A ONDA DILMA
Indiscutivelmente, pelo que pude observar no programa da briga eletrônica que se iniciou neste dia 17, vai mesmo esquentar nesses poucos dias que restam, até chegar o dia da eleição em 03 de outubro. No programa presidencial, o trabalho de marketing de Dilma, foi bem superior ao mostrado por Zé Serra. No da candidata de Lula, se pôde demonstrar a grandeza do Brasil e de o seu crescimento com o pai da pobreza, Luiz Inácio Lula da Silva e, para não ficar órfão, apresenta Dilma, como a mãe do povo brasileiro, a sua salvadora e a única capaz de dar continuidade ao trabalhado iniciado por Lula. Nele se procurou mostrar o crescimento e conquistas do Brasil na era Lula e o que ainda está por vir e por se conquistar. A vinculação da imagem de Dilma a de Lula, é uma coisa bem visível e sempre procurando demonstrar que com Dilma, o Brasil estará seguro e em boas mãos. Na verdade a propaganda política é bem cuidada, bem elaborada e bem finalizada, o que já era de se esperar para quem está bem na foto e do lado do poder. Pelo visto no pontapé inicial da propaganda política, com a queda livre de Serra nas pesquisas eleitorais, significativamente não vai mudar muita coisa.
SERRA ACUADO
No programa político de Zé Serra, mostrou-se ele um candidato acuado, sem nada de novo a ser mostrado ao eleitor, a não ser como seu feito maior, a questão da quebra de patentes dos remédios para a fabricação dos genérios, além de querer vincular a sua imagem de origem pobre e humilde, querendo com isso, se comparar com a mesma origem de Lula. De resto, o seu discurso propositivo nada de novo apresentou, o que implica em dizer, que do jeito que a banda toca, o seu "staf" político responsável pelo marketing, não vai trazer nenhuma novidade que possa a vir gerar um fato novo de impacto diante do eleitorado. Com a notícia logo no primeiro dia de uma pesquisa que o coloca em queda livre e da possibilidade de Dilma vencer logo no primeiro turno, Serra certamente, iniciou a sua guerra eletrônica midiática, num verdadeiro inferno astral. Outra mais, os seus "aliados" tem até vergonha de sequer citar o seu nome ou de se colocar pelo menos ao lado de sua foto, o que representa que político só se importa mesmo com a sua sobrevida política, quanto ao que se encontra em desgraça iminente, que se exploda, essa é a lógica da política.
ERROS MORTAIS DA OPOSIÇÃO
O PSDB perdeu uma grande chance de lançar um candidato a altura para disputar a candidatura oficial de Lula, Dilma Rousseff, que seria o Governador de Minas Gerais, Aécio Neves, mas como a política dos caciques impôs o nome de Zé Serra, poderá mais uma vez amargar outra derrota política, a exemplo de Geraldo Alkmin, quando naquela oportunidade deveria ter sido Serra o candidato de oposição. Aécio Neves tem vários pontos que contam a seu favor: o primeiro é o de que é um jovem de boa performance política, fez um governo bem avaliado por cerca de 80% do povo mineiro e conta com o cacife político de ser neto de Tancredo Neves, o Presidente que enterrou a eleição indireta para Presidente da República, imposta pelos militares, ganhou, e por ironia do destino não assumiu em face de ter morrido às vésperas, vindo em seu lugar o seu vice e ex-aliado do regime militar, José Sarney. Em circunstâncias tais, se o PSDB tivesse agido com um mínimo de bom senso, o que não vinga em política, e inteligência, o que também é uma nulidade na política, com certeza Aécio teria grandes chance de sair vitorioso na disputa contra Dilma, a encarnação mulher do outro lado de Lula. Mas vendo por outro lado e dotado da matreirissse política herdada do avô, não quis colocar o certo pelo duvidoso, porque o peso de Lula é o fator decisivo nessa campanha presidencial e ele, com uma cadeira no Senado certa e carimbada, não quis partir para se aventurar deixando o certo pelo o duvidoso e, jogando mesmo a batata quente com o Zé Serra, que pelo visto, a derrota anunciada já não mais lhe surpreende. Outra mais, ao invés de tentar ressuscitar a oposição de Pernambuco, seria melhor para Jarbas Vasconcelos, no seu peso político de oposição ao Governo Lula, ter sido o escolhido para ser o vice de Serra, porque a derrota anunciada em Pernambuco vai ser de dar dó a qualquer político que se preze.
JARBAS ABANDONADO
Enquanto Serra joga na retranca, Jarbas tido antes como um político de lutas na adversidade, não será desta vez que terá a menor condição de mudar o quadro político de Pernambuco, em face da dianteira em que Eduardo se encontra. Vai ser pelo visto, a pior das derrotas sofridas por ele nesta disputa eleitoral, que a pretexto de não deixar a oposição definhar de vez, se arriscou, se aventurou a sair candidato e vai amargar uma derrota nunca vista em Pernambuco, talvez bem pior da que ele impôs ao mito Miguel Arraes, que por ironia do destino, é avô do seu adversário Eduardo Campos. Nas propagandas ninguém posa na foto nem ao lado de Jarbas, nem de seu aliado Serra. Pedir votos para os dois ou sair na foto com qualquer um deles, é um sacrilégio para os seus aliados, é como o diabo fugindo da cruz. Não sou eleitor de Jarbas desde que ele se debandou para essa caterva do PFL, mas ele está provando do mesmo veneno que antes fez outras pessoas provarem. Acho que em política deveria haver pelo menos um mínimo de decência, sinceridade e lealdade com o aliado político, tanto na bonança, quanto na desgraça. Abandonado, praticamente sozinho remando o seu barco, continua a sua luta política, mas o mau-caratismo dos seus aliados é de dá nojo. Se antes existiam tantos aliados e beija-mãos querendo um afago e um tapinha nas costas dele, Jarbas, por qual razão agora se afastam, como se o diabo fugindo da cruz, hem! - Eduardo hoje conta com um vira-casaquismo político nunca visto na história política de Pernambuco, mas de uma coisa, ele que de besta não tem nada, pois aprendeu as nuances da política com o seu avô, pode ter certeza, a mão que dele hoje se aproxima para afagar, será a mesma que no futuro poderá da mesma forma apedrejá-lo, pois a política, como já tenho dito por repetidas vezes, "é a arte da traição", que o diga na atualidade, o estado de abandono em que Jarbas se encontra, a ponto de seus aliados sequer ter uma foto ao seu lado ou em algum bate-papo ou comício sequer referência fazer ao seu nome. É realmente lamentável o comportamento humano, principalmente no mundo da seara política e quando o político cai em desgraça, aí sim, se pode dizer que se apagou de vez e de luz apagada, ninguém quer mais saber. Apesar de tudo, conheço a história de Jarbas contra a ditadura, pela implantação de uma Assembléia Nacional Constituinte e a sua garra em defesa da democracia, é esta a imagem de um Jarbas Vasconcelos político combativo, valente e altivo que quero guardar, que da outra parte, para mim foi um mancha em sua trajetória de vida.
CANDIDATURAS DE DEPUTADOS
Nessa estréia da propaganda eleitoral, as inserções de candidaturas proporcionais, ou seja, de deputados estaduais e federais de Pernambuco, não houve nenhuma novidade. Foi de uma mediocridade de fazer corar qualquer cristão novo em política. Nada de novo que venha a acrescentar alguma coisa na vida do eleitor e do povo, veio à tona. As mesmas "babaquices" de sempre. Todos se limitaram a leituras de textos maus produzidos e demonstrando ser ventríloquos daquilo que os outros querem que digam ao povo para tentar engabelar e amealhar o seu voto. A gente que assiste a tais programas, vê e ouve cada pérola que sinceramente, não dá para engolir tanta idiotice e baboseiras propositivas de certos candidatos, que diga-se de passagem, não deveriam sequer receber voto algum do eleitor, mas como estamos numa democracia, aonde o dinheiro não vingar, o povo ainda pode votar em quem bem entender. Teve até um certo imbecil de Pernambuco, candidato de não sei qual partido, defendendo a pena de morte, "porque segundo ele, era o único que tinha coragem para tanto", esquecendo ele, que em país algum no mundo, a pena capital resolveu o problema da violência, muito pelo contrário, até piorou. Na realidade é um verdadeiro festival de propostas vazias e desconexas colocadas no ar por pessoas sem a menor condição de adquirir um mandato representativo do povo. Entre tantos que se apresentaram no programa de ontém, um que me chamou atenção, foi o arcoverdense, filho de Giovani Pôrto, Marlos Pôrto, que seguro de si, bem articulado, bom timbre de voz e bem direto e objetivo, me fez lembrar da verve do dom da oratória de seu pai nos comícios de Arcoverde. Também pude observar que no fundo de seu vídeo-clip não tinha nenhuma foto de Jarbas ou de Serra e o que me desagradou também, foi o fato de ele ser candidato pelo PPS, que através de Roberto Freire, oportunista de carteirinha, acabou com o PCB, tornando-o nesse nicho partidário de cobras a lagartos, que tive o desprezar de fundar em Buíque junto com Miltinho, Rômulo Camêlo e outros mais, chegando por este último, a ser colocado na caducidade, por não mais lhe servir, depois que tentou cassar o seu mandato de vereador. Hoje me parece que o vereador Rômulo, está no PMN ou sei lá o quê de coloração partidária que seja.
E POR FALAR EM ROBERTO FREIRE....
Falando em Roberto Freire, pessoa também que já tive o desprazer de votar, depois de fartamente conhecido pelo seu oportunismo em Pernambuco, parte dessa vez, para uma disputa de um mandato eletivo no Estado de São Paulo, apostando, certamente, no voto do povo nordestino. Como todos já o conhecem em nosso Estado e com toda certeza não mais seria eleito para mais nada, resolveu tentar se levantar politicamente no Estado de São Paulo, onde poderá ou não ter alguma chance de se eleger deputado federal, ou talvez chance alguma venha a ter, porque o seu cacife político está em baixa em todo o Brasil, e não somente em Pernambuco. Como São Paulo é exemplo de eleger todo tipo de "gato pingado" da política, quem sabe poderá naquele Estado ter uma chance de sair do túmulo político em que buscou pelo seu pedantismo, oportunismo e descaso político se enterrar e, na "burrice" política de parte dos paulistas, poderá vir a conquistar um mandato eletivo de deputado federal. Já votei em muita gente que antes acreditava ser o timoneiro, a voz representativa popular de fazer o sonho do possível acontecer, a exemplo de Marcus Cunha, Roberto Freire, Jarbas Vasconcelos, Marcos Freire, Egídio Ferreira Lima, entre outros. Roberto Freire e Jarbas Vasconcelos são para mim hoje, cartas fora do baralho. Quanto a Marcos Freire, este que veio a morrer de forma trágica em acidente aéreo quando Ministro da Reforma Agrária do Governo do Presidente Sarney e Egídio Ferreira Lima, os tenho em bom conceito pela retidão de políticos e homens públicos que representaram e foram para Pernambuco e o Brasil. Claro que em política, o sonho que dantas acalentávamos, na medida em que vamos amadurecendo, são os mesmo que os defendíamos a unhas e dentes na juventude. Pelo menos em minha época, tínhamos um sonho em que buscávamos numa trincheira de luta política, acreditar e, hoje, com pesar e tristeza, posso observar que a atual juventude, nos rumos que a política tem tomada, não acalenta sonho algum como trincheira de luta, o que é deveras desalentador para o futuro do nosso País em termos de novas lideranças políticas com o devido preparo do qual o nosso povo precisa.
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