QUEM REALMENTE SOU

Minha foto
BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

UMA INTROSPECÇÃO NO FUNDO DA ALMA E NA VIDA


1. – Muitas pessoas às vezes, dizem que não pediram para vir ao mundo. Para estas, o nascer não foi um dom de heroísmo, mas um ato natural que não teve a oportunidade de se permitir nascer, de ao mundo vir.

2. – Não se pode escolher entre vir ao mundo, nascer, dar o primeiro suspiro e viver. É tudo um dom da própria natureza de cada ser vivente. Seja humano ou não. Basta ter vida. O diferencial entre humanos e não-humanos, é a intelectividade, a razão e o saber, próprias do primeiro, ou que pelo menos em tese, deveria ser.

3. – Ninguém pede para nascer, mas nascer é um ato de heroísmo onde o premiado teve que vencer uma batalha desigual entre mais de outros 2 milhões de minúsculos seres que se digladiavam para se fixar na única fagulha da vida. Nascer é um ato de heroísmo, por isso mesmo, é que se deve fazer da vida, um ato de coragem, de fazer sempre o bem sem olhar a quem, e de verdadeiro ato de amor ao próximo.

4. – Nascer também, independe de consciência, pois desta não há dependência, pois o nascimento é um ato espontâneo que não depende da vontade do ser humano, que não de sua geração a partir do foco de geração de cada ser, quando no contato mantido em que uma partícula é depositada num óvulo gerador de um ser para ser fecundado. A consciência se desenvolve com a gestação, nascimento e evolução sadia da vida do ser humano.

5. – Já o ato de morrer, é uma consciência de que todos os seres humanos são dotados de sua incontestável certeza. Se acaso na fase gestativa já se tivesse a consciência própria da morte, com certeza muito ser humano sequer ao mundo iria querer vir. Para que vir ao mundo para viver e depois ter que morrer? – Qual sentido há entre viver, viver, para depois, a qualquer momento, em qualquer instante, assim de repente, num branco ou numa escuridão qualquer, num tranco de vez, num flash de luz, e tudo se apagar de vez?

6. – Então, o ato de nascer não se pode adivinhar quem vai nascer ou não. Agora morrer, fatalmente todos terão com única via de mão única, a certeza de que morrerão. Mais cedo ou mais tarde é uma certeza inafastável. Claro que muitos acreditam nesta vida, de que sendo um nascimento uma dádiva divina, aqui se está para cumprir com uma missão e, se bem cumprida, terá um lugar de esmero e primor garantido na transição que se fazer entre nascer, viver e morrer. Pode ser que sim, pode ser que não. O mistério é muito grande e envolto nessa imensidão infindável no que se diz respeito à vida e à morte.

7. – Para os crentes, bem melhor a aceitação de que um dia todo mundo terá o seu final e de que renascerão num mundo bem melhor. Como princípio de vida, é melhor ser um crente fervoroso, do que uma pessoa que tudo coloca em dúvida. Para os que crêem, com certeza, a aceitação das agruras da vida, das dificuldades, da certeza da morte, é tudo bem mais fácil, o que não ocorre para quem é um cético convicto, por mais que de outra forma se busque demonstrar.

8. – No final das contas, quer queira, quer não, o fato de viver e morrer, é uma grande contradição. Se da vida a grande certeza que se tem é de que um dia vai morrer, é aí que reside a grande dor, o sofrimento de cada um dos viventes. Ter esta única certeza de vida, não deve ser um empecilho para se desprezar o viver e não fazer o bem, mas sim, procurar fazer de cada momento da vida, como se fosse viver eternamente um tempo importante, e se fosse esse tempo todo da vida de cada um, como se fora o único e exclusivo jamais vivido.

9. – A vida deveria ser o principal fator e o centro de tudo. Amar, viver sem dor, sem sofrer e todo mundo buscar no amor a fonte de complementação de vida. Por isso mesmo, é que tem muita gente que só aprende a dar mais valor e a devida importância à vida, quando passa por um sufoco, um abraço apertado da morte, como se fosse o último suspiro de vida. Por mais difícil que venha a ser a vida de cada um da gente, melhor ainda será do que a melhor das mortes que se possa ter.

10. – Quem me dera ser um pregador, ter a sapiência de um profeta, mas como um mero ser humano, na minha humilde insignificância de vida passageira, me contento com o que sou e o que represento para o mundo. Se nasci, a exemplo de tantos, vim para cumprir a minha missão e espero estar fazendo-a da melhor maneira. Sei, não posso mudar o mundo, nem tampouco pessoas, mas fazer e amar ao próximo, isso tenho procurado fazer. Se incompreendido em algum momento, noutro compreendido, vou caminhando na minha estrada que a cada passo vai ficando mais curta, mesmo assim, ainda me vejo como àquela criança rabugenta, correndo pelas areias do Sítio Cigano, aprendendo as primeiras letras com Dona Aderita Cursino e chorando nos momentos de tristezas... - Dentro de mim ainda sou a pureza de uma infância dura que se emoldurou no sofrimento, na dor, mas também no amor que ainda tenho para dar.

11. – Hoje não quis falar de política, mas de vida. Da minha própria e da dos outros e de todos nós, como se fora a minha própria. Existe algo mais importante do que a vida? – Existe algo mais puro e belo do que viver? – Portanto, camaradas, viver é preciso, continuar e sempre em frente, é sinal de fortaleza, porque se na morte for pensar, é morrer antes da morte chegar. Dizia o poeta, “viver é preciso, navegar não é preciso....”

12. – Busquei entrar no instrospectivo de vida, porque é desta que esperamos mover o mundo e os nossos moinhos interiores. É assim que a humanidade caminha, é assim que buscamos nos inspirar como fonte de vida, de viver e fazer e dar o melhor de cada um de nós. Se todos assim pensassem, certamente, o mundo seria bem melhor. Não sou a verdade, nem o seu dono. Sou o arremedo do que sou, nada mais, nada menos. Sou isso e isso só. Se bem ou mal, não vim para agradar, mas ser agradável é preciso se tentar, na medida em que se é aceito da maneira que cada um é dentro do contexto de vida e do instrospecto de cada ser humano.

Nenhum comentário: