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terça-feira, 6 de julho de 2010

UM DIA O SOL HÁ DE NASCER E A LIBERDADE FLORESCER

            Bem minha gente, a partir de hoje vou publicar uma história de ficção de minha autoria, que será postada capítulo por capítulo até chegar ao final. Vamos acompanhar e ver no que vai dar esta minha história.            

 CAPÍTULO I

A VILA DE SANTO ESMERALDO

            Vilarejo pobre, povoado  por gente humilde, simples e carente, mesmo assim, se imaginava de que um dia pudesse ainda crescer e se desenvolver. Pela gente que lá morava, não podia se esperar muita coisa da Vila Nova de Santo Esmeraldo. Foi lá que nasceu José Francisco de Ló, mais conhecido por Zé de Ló. Menino raquítico, de estatura mediana, rosto largo, orelhas médias, cabelos castanhos escuro e meio crespos, Zé de Ló contava com apenas 10 anos de idade. Ainda sequer sabia ler e escrever, mas acalentava um sonho de um dia aprender o bê-a-bá e até ir mais além. Quem sabe até escrever uma carta, o que já era muita coisa para o atrasado povo que vivia em Santo Esmeraldo. Também prá que se aprender tanto se vivendo naquele mundinho pobre e miserável esquecido por Deus e por todos os santos. Pensava Zé de Ló, será que um dia vou chegar além do horizonte, além de onde nasce o Sol ou de onde ele se põe? - Ê, respondia para dentro de si mesmo, é meio difícil se ultrapassar além desse horizonte perdido....E donde vou chegar se quiser ir muito além? - Noutra terra, noutro lugar distante, ou em que mundo de meu Deus? 
            Vivendo num pequeno casebre de taipa, construído na base de toras de madeira tiradas das árvores, com barro e coberta com folhas de coqueiros, com o seu pai, Joaquim Francisco de Ló e com Dona Maria dos Santos de Ló, Zé de Ló era só pobreza e tristeza na vida, ao se deparar com tamanha miséria e pobreza. Tinha dia que amanhecia e anoitecia, sem sequer um naco de carne para comer e forrar o estômago com um caroço de feijão. A terra era ruim, não dava nada, até porque, chuva era coisa tida como fruta braba. Chover mesmo era uma novidade. Não que se estivesse vi vendo num deserto do Saara, mas as semelhanças eram muito grandes. Aliás ele, Zé de Ló, não sabia se existia outro mundo além daquele em que vivia. O mundo para ele se resumia a Santo Esmeraldo e pronto. O seu cotidiano era tentar com uma peteca (estilingue), matar um passarinho, um preá ou outro bicho silvestre qualquer, para poder ter uma mistura com feijão e farinha, isso nos dias em que o seu pai ou a sua mãe adquiriam alguns grãos de feijão para cozinhar. A vida era realmente uma grande dureza. A escola que existia no vilarejo era feita num pequeno galpão coberto de palha de coqueiro, sem as mínimas acomodações para a criançada das poucas mais de 200 famílias que ali moravam na vida do "deus-dará". Eram os moradores da Vila Santo Esmeraldo, por praticamente todos esquecidos. As promessas de melhoras só quando algum político aparecia para pedir os poucos votos que existiam na pequena vila. Aí sim, aparecia cesta básica, uns trocados aqui, outros acolá, tapinhas nas costas e por aí se vai na engabelação política aos pobres e esquecidos da sorte. A luz na vila era na base do candeeiro. A eletricidade da vida moderna ainda não havia chegado na Vila. Além de alguns pés de cajueiros, que na época da safra os habitantes vendiam as castanhas, tinha também umas poucas plantações de mamona na redondeza, que alguns dos moradores também tiravam alguns trocados. Como as chuvas eram escassas, a água para beber era também quase inexistente, a não ser numa fonte d'água que ficava a uma seis léguas de distância da vila e de onde as mulheres carregavam o líquido em potes feitos de barro. A rotina de vida era uma só todos os dias. Sol escaldante de lascar o cano todos sofriam com àquela situação, mas pessoas simples, humildes e pacatas, resistiam e procuravam sempre enfrentar a vida como ela era e Deus assim permitia. Zé de Ló, assim não pensava, pois achava que o seu futuro, na sua tenra idade, não estava naquela vida, mas além do horizonte para ver no que dava....

VEJA O PRÓXIMO CAPÍTULO E LEIA....

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