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sábado, 16 de outubro de 2010

A POLÍTICA PONTO A PONTO

1. - De uma forma geral, a candidata Dilma ainda está à frente de Serra. Na pesquisa divulgada ontem, encomendada pelas duas maiores empresas de comunicação, Rede Globo e Jornal Folha de São Paulo, a candidata Dilma aparece com 47% nas intenções de votos e, Serra, com 41%. Considerando os votos válidos, Dilma desponta com 54%, quanto a Serra, aparece com 46%. Não é um vantagem confortável, mas o que há de se entender nessa última pesquisa, é que, Dilma estacionou no mesmo patamar e, Serra, da mesma forma, parou de crescer. 

2. - O que poderá decidir realmente  a tendência de votos nesta campanha de segundo turno, será certamente, os debates que estão por vir, o da Rede TV e da Rede Globo. O candidato que cometer qualquer deslize, qualquer falha, pode se preparar para ser fritado nas urnas no dia 31 do mês em curso. O equilíbrio, em tais debatas, será crucial para os rumos que o eleitor deverá tomar nesta eleição presidencial de segundo turno.

3. - A essa altura do campeonato, o rumo que Marina tomar amanhã, de nada vai adiantar, porque como ela mesma já declarou, não é dona dos seus votos, até porque, parte deles já migraram para Serra e outro tanto, para a candidata Dilma. Os votos dados a Marina, foram de pessoas que não queriam por algum motivo próprio de cada eleitor, que não votava nem em um, nem em outro dos dois candidatos e, como protesto, decarregaram  na Senadora Acreana. Desses 20 milhões de votos dados a Marina Silva, parte deles também, neste segundo turno, vai votar anular o voto ou votar em branco.

4. - Também pouco importa o rumo que o PV vai tomar amanhã. Poderá o partido, se bem o quiser, fazer parte da história, se simbolicamente hipotecar o seu apoio à Dilma e, diferentemente, poderá também, correr o risco de se torna um PPS de Roberto Freire, acaso, o que mais provável, venha a apoiar a candidatura de Serra.

5. - O porralouca Fernando Gabeira, um dos sequestradores do embaixador americano Charles Elbhick, em 1969, para pressionar o governo militar a soltar alguns presos políticos, inclusive Miguel Arraes de Alencar, Leonel Brisola, entre outros, já está de mala e cuia do lado de Serra. Do seu memorável passado político, só resta este feito, o livro publicado que fez grande sucesso, "O Que É Isso Companheiro?" e, a sunga de crochê tipo fio dental com a qual desfilou na praia de Copacabana,  no Rio de Janeiro e deu muito o que falar, pelo visto, é o que dele vai ficar na lembrança, para a posteridade, além, claro, de ser um defensor intransigente da legalização da maconha. Será que Serra vai encampar no seu programa de governo, a tese dos maconheiros, da descriminalização da cannabis sativa, a popular maconha?

6. - Em certo momento, FHC, declarou que já havia provado  maconha. Até aí tudo bem. Nada contra. Provar uma substância entorpecente para sentir o seu efeito momentâneo, nada tem a ver com a vida comportamental de quem quer que seja. Agora provar e se confinar ao vício, é outra coisa bem diferente. O ex-presidente Bill Clinton, também já fumou maconha e até mesmo o atual, Barack Obama, também já foi um dos provadores. Isso é coisa de americano e como muita gente mundo afora gosta de imitá-los por influência dos filminhos de adolescentes, também embarcaram na mesma onda de provar a chamada erva maldita. Já se dizia há longas datas, que "o que é bom para os americanos, é bom para o Brasil". Bem, isso até alguns anos passados. Agora, camadas, o toque da banda é um pouco diferente, se bem que, ainda se tem muita satisfação a se dar ao império  ianque.

7. - O inferno astral para o antes brilhante político pernambucano, Roberto Freire, começou a partir do momento que ele negou tudo que pregou na vida. Ele tinha uma campanha em Pernambuco, de votos dados de forma idológica, por gravidade, uma eleição de graça, pelo que ele representava em termos de idealismo. Depois que negou tudo que dizia e fundou esse tal de PPS e afundou o PCB, para nós, pernambucanos, inclusive para mim, que nele votou em várias eleições, se tornou numa das grandes decepções políticas. Veja a que ponto chegou, a sua desfaçatez política: para se eleger deputado federal, teve que mudar o seu domicílio eleitoral para o Estado de São Paulo e com a ajuda do prefeito Kassab, com pouco mais de 70 mil votos, veio a se eleger deputado federal por aquele estado, porque se fosse aqui em Pernambuco, ele não teria sido eleito. Sua história política, a exemplo da de tantos, vai ficar manchada no mural dos quadros negros da política brasileira. Ah, Roberto Freire, tu com aquela tua arrogância, nunca me enganastes mesmo, né camaradas! - Até o PPS, na década de 90, cheguei a fundar em Buíque. Ainda bem que passei a bola para outro político local e me livrei da bata-quente do fisiologismo latente de mais um partido político tacanha.

8. - Atualmente, sou filiado ao PC do B, embora não o veja como o partido dos meus sonhos, mesmo assim, estou nas suas fileiras. Até quando, não sei, até porque, a Executiva Estadual, tem dado pouca importância da sua existência ou não em Buíque. Então, camaradas, é aquele velha história da linda música, divinamente interpretada por Núbia Lafayette: "quem eu quero não me quer, quem me quer mandei embora.....".

9. - Mesmo diante de tanto praxismo dos partidos políticos, ainda assim, não pretendo me afastar completamente da política. Pretendo refundar o PC do B, ou em caso de negativa, um outro partido, menos que seja da ela do neoliberalismo escancarado. Destes, quero distância. Na verdade, na política brasileira, pelo que se pode observar, o partido é o que menos está valendo. A política personalíssima é o que realmente importa. O resto é conversa pra boi dormir ou então para os poucos sonhadores que estão esperando para o que o último apareça para apagar a luz.

10. - Chico Buarque de Holanda, que havia se distanciado de Lula em face de alguns escândalos em seu governo, a exemplo do emblemático Mensalão, insatisfeito, votou em Marina Silva, assim como Gilberto Gil. Mas entre Serra e Dilma, ambos firmaram um documento declarando publicamente o seu voto em Dilma, mostrando aí, que a intelectualidade brasileira está atenta para tentar barrar a volta dos neoliberais escancarados ao poder.

11. - Se fala muito nos escândalos que pipocaram no governo Lula. Na verdade estouraram muitos escândalos em seu governo. Mas de uma coisa, se deve ter consciência, a Polícia Federal, muito se empenhou para apurar as irregularidades apontados e os crimes cometidos. Se de alguma forma ninguém foi punido ou se puniu aquem do esperado, a história é outra, mas quem errou foi prontamente exonerado e investigado. Mas como no meio político, sempre se dá um jeito em quase tudo, as coisas nem sempre saem como se quer, ou até mesmo se encontra uma fórmula honrosa de se sair pela tangente. Não que os escândalos devam imperar, disto não existe a menor concordância de quem tem consciência política e de quem quer um Brasil decente. O bastante é a lei funcionar. O problema está no Judiciário paquidérmico, porque de leis, já as temos de sobra.

12. - Tem político por aí afora, que responde a uma montanha de processos e vão sendo arrastados há anos, pela barriga do Judiciário. Ninguém julga nada, dá impulso, andamento processual, instrui os feitos ou seja lá que medida venha a tomar para solucionar a questão colocada às mãos da Justiça. O pior é quando existe um certo conluio entre o Poder Judiciário e políticos corruptos envolvidos em escândalos e aí, sim, todos de rabo preso, um não julga para não se comprometer e aparecer outro fruto podre na árvore contaminada, então tudo vai ficando como está e nada é julgado e, se nada é julgado, os políticos corruptos continuam a fazer política. Paulo Maluf é quem tem razão ao dizer: "Só Deus é quem vai me tirar da política..." . Não que todo o Judiciário seja parte da árvore contaminada, mas uma grande parte, fica cega mesmo para o que acontece no mundo real das coisas. 

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