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| Cleto Padilha, de óculos e barba branca, à esquerda, abraçado com Zagalo. |
Faleceu de ontem para hoje, o velho amigo, Cleto Padilha. Acometido de dengue hemorrágica, mesmo hospitalizado, com a idade na casa dos mais de 80 anos, não resistiu. Cleto, para quem não sabia, era natural de Buíque e sobrinho de Severino Padilha, pai de Geraldo Padilha. Geraldo Padilha, era primo legítimo de meu pai, Milton Modesto, pelo lado materno. Cleto Padilha foi procurador do Estado de Pernambuco, um excelente advogado e o que mais me envaidecia, nos poucos encontros em que tivemos, foi a sua inteligência, a espontaneidade de comunicação e a sua afabilidade. Era um telúrico e gostava da vida. Aposentado, com a sua senhora, o seu passa-tempo era viajar pelo mundo. Numa dessas viagens, quando em Leningrado, na União Soviética, fez questão de me trazer umas lembrancinhas: um brochindo do PCB, uma foto do mausuléu de Lênin e uma réplica, do martelo e a foice. Foi uma lembrança que me envaideceu. Colaborador do nosso Jornal de Arcoverde, Cleto Padilha era também, um exímio escritor e suas opiniões, embora polêmicas, o que é próprio do ser humano que faz da inquietude de vida, uma tentativa de sempre fazer o bom combate, mesmo assim era agradável de ler os seus escritos e sentir de perto as suas opiniões exposadas e suas experiências vividas aos longos de mais de oitenta anos. Segundo informes, ele será cremado hoje na cidade do Recife. Adeus velho amigo CLETO PADILHA, que no andar de cima, vivas a felicidade eterna que sempre na vida terrena viveu, apesar dos tropeços próprios que por vezes, cada um de nós tem que enfrentar.
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