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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ESTÁ ESCRITO NAS AREIAS, NÃO NAS ESTRELAS

ROMANCE – A vida de muita gente se confunde, em muitos casos, com um verdadeiro romance. As agruras que às vezes somos obrigados a passar, são coisas que ficam somente na vida de cada um de nós, ou de quem foi o verdadeiro ator principal de sua história. Quer de uma forma ou de outra, de um modo geral, cada um tem ou teve a sua própria história e o que nela foi feito está escrito para sempre nas estrelas e o que nelas ficou escrito no interior de cada um, não se apagará jamais.

NEM TUDO NA VIDA – Mas nem tudo na vida pode ser escrito e permanecer pela eternidade na luminosidade das estrelas. Nas areais também se escreve, mas o que nestas se rabisca, o vento bravio ou mesmo suave, vem e apaga tudo que na areia foi escrito, que desaparece para sempre na vida de cada um de nós, porque não houve nada de eterno, de sincero, nem tampouco de verdadeiro.

ASSIM É A PALAVRA – Existem pessoas que falam, dizem ou escrevem e permanecem firmes como rochas, naquilo que firmam com alguém, mas nem todo mundo é suficientemente firme para sustentar por toda a vida, o que em certo momento pactuou como uma conduta a ser seguida, como um norte orientador a ser perseguido durante toda a existência. Assim como num romance da vida de cada um, ora se escreve nas estrelas, ora nas areias. No coração de cada um, o que está escrito nas estrelas o será para sempre, não acontecendo a mesma coisa com o que fora escrito nas areias, por ser vulnerável à efemeridade das intempéries do tempo.

EMBROMAÇÃO – Nos meios políticos, tolo é o cidadão que acredita em conversa fiada de político. Na verdade tudo não passa de meras embromações, de muitos maus-caráteres, que quando detentores de um mandato eletivo, fazem de tudo para se manter na boquinha, ou quando pretendem conquistar um lugar na “mamata”, não medem esforços em mentir descaradamente para conquistar o peitinho que pretendem para mamarem nas tetas do poder. Daí a diferença entre se escrever nas estrelas e nas areias. O político, de um modo geral, não escreve para cumprir o que firma, mas sim, para ser levado pelo o que na areia escreveu. Por isso mesmo é que vivemos chocados em épocas de campanhas políticas com tantas promessas mirabolantes, que só o tolo ou idiota é quem tem mesmo a capacidade de acreditar em tantas farsas e mentiras.

O DESENCANTO – Vivemos em mundo em desencanto, mas nem por isso, podemos desanimar como seres humanos impotentes diante da picaretagem dominante. Apesar de desencantados com o que vemos e ouvimos, mesmo assim, não devemos desistir, mas sim, lutar sempre seguindo em frente para tentar mudar essa mentalidade nociva que predomina no meio da sociedade e que vem contaminando de forma pejorativa a nossa juventude, que de certa forma, com algumas raras exceções, vem adquirindo corpo e forma nos mesmos moldes dos exemplos herdados das atuais gerações. Claro que é difícil de se mudar essa mentalidade degradante que domina corpos e mentes, mas nem por isso é impossível de que isso um dia venha a acontecer. O que não se pode é abraçar o que errado nos colocam a nossa frente, em detrimento do que é certo e colocando em risco o futuro das gerações que estão em formação e que estejam em constante descompasso para se ter um mundo melhor.

CAMPANHAS POLÍTICAS – Na atual campanha política, presenciamos muitas mentiras jogadas nos meios de comunicação ou de forma direta pelos candidatos a cargos eletivos, que para a pessoa de bom senso, são proposições extremamente distantes da realidade e impossíveis de que venham de fato a se realizarem. Agora acredita quem é tolo, pois a pessoa de uma compreensão mediana, só acredita em farsas e mentiras se bem o quiser. Não adiante prometer mundos e fundos, como sempre se vem prometendo e em nada a sociedade avançar em termos de incrementação das  reais melhorias sociais das quais o povo tanto precisa. Pode até se avançar aqui, dar uns retoques mais ali adiante, para se enganar e o povo anestesiado, deixar a coisa passar de forma desapercebida e não ver, não ouvir e não falar.

O QUE O POVO QUER – Apesar de ter muita gente viciada mesmo em pedir favores, pedir isso, pedir aquilo, pedir para o político pagar uma conta de luz, uma conta de água, até mesmo pedir uma injeção na testa, desde que de graça, existe muita gente que está viciada, mas foi o próprio político que assim o fez e o fez com o próprio dinheiro público do qual ele vem surripiando dos cofres do povo ao longo de sua trajetória política. Mesmo diante de um quadro degradante dessa natureza, por culpa do próprio político, o que o povo realmente quer para mudar esse tipo de coisa, é uma educação melhorada, uma saúde pública de qualidade, uma melhor distribuição de renda sem precisar de uma bolsa-família como esmola. Na verdade, a coisa que vem de graça, nunca é recebida com a força, a garra, a emoção e o entusiasmo que se deve ter cada ser humano quando conquista as coisas na sua vida pelos seus próprios desforços. Quando as coisas aparecem de graça, não tem o menor sentido de ser. O importante mesmo, é a gente partir de baixo e conquistar de forma digna, honesta, com trabalho e dedicação, aquilo que na vida a gente se propôs a conquistar à duras penas. Na verdade o povo não precisa de esmola, mas de alguém que os guie no verdadeiro caminho para realizar as suas próprias conquistas.

MEU MAIOR SONHO – Nasci no Sítio Cigano, aqui em Buíque. Tenho muito orgulho disso. Sou filho de Milton Modesto e de Dona Adelaide Alves de Albuquerque e ser filho deles, muito mais envaidecido ainda sou. Tenho orgulho de ter nascido no Sítio Cigano, de ser filho de quem eu sou, de ser buiquense e de ser da família “Modesto”. Citei esse ligeiro prólogo, somente para citar. Na verdade, vim lá de baixo, não que esteja lá em cima, mas acho que cheguei no ponto aonde poderia chegar. Se mais não cheguei, para mim até aqui já foi o suficiente e posso chegar ainda a muito mais, pois apesar de tudo, ainda tenho encontrado fôlego para ir à guerra e bravamente lutar. Nessa minha trajetória de vida, que diga-se de passagem, tão sofrida, tão magoada, tão humilhada, cheguei até a ser um “Doutor, pôxa!” – Imagine, eu Doutor! – Pois bem, era essa a minha meta de vida: chegar um dia a me formar! – Finalmente me formei, sou um militante do Direito, com “D” maiúsculo mesmo! – Muito me orgulha em ser um operador das ciências jurídicas. Não sou melhor, nem maior, menor ou diferente de ninguém. Sou igual a qualquer um. Dos colegas de profissão, nada tenho contra quem quer que seja. Sou amigo de todos que os conheço e tenho prazer de sempre conhecer um colega a mais. É sempre motivo de muita honra conhecer mais um militante que labuta no dia-a-dia, às vezes injustiçado, incompreendido, escorraçado um pouco, humilhado em certas ocasiões, mas jamais sem perder a retidão, a honradez, a ternura, o equilíbrio e a ética na qualidade de profissional do Direito. E assim, nessa minha caminhada, busco ser amigo de todos, respeitar a todos, atuar dentro do que manda a lei e não acho ninguém maior ou menor do que a minha pessoa, no regular exercício do munus profissional como operador do direito. Tenho procurado em toda minha vida, combater o bom combate, apesar de me sentir impotente quando diante de certas circunstâncias não posso acudir a quem mais deveria, nem devolver a liberdade de quem sobrestado do seu sagrado direito de IR e VIR livremente, subjugado num labirinto por imposição abusiva e autoritária, se encontra com esse direito cerceado, tolhido pelas incompreensões humanas, porque a autoridade de plantão que acha que tudo pode, PRENDE, quando deveria LIBERTAR e liberta quando poderia prender. Essa é a minha maior decepção como profissional e a minha maior tristeza como ser humano dotado de sentimento e que, tendo o bisturi nas mãos, sento-me por vezes impotente, paralisado, sem saber como usar a ferramenta que na vida aprendi a usar com maestria, mas que, em certas circunstâncias das arapucas que a vida nos prega, ficamos sem saber como usar os instrumentos que nos foram colocados às mãos, mas que enquanto vida tiver e as mãos puder usar com sabedoria, há de chegar um momento para que tudo venha enfim, a ser solucionado.

HÁ MOMENTOS – Dos momentos da vida da gente, nem sempre todo mundo sabe. Na verdade, a vida da gente não interessa a ninguém mesmo, né! – Bem pode ser, mas também pode não ser. Existem certos momentos, que precisamos de uma ajuda, uma palavra amiga, mas dificilmente a encontramos, pois quando buscamos que alguém nos estenda a mão, quem vem de lá, só pensa que a nossa mão está realmente contaminada. Muitas das pessoas, procuram mais acreditar numa suposta realidade objetiva, do que na realidade dos fatos como eles realmente foram ou aconteceram. No próprio direito, a vertente do subjetivismo, é um fosso de incompreensões, de onde se tiram várias concepções. Se certas ou erradas, terminam por se tornarem verdadeiras na visão distorcida de quem  está visualisando certos e determinados fatos. Nesta minha vida, muita gente ajudei e acreditei nas pessoas que se disseram amigas minhas. Quando vivi fora de Buíque, vige Maria! – Era uma imensa alegria, uma festa encontrar alguém de Buíque. O que tenho me ressentido, é o fato de que, quando precisamos realmente de alguém, na verdade, estendemos à mão a quem pensamos amigo e na verdade, a mão dessa pessoa é encolhida para não nos estender a sua mão. É aí o ponto crucial entre o limiar de quem realmente é ou não o amigo de verdade, o que na realidade são bem poucos. Não sou assim. Não penso assim. Na verdade ninguém é obrigado a ser igual a ninguém. Cada ser humano, como já dito, é um mundo à parte e o verdadeiro amigo, melhor o cachorro amigo, do que um amigo cachorro.

A HIPOCRISIA HUMANA – Reside aí, a hipocrisia humana, justamente em quem não busca estender a mão ao semelhante, da mesma forma que um dia lhe estenderam à mão. As pessoas esquecem facilmente as coisas. Na verdade, ajudar ao próximo, deve sempre ser um ato em que o ser humano consciente deve fazer sem olhar a quem. Mas existe uma coisa que muita gente desconhece na vida: gratidão! – É importante também, que se reconheça o que se busca fazer por alguém, não que se deve se dar algo em troca, porque às vezes não se quer uma coisa valorosa como paga, mas sim, o reconhecimento, e só! – Nunca se deve pagar afeição com ingratidão. Existem mais aqueles que sabem o tempo todo quem é o sujeito e por alguma razão, por algum fato que supostamente aconteceu em sua vida e na vida de alguém dos seus, para que o sujeito seja visto com indiferença. Ora minha gente, pode existir mais hipocrisia humana do que isso?

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