nossa estado, que era o gargalo de maio entrave da administração pública estadual e de políticas governamentais. Concursos públicos para o aumento dos efetivos da política civil e militar foram realizados e essas corporações  ganharam um reforço efetivo substancial, resta saber se em termos de qualidade melhoram essas corporações encarregadas da segurança pública estatal. Outro fator importante, é o de que os integrantes dessas corporações passaram a ganhar mais, o que se constituiu num incentivo maior para que cada membro se sinta mais motivado para executar a tarefa de dar a devida segurança ao cidadão comum, papel primordial das forças encarregadas da segurança pública estatal. Os demais estados da federação, em maior ou menor grau, não são muito diferentes, a violência de um modo geral, tem sido um retrato marcante desse Brasil que precisa tirar essa mancha negra da sua imagem de brasilidade fraterna e pacífica. Algum programa de maior enfoque e de se encarar de frente o problema da segurança pública, deve ser criado a nível nacional, para que políticas públicas de segurança devam ser implementadas o mais urgente possível, senão a questão da criminalidade e da insegurança do cidadão, só tendem mesmo a aumentar e, consequente, a falta de credibilidade do Estado na questão pontual de segurança pública, perder cada vez mais o controle e a credibilidade na questão desse importante setor social de toda população nacional.

O GARGALO DA SEGURANÇA PÚBLICA

          O problema maior da segurança pública em nosso País é, indiscutivelmente, o descontrole de políticas públicas sociais, educacionais, de saúde e de desenvolvimento das próprias pessoas que em muitos casos se vêem jogadas no fosso social da marginalidade. Uma das questões mais agravantes, acredito, é o crescimento demográfico desordenado sem a contrapartida de infraestrutura para dotar o cidadão de pelo menos, as mínimas condições de uma vida digna, consoante comando mandamental fincado na Constituição Federal. Não bastasse esse descontrole de ordem demográfico, existe também a contrapartida nociva da política na praxe, que ao invés de adotar políticas verdadeiramente voltadas para o bem social, praticam uma política para o bem pessoal, em detrimento de programas sociais de grande alcance. Se o dinheiro público não descesse tanto pelo ralo no meio do caminho e houvesse seriedade em sua aplicação, com certeza o Brasil de hoje poderia despontar como um dos países em melhores condições de vida do mundo em todos os campos sociais, inclusive no de saúde, educação e de melhores níveis sociais. Só programas sociais de ajuda, de incentivo à maternidade, não são suficientes para dotar o cidadão de uma condição digna de vida. Nascer por nascer não é importante. O importante mesmo é se ter as devidas condições de vida para se ter uma boa formação educacional,  com uma boa saúde e socialmente apto a viver em pé de igualdade com os demais irmãos. Viver por viver é o que tem levado muita gente ao convívio da violência e da marginalidade. A violência não aparece em alguém por si só, mas sim, como produto, na maioria dos casos, do meio em que se vive, das condições em que nasceu, do modo de vida em que teve a formação, enfim a estrutura de vida que recebeu da sociedade e do meio em que viveu. Existem, claro, as exceções, mas a regra dita que o homem é produto do meio. Agora ninguém nasce bom ou mau. Ser bom ou ser mau é uma questão de formação, de estruturação do ser humano.

A VIOLÊNCIA EM NOSSA REGIÃO

         Buíque já esteve na mancha negra entre os municípios interioranos de Pernambuco, como um dos mais violentos. Parece que atualmente as coisas estão mais calmas, mesmo assim, principalmente na zona rural, por sinal muito grande, a questão da violência desponta com um certo vigor de vez em quando. Da mesma forma, Tupanatinga, nosso município coirmão ou filho, que antes de sua emancipação política em 1962, quando era Santa Clara, foi parte integrante do nosso território. Arcoverde, por ser um município mais urbano e menos rural, com uma ínfima área territorial, é uma cidade mais violenta, principalmente na sua periferia urbana, onde se multiplicam os bolsões de pobreza, que estão centrados mais para as localidades onde da Vila do Presídio, onde fica o Estabelecimento Prisional Roque de Brito Alves; na região do Bairro da Boa Vista, saindo do centro à esquerda subindo para os morros; no Bairro de Tamboril, na entrada de Arcoverde, vindo de Buíque, entre outras localidades onde a pobreza está mais arraigada e que são áreas mais carentes de investimentos públicos. Parece que dessas áreas, os gestores públicos em parte se esqueceram, principalmente na Vila do Presídio, onde o esgoto escoa à céu aberto e a fedentina domina a localidade. Lá, as condições de vida são péssimas. Talvez a questão do esquecimento seja porque é local abrigado por familiares de presidiários, daí não merecer a devida atenção dos poderes públicos, o que não é politicamente correto, se assim pensam os mandarins políticos ocasionais. Familiar de preso também é gente, é cidadão comum como outro qualquer, até que se prove o contrário. Se tanto se investe no centro de Arcoverde, por qual razão não vêm se investindo nessas periferias tão carentes da ajuda pública, hem? - A questão de violência de nossa região também, deveria ser discutida conjuntamente para a busca de uma solução entre as autoridades constituídas, o que também não ocorre, inclusive aí envolvidos os órgãos de classe, a exemplo da OAB, sindicatos, associações de moradores de bairros, de sítios, ONG's, enfim toda a sociedade que tem interesse em melhorar os níveis de segurança pública e de vida em sociedade.

PIOR, NINGUÉM TEM UMA FÓRMULA PRONTA

          O pior de tudo mesmo na questão do debate público da violência, é de que ninguém tem uma fórmula pronta para pelo menos amenizar essa questão em nosso País. Quer seja a nível dos candidatos à Presidência da República, ninguém em seus programas de governa, que na realidade de nada valem mesmo, apresentou uma proposta viável e exequível para o problema maior que temos enfrentado, que é o da violência e da impunidade. A nível de políticos e candidatos provincianos, da mesma forma ninguém tem pronta uma solução para esse canceroso problema social. Na verdade, não existe mesmo uma solução que venha a solucionar em curto ou médio prazos a questão da violência social. Com a introdução de políticas sérias, rigorosas, incorruptíveis, quem sabe à longo prazo talvez, se possa chegar a uma diminuição da violência, da impunidade e da criminalidade, mas pelo que se pode depreender, não existem propostas alguma nesse sentido para que se venha um dia a implantar um programa viável de uma séria política de segurança pública. Enquanto isso, nós pobres humanos mortais, vamos continuar a ver navios passar no imenso mar da insegurança pública, esta é a verdade sem remendos e nem retoques.


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