QUEM REALMENTE SOU

Minha foto
BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

AONDE AS FARSAS SE SOBREPÕEM AO MUNDO REAL DAS COISAS

1. - Existe certo tipo de gente besta, que pensa que pode enganar o povo o tempo todo por todo o tempo. Não é nesse tom que a banda sempre toca. No geral, sempre se chega um momento em que a máscara cai e a realidade vem à tona. Pode até ser tardia a verdade, mas de que sempre esta aparece, disto não se deve ter a menor dúvida.

2. - Uma das grandes tolices de todo e qualquer ser humano, é essa de adquirir por compra, título disso, comenda daquilo, somente para aparecer, quando se sabe das reais limitações de cada um. Claro que, como diz o ditado, a propaganda é a alma do negócio. Verdade, vírgula! - Em parte pode até ser, mas quando a propaganda é enganosa, o miolo do produto não é lá essas coisas e o presumível sucesso logo murcha como uma bola de sopro e desaparece como fumaça.

3. - Evidente que cada entidade comercial, cada profissional, tem por dever e obrigação de vender o seu produto. Agora a divulgação deve ser fiel à verossimelhança do que está sendo vendido. Não adianta propagar que um produto é bom, quando na realidade não corresponde com o que enganosamente se procurou propagar.

4. - São por essas e outras, que muita gente cai no velho chamado "conto do vigário", isto é, a pessoa é induzida a erro para adquirir gato por lebre, no dito popular. Nem sempre o que se procura mostrar é de fato o que se é na realidade.

5. - Por isso mesmo, é que a gente deve se limitar a que nos reconheçam por aquilo que realmente somos e não por aquilo que imaginamos ser ou que de forma enganosa procuramos demonstrar que somos. Adquirir títulos, comendas disso e daquilo, facilmente se adquire para se pendurar na parede. O difícil é o que está na parede traduzir fielmente a qualidade do produto ou do conhecimento do que está se procurando distorcidamente vender como verdadeiro.

6.  - Esse negócio de político A, B, C, D e os escambau, dizer que ganhou título de uma qualificadora de melhor do ano em determinamento segmento administrativo, não passa de pura balela de um monte de gente besta, que através de empresas especializadas e promotoras de vendas de ilusões, buscam vender certas comendas a determinado político, cobrando peso de ouro, dizendo que ele é realmente o tampa de crush disso ou daquilo. Esse tipo de coisa, além de enganar a si mesmo, está aí embutida a intenção de enganar também ao pobre do abestado, porque quem tem um pouco de cérebro, não se deixa enganar pelo canto da sereia da propaganda enganosa para se ganhar uma fama da qual não tem, e com isso, evidentemente, ganhar votos e massificar uma farsa, uma mentira que não existe.

7. - Capacidade para ser bom no que faz, não se vende. É um atributo de reconhecimento objetivo da população pelo que de fato o profissional, o  político, é realmente no mundo real das coisas. Enganar ao povo de que é o que não é, e a si mesmo, é pura cretinice de quem se passa a esse tipo de coisa.

8. - Portanto, camaradas, é que busco sempre ser o que sou. Nem mais, nem menos. Profissional há duas décadas de militância, não procuro vender ilusões daquilo que não sou. Se não tenho domínio de toda matéria das ciências jurídicas, o que seria demasiadamente impossível, em face do grande leque existente no campo do Direito, além das constantes inovações e novas matérias que aparecem, não me meto aonde não sou chamado. Estudar sempre para o profissional dessa área, deve ser uma constante a se seguir, senão o profissional não se estabelece, em face das mudanças processadas velozmente no chamado mundo moderno em que vivemos, principalmente com os novos conceitos e modos de vida introduzidas no comportamento humano e na sociedade.

9. - Advogado que se preza, respeita a ética profissional, não ultrapassa dos seus limites, nem tampouco coloca o bedelho na causa patrocinada por outro colega, sem a prévia aquiescência deste, senão desrespeito à ética, falta de consideração ao colega, flagrantemente cometendo estará. Profissional dessa área das ciências jurídicas que respeita, deve acima de tudo, ser fiel ao império do art. 133 da CF/88, tratar ao próximo com bons modos, inclusive às demais pessoas envolvidas com a administração da Justiça, sem contudo perder a sua impecabilidade de profissional do direito que acima de tudo, deve manter a sua independência e fidelidade nas causas que atua, sobretudo, em respeito primeiramente, ao seu constituinte.

10. - Sabe-se perfeitamente das dificuldades do exercício da advocacia no interior do Estado. No geral o advogado tem que ser uma espécie de clínico geral, isto por uma questão de sobrevivência, senão não dá para viver da profissão. O certo mesmo, como na área médica, era se ter profissionais especializados exclusivamente em determinados nichos da profissão, mas isso infelizmente, não tem como acontecer. Claro que existem profissionais mais aprofundados nessa ou naquela área, mas não podem se quedar de patrocinar causas versadas em qualquer matéria de direito. Em cidades maiores do nosso Estado, a exemplo de Garanhuns, Caruaru, Petrolina, existem profissionais do Direito especializados em áreas específicas, isso porque, em tais cidades já se pode especificar e se desenvolver a contento em determinadas áreas de Direito. Já em cidades na faixa de 50 mil habitantes ou menos, não dá para atuar exclusivamente em  uma só área, o que em muitos casos, deixa muito a desejar em termos de atuação profissional. Da mesma forma, Juiz e Promotor de Justiça, não estão devidamente preparados para atuarem em todas as áreas do Direito, o que em muito tem distorcido os julgados, fatos com os quais se depara no cotidiano da vida.

11. - O que não é de se admitir, é no geral se ouvir, por alguma razão que não se pode concordar, que advogado A, B ou C, "comeu" tanto de sicrano, fulano ou beltrano, e nada fez. Na verdade, não é bem assim. Primeiramente, advogado não "come" dinheiro de quem quer que seja, mas sim, ganha honorários por algum tipo de serviço prestado na área jurídica. Muita gente tem a idéia distorcida de que o advogado que perde a causa, comeu dinheiro e nada fez. Na verdade, o advogado na persecução do que defende no interesse da parte, trabalha para ter resultado positivo, não o tendo, geralmente, a culpa, na maioria das vezes, é da própria parte, mas o que ele ganhou pelo seu trabalho, foi verba honorária e não "comeu" dinheiro e nada fez de ninguém. O trabalho foi realizado e o que ele ganhou, a título de verba honorária, foi a compensação dessa prestação de serviços. A idéia distorcida sobre os honorários a título de pagamento pelo seu trabalho, deve ser mudada, pois o profissional do direito desenvolve um trabalho, muitas vezes enfrentando todo tipo de sorte, a morosidade da Justiça, chá de cadeiras intermináveis, exautivas  audiências, o enfrentamento de autoridades autoritárias, além de muita pressão psicológica para que se tenha um resultado célere diante do paquidermismo da Justiça, o que às vezes é impossível e estressante.

12. - Já com o profissional da medicina, se o paciente que precisa de atendimento urgente e chegar num hospital particular sem um cheque ou dinheiro para garantir o seu atendimento ou internamento, ou parte para um hospital público ou morre à míngua. Disso ninguém cuida, ninguém reclama. Se o paciente após todo o cuidado médico ou de uma equipe cuidando de um determinado paciente e este, vem a óbito, a conta não deixa de ser paga pelo fato de ele ter falecido. Não tem conversa mole não. O fato do paciente ter morrido não impede o médico, a equipe e o hospital, de receber os seus honorários. Aí a idéia é outra no inconsciente coletivo da população. Se acha que o médico fez tudo e a morte foi uma fatalidade e assim sendo, merece ser bem pago. A idéia prevalente, não é a mesma para o profissional da advocacia que cuida entre outros valores humanos e sociais, da própria liberdade do cidadão, mas aí também, se imagina equivocadamente, que o advogado só merece receber (comer) honorários, se soltar o seu paciente, tirá-lo da prisão. Tem mais, se o advogado defende algum cidadão preso, ao contratar honorários, ao receber a metade e soltar o seu constituinte, a outra metade, pode dar adeus, deixa de recebê-la, pois solto, se esquece do restante dos honorários combinados. Deveria ser assim também com o médico. Se deixar o paciente vivo, receber os seus honorários, se morrer, pronto, trabalho perdido. Na verdade, existe muita incompreensão para com o exercício do profissional do direito. Não que todos os profissionais sejam dignos de credibilidade, seja de quais áreas forem, disto se tem a devida consciência. Na verdade, ainda existem bons e sérios profissionais que se dedicam com responsabilidade e abnegação às causas que patrocinam no campo do Direito e as vidas das quais cuidam na área das ciências humanas. Bons ou maus profissionais, existem em todas as áreas, agora o advogado, parece ser o mais exposto à vitrine, o que é uma grande injustiça que se comete com esse tipo de profissional que tanto luta e abraça com afinco as causas que defende e patrocina no regular exercício da profissão.

Nenhum comentário: