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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O OLHAR DA TARÂNTULA


PROPAGANDA DIDÁTICA - A veiculação pelo TSE de propaganda de cunho didático e educativo, com relação à escolha consciente do voto, conclamando o eleitor para fazer as escolhas certas, infelizmente não chega a sensibilizar praticamente quem quer que seja, no sentido de que o público-alvo que é o eleitor, venha a fazer de fato a escolha certa que realmente deveria fazer. Isto significa em dizer, que o retorno é praticamente quase nenhum.

ENTRA NUM OUVIDO – Apesar da boa intenção, o aconselhamento do TSE, entra num ouvido do eleitor e sai pelo outro. É o mesmo que chover no molhado, pois de nada adianta essa tentativa de orientar o eleitor sobre a melhor escolha que por dever e obrigação deveria ele fazer no dia da eleição.

PODER ECONÔMICO – Nessa seara de fruta braba, o que vale mais é a força do poder econômico que funciona como a maçã envenenada que Eva deu para Adão e assim, o Paraíso que antes era puro, veio a conhecer o pecado. O ser humano, por natureza é venal, vulnerável e tentado facilmente pelas ofertas fáceis. Tem gente capaz de aceitar tomar até injeção na testa, desde que seja de graça. Vender o voto para muitos, se tornou uma coisa banal, afinal de contas para estes, tanto faz como tanto fez o futuro dos outros, pois como Mateus, primeiro os meus, depois os teus.

MUITOS NÃO ESTÃO NEM AÍ – Uma grande quantidade de eleitores não está nem aí para quem seja ou não o candidato; de sua origem ou de sua história; do que pode e tem capacidade de empreender ou de fazer em favor do povo. Esse tipo de gente está mais preocupado com o seu próprio umbigo do que com o bem coletivo.

NADA ADIANTA – A propaganda conscientizadora do TSE, apesar da tentativa didática e educativa, de nada, mais de nada mesmo adianta para o eleitor, que simplesmente faz vista grossa, torce o nariz e muitos só querem mesmo é tirar vantagem do momento e às favas o futuro do povo. Não sabe o eleitor, que agindo com esse faz-de-conta, sem se importar com o destino do país, estará ele colocando representantes que vão sugar dele mesmo que se fez representar politicamente no Congresso Nacional, nas Assembléias Estaduais, nas Câmaras Municipais e nos Executivos de uma forma geral. A responsabilidade dos desmandos subseqüentes não é do político que foi colocado pelo voto popular, mas sim, do próprio povo que fez maus escolhas, dos seus representes em quem votou, das facilidades em malversarem e roubarem os dinheiros públicos. Então camaradas, ter o discernimento de escolher os melhores é um dever e obrigação de cada cidadão brasileiro, porque o que tem de picareta por aí, não está no gibi. Depois da porcaria feita, não adianta nada chorar o leite derramado, pois o paraíso já está todo enlameado.

A VOLTA INDIGESTA – A Lei da Ficha-Limpa, que retroage no tempo para atingir fatos pretéritos, vem a contradizer preceito garantista constitucional. Ora, é mais do que razoável, o cidadão pagar pelo que fez na época da vigência de lei incriminadora em que o fato ocorreu, e não surgir uma tipificação inovadora para pior e voltar no tempo para alcançar o que ocorreu em outras circunstâncias. Se acaso adotarem essa idéia do alcance indefinido da lei, todo tipo penal será a partir de então imprescritível e vai se protrair indefinidamente no tempo, o que afronta da mesma forma preceito de mandamento constitucional sobre a irretroatividade da lei, salvo quando para beneficiar o réu. A lei, apesar das boas intenções, deve ser filtrada para que possa vir a ser bem aplicada. Melhor, nem de mais lei incriminadora se precisava, bastando tão-somente de um Judiciário célere e aplicador da lei.

A ENCARNAÇÃO DO ANTILULISMO – O inferno astral de Jarbas Vasconcelos nestas eleições não foi o fator Eduardo Campos, mas sim, a questão de ele ter sido um ferrenho crítico do governo Lula, principalmente onde ele está de bem com o povo e com mais de 70% de aprovação popular em Pernambuco. A afrontosa derrota anunciada por cerca de 2 milhões de votos, não é mérito de Eduardo não senhor, mas sim, da encarnação do antilulismo que radicalmente Jarbas procurou encarnar em nosso estado. Se estivesse de bem com Lula, poderia até fazer um grande estrago na campanha de Eduardo e até mesmo ameaçar a sua vitória. De mal com Lula, Jarbas vai ter que sofrer o seu maior inferno astral nestas eleições e pode não chegar a ter sequer 1 milhão de votos no estado.

NEM MESMO SERRA ENCARNOU – O que pode ter sido o maior erro de Serra, foi não ter demarcado uma linha divisória entre ser oposição ferrenha ao governo Lula, mostrar os erros e fazer um embate em torno de idéias e mostrar a que veio, mas teve oportunidade e não  o fez. Ao invés de procurar manter uma identidade própria, não encarnou na sua política o embate do “antilulismo”, não apresentou novas idéias para o Brasil e escondeu nos bastidores os seus aliados, principalmente Fernando Henrique Cardoso. Ora, se o próprio Serra procurou preservar a imagem de Lula, o colocando até mesmo no seu horário político, por qual razão Jarbas Vasconcelos se predispôs a esse papel? – Com essa sua decisão, perdeu espaço  em todo interior pernambucano, foi abandonado pelos antes tantos “aliados” que tinha enquanto poder e tudo indica, que vai chegar sozinho na praia. Pelo andor da carruagem, nem mesmo Marco Maciel, pelo que tudo indica, vai se salvar, vindo também, após nadar tanto, a morrer na praia. Outra mais, o próprio partido de Serra, o PSDB, quando não está composto numa mesma chapa, faz dobradinha de apoio branco, a exemplo de Pernambuco, onde a maioria do partido está com Eduardo Campos e Dilma Rousseff. Pelo visto, o PSDB, por falta de identidade própria, nunca vai mesmo sair de cima do muro como sempre foi o seu papel na política nacional.

A POLÍTICA NÃO É ETERNA – Se tantos acham que Marco Maciel é uma instituição política de Pernambuco, não chego a tanto, pois todo político tem o começo de sua história, o meio e o fim. É assim na vida. Diferente não poderia ser. Marco Maciel, que teve a ditadura militar como sua escola, que nunca se descolou do poder, talvez quem sabe, seja este o momento, da chegada de sua vez de pendurar as chuteiras como muitos outros também já penduraram as suas. Na vida, cada coisa a seu tempo. Marco Maciel, se de uma forma ou de outra fez história, coisa que só o tempo, senhor da razão, poderá dizê-lo, já deu o que tinha que dar. Está mais do que na hora de passar a a bola da vez para outra pessoa.

MARINA SILVA – Na verdade, nem mesmo a Marina Silva, marcou uma identidade própria sobre o que pretende para o Brasil, se limitando mais à discussão de uma política de economia sustentável pouco esclarecedora e em sintonia com o meio-ambiente. Ora critica Serra, para depois, em menor grau, acenar com restingas azedas contra Dilma e Lula e não sai disso. Na verdade, ninguém teria as mínimas condições de mexer ou mudar em nada na estrutura política, pois seria extremamente temerário virar de cabeça para baixo uma estrutura que aparentemente está funcionando supostamente a pleno vapor. Mudar a macroeconomia não é lá coisa muito fácil, sobretudo quando o país está preso aos tentáculos de uma economia globalizada e viver isolado do mundo é muito difícil, se bem que, nada pode ser impossível.

O QUE NÃO SE COMPREENDE – Se o país está auto-suficiente em energia, não se justifica se pagar tão caro pelo preço de um litro de combustível automotivo, quando se pode encontrar a preço de bagatela em países vizinhos, a exemplo do Uruguai e do Paraguai, que não tendo o produto, importam o petróleo que consomem e mercanciam preços bem aquém dos praticados no Brasil. Existem coisas que ninguém discutiu nesta campanha política e que até o momento todo mundo quer uma resposta, pois não dá para entender se pagar tão caro pelo que internamente produzimos e somos auto-suficientes. Dizem que é uma questão de câmbio, das bolsas de valores e da economia globalizada que pressiona os preços para cima ou para pelo menos, ficar no que está. Se não mais existe dívida externa, se a economia está sob controle, qual a razão então do preço do petróleo não baixar? – E o etanol, que é uma energia limpa, renovável, fruto de tecnologia nacional, por qual razão não baixo o preço? – São questões que não carecem de uma explicação e ninguém tem para dar e nenhum dos candidatos se focaram nessas questões.

CANDIDATURAS DE PANO DE FUNDO – Ninguém sequer tem conhecimento, mas existem em torno de uma média de mais 9 candidaturas à presidência da república. Por não ter representatividade congressual, como manda a lei eleitoral, quase não aparecem na propaganda eleitoral, daí não ter a devida importância ou a menor cobertura da mídia. Além de Dilma, Serra, Marina Silva, Plínio de Arruda Sampaio, são estes os mais conhecidos, sendo que, só os dois primeiros aparecem com maior freqüência, ficando Marina Silva em terceiro plano e Plínio, pela insistência, busca se infiltrar na mídia para mostrar as suas idéias. As outras candidaturas, só existem mesmo para marcar espaço e divulgarem os partidos nanicos dos quais fazem parte, a exemplo de Rui Pimenta, do PCO, Levi Fidelix, do PRTB, José Maria Eymaiel, do PSDC, José Maria, do PSTU e Ivan Pinheiro, do PCB. Por não terem representatividade no Congresso Nacional, passam praticamente desapercebidos da televisão e da grande imprensa nacional. Ao todo são nove candidatos à presidência da república com uma ou outra esperando ainda o refereundum da Justiça Eleitoral.

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