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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

sábado, 28 de agosto de 2010

A MASSARANDUBA DO TEMPO

A CADEIRA

                Sempre tive certa fixação em cadeiras. É cadeira nas chamadas sala de estar, sala de jantar, no alpendre, na ante-sala, na sala de espera e por aí se vai. Desde criança pequenina que tenho esse objeto em minha cabeça. É cadeira rústica, cadeira de balanço, cadeira de descanso e tantos outros tipos e modelos. Parece que o japonês não padece desse problema, pois tem como costume em encontros caseiros com amigos ou familiares, se sentaram com as pernas cruzadas, a volta de uma mesa pequena e baixinha, para  fazer as suas refeições ou  tomarem os seus chás. O complexo deles só é mesmo de mesa baixa e olhos puxados. Quanto a nós outros, comer de pé, nem pensar; de cócoras, vá lá, principalmente o sertanejo, quando não tem sequer um tamburete para se sentar. Cadeira, tamburete, sempre fez parte de minha vida. É um objeto reles, sem muito valor, mas que está incrustado na mente de cada um e todos nós temos a nossa cadeira de vida e até, quem sabe, de morte. Quantos não são as pessoas que pegam no sono em uma cadeira, um sofá e quando vai se aperceber, o indivíduo foi para outra, entrou na profundeza do sono eterno de onde ninguém jamais volta. Aconteceu com a minha própria mãe, que sentada em sua cadeira de balanço, na boquinha da noite, como que em tranqüilo e sereno sono, veio a falecer e não mais acordou. Está dormindo o sono dos justos numa cova do cemitério de Buíque, para onde, certamente, também irei.
                  É assim mesmo! - Na vida, sempre estamos ligados a determinados  objetos simples, quais sejam:  uma cadeira, um jarro, uma cama, uma panela de barro, um prato de barro (isto aí, coisas da minha infância), uma chaleira, um bule, um copo, uma xícara, uma colher, que em realidade são coisas concretas, mortas, objetivas, mas que de certa forma também entram no nosso eu subjetivo. É a realidade objetiva fazendo parte do inconsciente de cada um. Quem não teve ou não tem esses objetos em mente? - Todos têm. E por falar em panela e prato de barro da minha infância, do Sítio Cigano, do Sítio Padre Teixeira, em Buíque, não existia na vida comidinha melhor que a feita pelas mãos de minha mãe, principalmente, dia de sábado, dia de feira em Buíque, quando tínhamos o privilégio de nos deliciarmos com um guizado de carne de gado e de bode com farora e até arroz, isto somente aos sábados e domingos. Nos demais dias da semana era feijão puro e farinha seca, quando não tinha como mistura caju banana, preá guizado, piabas ou uma traíra que eu pescava. Como se vê, o objeto cadeira, pelas vivências vividas, puxa várias outras coisas da vida e, em suma, é como uma cadeira de balanço, que balança, balança, até o sujeito adormecer e cair na profundeza do sono eterno.

O VENTO E O TEMPO
        Quer se queira, quer não se queira, somos escravos do tempo. Tudo na vida que fazemos, é sempre em função do tempo. O vento é também uma dádiva da natureza dotada pelo tempo a nos roçar o rosto, a face ou até mesmo quando bravio, nos carregar desordenadamente ou fazer estragos extremos. Mas tudo na vida, temos o tempo como senhor da razão. Nada fazemos a não ser em função do tempo. Nascemos no tempo. As coisas acontecem a seu tempo. Terminamos a vida em face do desgaste pelo tempo, aí sim, não mais sentimos o roçar do vento. Às vezes também, fatos acontecem a destempo, de forma inesperada, mas acontecem sempre com o tempo presente, mesmo que aconteçam por acaso, mas sempre o tempo é o fator limitativo de tudo na vida. Tempo, tempo, sempre foi e sempre será o verdadeiro Senhor da Razão, quem sabe até mesmo, o nosso Deus do Universo.

JOÃO DO SKATE
        Muita gente vai vista grossa, vira o nariz, faz-de-conta que não existe, mas João do Skate é também candidato filho da terra. Em Arcoverde não se fala tanto em votar em candidato filho do lugar, pois bem, João do Skate é também uma opção, ou será porque ele é um candidato humilde é tratado com desdém e de forma desapercebida. Se tanto se fala em votar em candidato da terra, João também é arcoverdense da gema, ou não? - E Marlos Pôrto, que é candidato a federal, cadê as dobradinhas com ele, hem? - Por que buscar cururus-de-trovoada de que tanto falam, quando poderiam fazer dobradinha com outro filho da terra? - Partido, PPS, ora bolas, com essa salada, é o que menos importa, ou não camaradas???

O FATOR DE APOIO É DINHEIRO?
        Na verdade o fator de apoio determinado não se trata de afinamento com idéias e de quem é quem melhor se enquadra nesse ou naquele figurino lugar para trazer melhorias para cada lugar onde se busca apoio. O que determina o apoio mesmo é o dinheiro e às favas o resto. Eleito ninguém se lembra do lugar onde teve votos, porque de voto comprado o político eleito fica sem dever nada à população, esta é a verdade sem retoques. Que o diga o deputado federal já falecido, Ricardo Fiúza. 

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