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A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

NO MUNDO EM QUE DOIS BICUDOS SE BEIJAM

VOU DANADO PRÁ CATENDE
          Abandonado, porém sem ter um norte que lhe dê uma direção nesta campanha política, o jeito mesmo, como naquela cantiga de Luis Lua Gonzaga, é Jarbas Vasconcelos "ir danado prá Catende", num trem quase parando, porque está perdido e sem rumo. Homem de história política e um dos grandes artífices da implantação da Assembléia Nacional Constituinte, Jarbas Vasconcelos foi um dos primeiros a bradar aos quatro cantos deste Brasil, a sua luta contra à ditadura militar e lançar a pedra fundamental para que, com uma Assembléia Constituinte, pudéssemos resgatar a democracia e a elaboração de uma nova Carta Magna, o que de fato veio a ocorrer em 05 de outubro de 1988. Após 14 anos de exílio na Argélia, país localizado na região africana, de hábitos muçulmanos e de língua francesa, eis que em 1979, após à Lei da Anistia, Arraes volta ao Brasil, descendo primeiro no Rio de Janeiro, passando pelo Ceará para visitar a sua mãe e depois, vindo a ser recebido com ufanismo, como um líder lapidado pelo sofrimento imposto pelo exílio num país estrangeiro, em Pernambuco. Lembro bem, estudante e trabalhando no BANDEPE, em Recife, que Jarbas foi o principal articular dos preparativos da volta de Arraes, com o lema, ARRAES TAÍ, ARRAES TAÍ DE NOVO, ARRAES TAÍ, MEU POVO, e assim por diante. Foi realizado um grande comício em que nele me fiz presente. Foi uma grandiosa festa política com a volta de Arraes. Como Arraes, Leonel Brizola, os dois mais importantes líderes exilados do Brasil na época da ditadura, ambos pela sua importância política, desejam ser presidentes do Brasil, o que não veio a acontecer. Leonel Brizola, chegou a governar novamente o Rio Grande do Sul, seu Estado, depois, o Rio de Janeiro. Miguel, chegou novamente a resgatar o governo do Estado de Pernambuco, de onde fora escorraçado pelo regime militar e foi a partir daí, que começaram a surgir os desentendimentos entre Arraes e Jarbas, pois este último tinha a mesma pretensão de ser governador que Arraes e, não conseguindo o seu intento com o apoio do primeiro, chegou a ser prefeito do Recife pelo PSB, que alugou justamente para esse fim, contra Sérgio Murilo Santa Cruz e, a partir daí, teve início a sua cisão definitiva com a esquerda de Pernambuco e com Miguel Arraes de Alencar, que depois veio a derrotá-lo como governador do Estado. Apesar de todos esses desencontros políticos, Jarbas tem um lugar na história política de Pernambuco e do Brasil. O seu pecado maior, mesmo assim os tem assumido e a eles é fiel, foi ter trocado a esquerda que foi o seu berço político, para se aliar à direita que sempre combateu nos amargos tempos da ditadura militar, mesmo assim, há de se reconhecer que é  um homem de história e, mesmo diante da adversidade que ele se encontra, não abandonou o seu trem de aliados, que mesmo danado prá Catende, está seguindo de marcha-ré, porque não tem como reverter o quadro do trem-bala Eduardo Campos, que aprendeu melhor do que Jarbas Vasconcelos o segredo de cooptação política para encher o seu trem de aliados ocasionais, que diferentemente do de Jarbas, vai danado prá Catende.

POLÍTICA É ASSIM MESMO
         Em política é assim mesmo. Um dia é da caça, outro do caçador. Há momentos em que o  sujeito está por cima como  urubu na carniça; noutros por baixo, como um verme a rastejar. O que muitos não sabem e nunca vão tomar bem a lição, e que pela cegueira que se deixam dominar, nem sempre o político vai aprender é que nem sempre ele está por cima a ostentar poderio, demonstração de fumaça de riqueza e determinação com o poder da caneta. O político inteligente, aprende a usar o que do povo conquistou, com parcimônia, equilíbrio e o poder das tintas com moderação e sabedoria, porque uma hora se está por cima, noutra, quando menos se pensa, pode estar por baixo. A política é como uma gangorra, uma roda gigante de parque de diversão. Tem casos também que quando o político cai de vez, aí sim, não tem mais remédio que o faça subir  novamente. No ostracismo, sem a fumaça da riqueza e sem o poder das tintas, poderá amargar a sua insignificância na miséria e no esquecimento, que é o lugar do político que não tem o devido conhecimento do que é essa gangorra política. Pensar que tudo domina, que tudo tem na vida e de que tudo pode decidir, é agir como um asno, e ter certeza que é tudo isso, e que não vai mudar, aí sim, se pode dizer um asno de verdade. O poder, para quem não sabe ou não aprendeu, é efêmero, ocasional, passageiro. O poder, camaradas, nunca foi e nunca será eterno. Se pode mandar por um certo tempo, se pode até mandar por muito tempo, mas jamais se mandará o tempo todo. É essa a lógica que muita gente não aprendeu na política. Jarbas, Arraes, Lula, assim como tantos outros, tiveram cada qual o seu tempo, Eduardo também terá o seu, mas jamais eles mandarão o tempo todo nos cargos que ocuparam ou que eventualmente se venha a ocupar, é esta a realidade dos fatos que muita gente não entende ou faz de conta que não quer entender. Outra mais, a política é cruel, não perdoa ninguém. A mão que coloca certo e determinado político em algum cargo eletivo, é a mesma que impiedosamente tira sem contemplação.

LOGRADOURO COM NOME DE ROBERTO MARINHO
        Não entendi até hoje, a razão plausível e justificável, para se dar o nome a um conjunto residencial nas proximidades do SESC-LER em Buíque, de Conjunto Residencial Roberto Marinho. Não que tenha nada contra a esse todo poderoso senhor que foi dono da poderosa Rede Globo de Televisão, mas sempre me indago: o que tem Buíque, um lugar que sequer a Globo ou Roberto Marinho sabe ou sabia da existência no mapa, ser homenageado com o nome desse senhor? - Qual a razão de se dar um pomposo nome a um modesto conjunto de casebres populares em Buíque, ao rico e poderoso Roberto Marinho? - Por que não foi dado o nome do Conjunto Residencial, de  Manoel da Silva, Maria da Dores, hem? - Por que não o nome de alguém que fez parte da própria história de Buíque? - Acho que existem nomes de sobra e não importar um nome que nada tem a ver com a nossa terra. Outra que também nunca entendi, é o nome dado na época de Dr. Dilson Santos, a outro logradouro público local, de avenida Ayrton Senna, que também, apesar da importância desse desportista do automobilismo, nada tem da mesma forma, a ver com a nossa terra, com a nossa história. Olha, minha gente, existem coisas na vida, que não dá para entender mesmo. E ainda têm pessoas que acham, que o nosso patrimônio artístico, histórico e cultural, não tem que ser preservado. Tudo deve ser esquecido e destruído mesmo, pois o passado é lixo e nada disso importa. Só cabe mesmo esse tipo de idéia de jerico, na cabeça de uma pessoa desprovida de um mínimo de massa encefálica, para vir a entender o que seja realmente a história de vida e da humanidade, para o devido conhecimento do que fomos, do que somos e de como podemos fazer para melhorar como pessoas e como seres humanos. Só cabe mesmo esse tipo de coisa na cabeça de um asno, porque quem tem um mínimo de inteligência não sai por aí dizendo esse tipo de pérola não senhor!

O LIQUIDIFICADOR POLÍTICO
       Lula, como dantes ninguém conseguiu fazer, transformou a política brasileira num verdadeiro liquidificador onde cabe todo tipo de mistura. Para conseguir governar, teve que ser um grande artífice nessa "arte" ou "artimanha", para, juntando todas as cores poder governar dividindo o bolo da administração aqui, acolá, para poder ter uma união artificial e ver os seus projetos políticos aprovados. De bem com o povo brasileiro, chega ele ao fim do seu segundo mandato, não se reelegendo para um terceiro, por impedimento da legislação eleitoral e constitucional, senão com certeza ele teria mais um mandato garantido. Se Collor tivesse feito o mesmo tipo de traquejo político que Lula fez, com certeza não tinha aparecido cara-pintada coisíssima alguma e ele com certeza, teria tirado e mandato e até mesmo sido reeleito, mas  três coisas pesaram contra ele, o pensar e se sentir acima do bem e do mal, o confisco da poupança do povo naquele seu tresloucado Plano Econômico da ministra Zélia Cardoso, e a alta inflacionária, senão ele teria caído nas graças do povo se tivesse domado a inflação, tivesse criado benefícios sociais a exemplo de Lula e tivesse sido mais povão como Lula sempre foi. Governar se sentindo Deus, fez com que ele vivesse a cair em desgraça e perder o mandato pelo impechament, coisa que nem de perto se chegou a cogitar no governo de Lula, e olha que, em termos do corrupção, a coisa foi de lascar, talvez bem maior do que na época de Collor, mas como Lula é Lula, o povo fez vista grossa e a tendência mesmo é eleger a "muié do home", Dilma Rousseff. Mas o que sobrou de tudo isso, foi um estrago dos diabos em termos de princípios e de ideologia política, prevalecendo mesmo, a política da praxe, de sempre se tirar vantagem de tudo e de todos, não importando a quem nem de onde venha o aliado. Um exemplo de tudo isso, é que o deputado Paulo Maluf e candidato à reeleição mesmo tendo que enfrentar os destemperos da Lei da Ficha Limpa, por incrível que pareça, é aliado de Lula. Se isso é política séria, então não sei mais o que é política.

O VIRA-VIRA, VIROU!
        Vindo do matreirismo político do avô, que mesmo socialista sempre se aliou ao capitalilsmo para se eleger, Eduardo Campos, na escola lulista, vem fazendo um estrago dos diabos no roçado político do que restou da oposição em Pernambuco. Na maioria dos municípios, juntou todo tipo de coloração e bicharada política que pôde juntar, num saco só em torno dos seus candidatos, principalmente ao senado, por querer de todo jeito derrubar Marco Maciel e eleger Humberto e Armando. Os ferrenhos adversários dos municípios hoje estão no mesmo palanque, mesmo que antes entre eles tenha havido a maior troca de farpas que se possa imaginar, e por imposição aliancista com o Governo Eduardo, são obrigados a subirem num mesmo palanque, o que é de amargar. Tem coisas que não dá para engulir não senhor. Nesse item de derrotar Marco Maciel, acho até louvável da parte de Eduardo, agora, camarada, ter que engulir certos sapos políticos, é de lascar mesmo! - Não dá para entender aonde se quer chegar nesse tipo de política, afinal de contas, toda unanimidade é burra, conforme sentenciou o escritor e teatrólogo Nelson Rodrigues. Não há como em determinados municípios, até por uma questão de coerência,  juntar todo mundo num barco só, até por uma questão de respeito ao eleitorado que confiou seu voto em alguém. Mas como "política é a arte da "safadage", nada se pode esperar de político, né mesmo camaradas! - Esse vira-casaquismo desenfreado é de envergonhar qualquer um que tenha um mínimo de decência e vergonha na cara. E olha que em política, se dá mais vez aos adesistas ocasionais que aos fiéis escudeiros que sempre se mantiveram fiéis na trincheira de luta política, mas como a política é como uma nuvem, o troco também pode vir à jato e sem mandar recados.

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