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terça-feira, 7 de setembro de 2010

07 DE SETEMBRO, FESTA CÍVICA DO POVO BRASILEIRO

        Quando criança, tinha fixação nas festividades do dia 07 de setembro, o nosso dia da independência, da libertação do Brasil das  amarras, do acorrentamento de Portugal, e sentia na minha inocência e pureza infantil, envaidecido e regozijado por ser um partícipe de tão importante data magna da nação brasileira. Sentia-me nas alturas, levado pelo vento da sensação da emotividade, ao participar dos desfiles promovidos neste dia em Buíque. Para mim era um dia especial assim como, os dias das festas de São João, do final de ano e as missões de Frei Damião, do qual minha mãe era uma fervorosa devota e também sempre costumava acompanhá-la nas caminhadas da casa do Padre José Kherler até à matriz central, por volta das quatro para às cinco horas da matina. Para ela, Frei Damião era um santo.
         Mas o 7 de setembro mesmo, era um dia em que me sentia envaidecido por poder desfilar de farda nova ou até mesmo vestido de índio, como ocorreu certa feita, mas era um dia importante para mim. O fardamento era adquirido com antecedência na cidade do Recife. A calça curta era de tropical cinza e a camisa era branca. Na época era um sufoco danado para minha mãe conseguir dinheiro para comprar a vestimenta do 7 de setembro para me fazer desfilar. O tempo foi passando, a gente vai tendo uma visão mais ampla da vida e de mundo e vai se aprendendo que as coisas nem sempre são como inicialmente colocadas no plano objetivo em determinado momento. Se vai aprendendo que o que nos fazem engolir goela a dentro, não passa mesmo de distorções históricas que com o tempo a verdade vem sempre chegando à tona e nada é o que procuraram nos incutir na mente. Na verdade, vim a perceber muito depois, de que na verdade, o que gostava mesmo era de, terminado o desfile de 7 de setembro, era de saborear os sanduiches com refrigerantes, talvez a chamada gasosa da época, para matar a fome depois de um cansativo desfile de mais uma festa cívica de cada 7 de setembro. Atualmente, nada me toca ter que festejar essa data que se adotou como a independência do Brasil das garras de Portugal. Na verdade essa independência foi só mesmo uma acomodação de pai para filho, para que o país não fosse parar nas mãos de outras pessoas estranhas aos direitos hereditários da família real, esta é a verdade. Essa coisa de independência foi tão-somente uma simbologia política para representar a cisão do nosso país do seu antigo colonizador, nada mais que isto. Claro que tem lá o seu lado positivo esse divisor político de águas, pois foi a partir daí que o Brasil deixou de ser um império para ser uma república, se bem, ainda assim, com fortes resquícios do que sobrou do impositivismo do império e da subordinação à Inglaterra, para, depois, ficar subjugado aos Estados Unidos. Na atualidade se fala em independência, mas jamais país algum vai ter a sua verdadeira e real independência, pois nesse mundo globalilzado sempre vai prevalecer a força dos mais fortes subjugando os mais fracos. No futuro, quem sabe talvez, venha o Brasil a se tornar um grande país de verdade.
         Como marco de independência política neste 7 de setembro, o que tenho a lembrar mesmo é do pão e guaraná com os quais me deliciava após enfrentar um esforçoso e cansativo desfile da festa cívica buiquense que vivi na minha tenra idade e que ainda vive comigo no momento presente. Mas apesar do gosto pelo sanduiche com gasosa, a orgulho ainda assim, era pela festa cívica do desfilar. Depois vinha a festa tradicional da Vila do Carneiro, que o falecido ex-vereador Til tanto valorizava como instrumento político, mas nunca deixou de buscar meios para patrocinar essa tradicional festa desse distrito de Buíque. Parabéns Brasil! - Viva a todos nós brasileiros! - Que tenhamos um futuro de paz, prosperidade e progresso, com menos injustiça, verdadeiras melhorias sociais e mais vergonha na cara dos políticos!

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