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terça-feira, 26 de outubro de 2010

A POLÍTICA PONTO A PONTO

1. - Bem, saiu ontem, mais uma pesquisa eleitoral do Vox Populi, em que aponta Dilma Rousseff com 57% dos votos válidos e Serra, com 43%. Resta agora, a deixa do alto tucanato em desacreditar os institutos de pesquisas de opinião pública, inclusive o Datafolha, que é do Jornal serrista o Estado de São Paulo, e da mesma forma, aponta nesse mesmo caminho. Mas como pesquisa é na realidade uma fotografia do momento, pode ser que os números dancem e no dia da eleição o resultado venha a ser outro, podendo se confirmarem, ou até mesmo saírem das urnas parecidos com o que vêm sendo divulgados por todos os institutos de pesquisas de opinião.

2. - De pesquisas a gente aqui da planície tupiniquim, deve entender muito bem, mas só que, sempre houve aqui e ali um quê de flagrante manipulação. Na eleição de 96, para quem não se lembra, só para refrescar a memória, na reta final, o pessoal de Arquimedes soltou o maior foguetório que o indicava 20% na frente de Blésman Modesto, o que lhe garantia uma folgada vitória de quase 4 mil votos de dianteira, mas ao abrir as urnas, este último veio a vencer as eleições com uma margem de cerca de 280 votos de frente, correspondente a 1,5% dos votos válidos, justamente fruto de uma pesquisa guardada nas mangas, que indicavam a vitória de Blésman com essa pequena margem de frente. Nesse ponto, o IPEC de Arcoverde, foi desmoralizado por divulgar uma pesquisa fruto da imaginação numérica. Nas últimas eleições entre Jonas Neto e Miriam Briano, outro instituto do Paraguai, elaborou uma pesquisa sob a vontade da contratante, que indicava esta com uma vantagem de 13% de vantagem sobre o primeiro, o que equivaleria a cerca de 3,6 mil votos a mais, entretanto, ao se abrir as urnas, o resultado foi completamente diferente e Jonas foi eleito prefeito com uma margem de 1.877 votos de frente, o equivalente a uma pesquisa que lhe dava uma vantagem de 9,5%  dos votos válidos, que não chegou a ser divulgada. No caso das presentes eleições, em que tem instituto contratado tanto por  um lado, quando por outro, e que, coincidência ou não, todos estão batendo. Resultado diferente, só se houver uma mudança radical como uma reviravolta geral, para que esse quadro seja modificado a exatos cinco dias das eleições.

3. - Pelo que se vem observando, a questão de debates nos canais televisivos, não estão lá sendo decisivos coisíssima alguma. Os assuntos, além de serem os mesmos, não tem empolgado muito a população, porque se tem procurado tocar nos mesmos teclados de sempre. É como uma música de uma nota só, tão comuns na criatividade de artistas de um curto momento de estrelato, como os conjuntos musicais que vez por outra, como num piscar de luz, aparecem da Bahia e de outros Estados e, da mesma forma, desaparecem de vez e ninguém sequer lembra mais da música, do nome do artista ou do conjunto.

4. - No debate promovido pela TV Record, ontem, iniciado por volta das 22h00, horário local, os temas levantados, foram os mesmos de sempre. Na verdade, os debates pecam pelo engessamento dos candidatos, do sufocamento dos assuntos, do curto espaço de tempo, da falta conclusiva sobre determinado tema e pela tergiversação quanto à temas polêmicos e comprometedores. Os candidatos em suma, ficam mais na defensiva para não se queimarem, do que partirem para o ataque. É como se estivesse se pisando em cascas de ovos. Dilma Rousseff, insistiu muito na questão da Petrobrás e na intenção privatista de Serra e, este, sempre repetindo o seu maior preparo com base na sua biografia de experiente administrador, e buscando desmistificar a falta de experiência da adversária, o que não é bem verdade. São Paulo de 16 anos de PSDB, não é esse Céu de Brigadeiro que se busca pintar não senhor. Basta se focar nos grandes problemas de saúde pública, de educação, de segurança pública e, ainda tem o mérito, de ser a capital, a cidade mais poluída do mundo, preço que vem pagando por não ter cuidado do seu desenvolvimento e crescimento sustentável, com olho no meio-ambiente. Não faz muito tempo, e ninguém conseguia sequer respirar direito na capital do Estado de São Paulo, ocasionando vários problemas  respiratórios de saúde na sua população, ou Serra resolveu essa questão também?

5. - Sobre a Região Nordeste, o candidato Serra, demonstrou total desconhecimento da região, afinal de contas, como uma grande maioria da paulicéia desvairada, somos uma sub-raça ou uma raça inferior dependentes de uma esmola das regiões mais ricas do País. Não soube discorrer com exatidão sobre o que vem sendo desenvolvido em nossa região, o que para um candidato ao posto magno da Nação, se constitui numa falta imperdoável, pois quem quer governar um País da dimensão do Brasil, tem que ter por dever e obrigação, profundo conhecimento não somente de todas as regiões, mas também, o que pretende implementar como programa de governo, como fonte de desenvolvimento pontualmente em cada uma delas. O conhecimento dele, Serra, pelo visto, se limita única e exclusivamene ao Estado de São Paulo, onde o tucanato manda há cerca de 16 anos e nem o problema da poluição resolveu.

6. - Também se pôde perceber, que Serra se atropelou muito nas suas respostas, buscando mais de forma intencional, desfocar o principal em benefício do acessório, como se este fora mais importante do que os problemas cruciais da Nação Brasileira.

7. - O modelo que Serra acha que tem para o Brasil, é o de São Paulo, que pode ser bom para lá, mas não para o restante do País. Assim mesmo, o Estado de São Paulo, apesar de ser o Céu de Brigadeiro de Zé Serra, pelo visto os problemas de saúde, educação, segurança pública, poluição do meio-ambiente, são crônicos e difíceis de  uma solução a curto prazo, isto porque, os tucanos estão mandando lá há cerca de 16 anos. Então se por todo esse tempo aquele Estado tem tantos problemas cruciantes e sem solução, apesar de ser o mais rico do País, como é que Serra, implantando o modelo de lá, vai resolver em 4 ou 8 anos, os problemas do Brasil, que são diversificados em função dos diferentes problemas regionais?

8. - Realisticamente, o Brasil mais viável, é o que Dilma Rousseff quer dar continuidade, descontando-se os fatos isolados de práticas de corrupção, nos programas implantados e naqueles em andamento no Governo do Presidente Lula. Claro que Dilma não será obrigada a seguir à risca o mesmo modelo de Lula, pois seria hipocrisia alguém não querer implementar a sua própria marca administrativa, contanto que, no essencial, as idéias em melhorar o Brasil continuem como meta principal numa eventual eleição de Dilma Presidenta.

9. - O modelo neoliberal, infelizmente, não se presta para os interesses nacionais, uma vez que, privilegia mais os ricos e poderosos, em detrimento dos mais pobres e necessitados, razão pela qual, não seria o ideal a ser implantado para o nosso País e, é este o modelo político e econômico que está por trás do pano de fundo do programa de governo do candidato Serra, que se chegar à presidência, poderá ser reacendido o que fora iniciado no Governo FHC em que se deu início à desnacionalização da nossa economia, o que não interessa a nenhum brasileiro que tenha um mínimo de lucidez.

10. - Essa da Igreja Católica através do bispo de Guarulhos-SP, Dom Luiz Gonzaga Bergonini, não pegou bem não senhor! - Se a Igreja já vinha sendo vista com uma certa desconfiança, com esse escancarado envolvimento desse bispo "porralouca", a tendência é ficar ainda mais desacreditada, isto proque, diferentemente da Teologia da Libertação de Dom Hélder Câmara e de Frei Leonardo Boff, esse lado da Igreja Católica é o representado pelo braço ultradireitista da Opus Dei que odéia pobre. Defende a vida, mas não como ela vai se desenvolver para a sobrevivência com um mínimo de dignidade e, como se sabe, não somente a vida em si deve ser defendida, mas também, como será ela desenvolvida com um mínimo de decência e dignidade. Por seu turno também, vem os Evangélicos, da mesma forma, partidarizando a religião, não propriamente que estejam realmente sendo sinceros e fiéis naquilo que procuram pregar, mas motivados, em determinados casos, por querelas entre segmento entre eles mesmos, a exemplo de Silas Malafaia e Edir Macêdo. É mesmo um verdadeiro saco de gatos essa briga das igrejas e a mistura de regligiosidade com a política. Não que o religioso não deva opiniar e até mesmo participar. Agora, é preciso um mínimo de respeito e de responsabilidade, coisa que não está acontecendo com o bispo de Guarulhos. Por isso mesmo, que tenho custado a me decidir sobre essa ou àquela religião, isso porque, não vislumbrei ainda, sinceridade e credibilidade em nenhuma delas, sobretudo quando buscam se imiscuirem em picuinhas que não lhes dizem respeito e quando se envolvem, o fazem de forma a engrossar o cordão das maldades e das mentiras. Isso com certeza não é de Jesus Cristo, nem tampouco de Deus. Se seguissem verdadeiramente o exemplo de Jesus Cristo, expulsariam os vendilhões do templo, e não os seguiriam.

11. - Como as religiões estão se engalfinhando por conta da política entre Dilmistas e  Serristas, agora é a vez das revistas. Não é que a Revista ISTOÉ, está sendo o contraponto da Revista Veja. Enquanto esta última é declaradamente serrista, só publicando o que lhe interessa e em detrimento de Lula e de Dilma, a segunda, em sua última edição, vem mostrar o lado negro do PSDB e a turma do alto tucanato. É, pelo visto, nessa reta final de segundo turno, o caldeirão político vai mesmo ferver. Isso é bom, porque a maioria da grande imprensa fascista, é declaradamente anti-Lula e em favor de Zé Serra. A revista nesse mister, se apresenta como um contrapeso na balança que a imprensa pro Serra tem procurado sopesar em desfavor da candidatura de Dilma.

12. - Pelo visto, a exemplo do debate promovido pela TV Record, o último que será promovido pela Rede Globo de Televisão, no próximo dia 28, não vai ser lá esse balaio que se espera de um debate, nem tampouco, vai ser decisivo para a eleição. A decisão, acreditem ou não, já foi tomada. Quem vai votar em Dilma, não é um debate morno e insosso que vai mudar o voto de ninguém e, o eleitor serrista, da mesma forma, não mais vai mudar de lado. A decisão já foi tomada. Os programas de governo em suma, são parecidos, não existe nenhuma novidade. A questão primordial é a forma de condução, de governar, é que de fato vai dar o mote administratrivo de quem chegar ao poder. O modelo de Dilma, do ponto de vista ideológico, é voltado mais para as cruciantes questões sociais do nosso País e para os mais desassistidos da sorte, enquanto que o de Serra, é o de privilegiar a banda mais rica e poderosa dos mais privilegiados da sorte e com forte tendência da retomada do programa de desestatização da economia com a privatização das riquezas nacionais, pois é isto que está no programa partidário do modelo neoliberal do PSDB da chamada social-democracia, que quer o País completamente fora da ingerência econômica do Estado. É a chamada política do lassez-faire, predominante em fins do Século XVIII e XIX no mundo europeu, em que se pregava a total liberdade econômica em mãos única e exclusivamente da iniciativa privada. Este modelo, infelizmente, não nos serve, pois só se presta mesmo para os ricos e poderosos, que ainda teimam em manter um Estado escravagista e de joelhos diante dos poderosos e não é esse o Pais que queremos.

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