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A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

NAS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ, O PONTO DE PARTIDA SEMPRE HÁ DE SE ENCONTRAR

PERDIDOS E SEM RUMO
      Existem determinados momentos na vida, que nos encontramos perdidos, sem ponto algum encontrar na vida para nos fincarmos novamente e nos reencontrarmos para dar seguimento ao caminho dates iniciado à duras penas. É assim que o mundo gira e por isso mesmo, todas as conquistas na vida quando conquistadas com muita luta, tem um sabor de vitória. Quanto se vence uma vitória com muita luta, ela tem um sabor mais doce de ser saboreado. É assim a vida para que possamos nos reencontrarmos do ponto de partida de onde começamos tudo. O importante é nunca esmorecermos e sempre buscar a fortaleza da qual precisamos para dar continuidade em tudo que nos resta fazer nesta vida. O que supostamente pode em determinado momento se encontrar perdido e sem rumo, pode da mesma forma, perfeitamente ser refeito e reencontrado o ponto do onde partimos. É assim que caminha a humanidade e a vida da gente.

SÍLVIO SANTOS
         Veja como o mundo dá muitas voltas. Um exemplo de tudo isso é a trajetória de vida do empresário e animador de televisão, Sílvio Santos. Tendo começado a sua vida como camelô no Rio de Janeiro, teve a sorte de ingressar nos meios de comunicação, rádio e televisão e a partir daí, se iniciou a sua trajetória como um empresário de sucesso e grande comunicador de massas. Mas como tudo na vida nem sempre pode ser eterno, até mesmo os grandes impérios não o são, caem na medida em que a base vai se corroendo, assim veio a acontecer com o grande comunicador de televisão, através do seu Banco Panamericano. Com um grupo econômico com mais de quarenta empresas, avaliado em cerca de 2,7 bilhões de reais, por conta de um banco que sequer ele sabia onde ficava a sua sede, está com o seu patrimônio abalado por um rombo naquilo que achava que seria o centro de financiamento de todo o seu conglomerado, de cerca de 2,5 bilhões de reais e, para não ter que ser liquidado pelo Banco Central, teve que se socorrer de um megaempréstimo de igual valor, para poder fazer caixa ao banco e não deixá-lo quebrar, pelo menos por enquanto, tendo colocado como garantia todo o seu patrimônio. Empresário na casa dos oitenta anos de idade, o pagamento do empréstimo concedido por um fundo formado pelos demais bancos, Sílvio Santos terá dez anos para pagar o empréstimo, isto se ele chegar a viver até os noventa anos de idade, o que não é impossível, porque pelo que tudo indica, ele é portador de uma saúde de ferro, mas que a sua imagem de exímio empresário ficou deveras abalada, isto pelo simples fato de confiar em gerenciamento direto de familiares de sua confiança. É muito arriscado dar muito poder a membros da família, até mesmo no setor privado, pois se corre o risco de por eles ser engolido. Se isso acontece no setor privado, imagine em gestões de interesses públicos. Aí é que a porca torce o rabo mesmo. Por tudo que tenho observado no decurso de minha vida, quando  uma instituição financeira fica assim abalada como esse Banco Panamericano, o povo passa a vê-lo com desconfiança, mesmo sendo do empresário Sílvio Santos, isto pelo simples fato de que muita gente passar a desconfiar em abrir uma conta e colocar suas economias em uma instituição que pode ou não se recuperar com o decurso do tempo e, à falta de credibilidade em circunstâncias tais, é uma das coisas que não vai ser vista com bons olhos pelos correntistas e investidores nos meios econômicos. Tem mais, se a contabilidade foi fraudada, como tudo indica que foi, vem por aí os processos de ordem penal com a indisponibilidade de bens dos responsáveis pelo rombo financeiro que provocaram no banco, pelo Banco Central  que está fazendo a sua própria auditoria.

IMAGINE UM PEQUENO
            Se as coisas chegaram a esse ponto com um empresário da magnitude de um Sílvio Santos, imagine com um pequeno emprésário quando de uma ora para outra se espatifa de vez. No caso do pequeno, é um Deus nos acuda. Uma, os bancos que antes tinham as portas abertas, são os primeiros e fechar o cerco e passar a pressionar o indivíduo para receber o que emprestou e haja ações na Justiça para tentar receber o que colocou na empresa quando a imaginava sadia. Depois vem o fisco com a sua voracidade para receber os impostos e aí, se a empresa tinha empregados, vem as ações trabalhistas para que venham estes a receber os seus haveres despendido com o seu trabalho e o pior ainda, é se o sujeito estava na mão de agiotas, aí sim, é que a coisa aperta de vez, pois até ameaça de morte passa a receber para pagar o capital principal já pago centenas de vezes, com ainda mais juros extorsivos e aí o mundo para essa pessoa parece que chegou ao fim. É chegado nesse momento, que se pensa ter atingido o fundo do poço. Dos bens, se alguns deles penhorados, já ficam logo de plano empenhados ao banco. Outros, os agiotas tomam sem pestanejar e até mesmo bens imóveis, estes sem a menor cerimônia, com ameças de toda sorte, tomam na marra. É a velha história, ou dá ou vai para o buraco e aí, camarada, o pequeno empresário entrou de vez em seu inferno astral e para se recuperar é um Deus nos acuda. Apesar de tudo, é assim a vida. Às vezes a gente adquire as coisas e por um deslize qualquer, uma besteira que seja que se cometa no meio da atividade comercial e empresarial, e o indivíduo se lasca de vez, mas é aí que o sujeito não pode desanimar e partir, como muitos, para atitudes tresloucada ou até mesmo chegando a atitudes extremadas como o suicídio, como acontece com muitos. É nesse momento que se deve ter o devido equilíbrio de vida, buscar forças e ter fé para continuar a viver e tentar recuperar o ponto perdido de onde partiu para dar continuidade à vida. O que não pode é entrar num mundo de desespero e achar que tudo está perdido. A vida é assim, hoje se ganha, amanhã pode se perder e mais na frente, pode nem tudo recuperar, mas pelo menos parte da vida e do que tinha para viver, se pode chegar a reconquistar, afinal de contas, desistir é um ato próprio dos totalmente fracos de espírito. Vejam o caso de Sílvio Santos, um megaempresário que coloca todo o seu patrimônio em jogo para tentar salvar uma única empresa que está na UTI e pode até ser que se recupere ou não. Tudo vai depender da credibilidade e se a injeção foi suficientemente forte para que haja de fato essa recuperação e elimine o mala pela raiz.

EMPRESAS FAMILIARES
          Atividade empresarial dirigida exclusivamente pela família, geralmente nunca dá certo, isto porque, os entes da família, por se acharem que são os donos de tudo, imaginam que o o capital que sobra é lucro e desta feita, pode ser gasto ao bel prazer de cada um. É aí que mora o perigo, pois como diz o ditado popular, "apurado não é lucro", mas sim um capital de giro da própria empresa e que não pode ser retirado para se investir em futilidades ou desviado para finalidades outras. Claro que os grandes empresários tem a mania de formarem as chamadas "holdings" para o gerenciamento e administração de todo o conglomerado empresarial, mas num descuido, pode uma dessas empresas se contaminar e apodrecer para não mais se recuperar. No caso de Sílvio Santos, quando se chegou ao seu conhecimento, o seu banco já se encontrava na UTI , fruto de balancetes maquiados por uma contabilidade fraudulenta de onde saia o capital e ficavam somente os números, daí deu no que deu, apesar das constantes auditagens externas que eram feitas no banco e que apontavam que o mesmo estava financeiramente sadio, quando na realidadade, o Banco Central, quando entrou no meio de campo, a coisa já estava prá lá de Bagdá.

FÁBRICA PEIXE
            Em nossa região, esse fato me faz lembrar da Fábrica Peixe, de Pesqueira, que teve o seu momento áureo até o momento em que não houve a diversificação e ingerência familiares e a tentativa de expandir o negócio por vários outros lugares do Brasil. Não que uma grande empresa não deva ser expandida. Agora para se expandir um negócio, a coisa tem que ser bem medida, bem estudada, para não se dar cabeçadas e a empresa vir a quebrar de vez como ocorreu com a Fábrica Peixe. Depois que os fundadores passaram as suas ações para genros, noras, filhos, filhas, etc, aí a coisa começou a desmoronar de vez. Ainda se tentou ser levantada pelo grupo Bombril, pela Parmalat, entre outros grupos econômicos, mas aí já não tinha mais jeito a ser dado, e a solução mesmo foi se fechar a Fábrica Peixe de vez, que iniciada no final do Século  XVIII, num fabrico de doces caseiros por Dona Maria Pia, esposa daquele que se tornou o dono, Carlos de Brito, a empresa agigantou-se a ponto de ser a dona da maioria das terras em torno de Alagoinha, Sanharó e Poção, promovendo ela mesma, em parceria com os agricultores da região, o próprio plantio de tomate para a transformação da agroindústria. Buíque, até o ano de 1981, era o Município que mais fornecia goiaba do Pé da Serra para Pesqueira. Era goiaba que não acabava mais. Depois de uma grande seca na década de 80, parte do plantio de goiaba que se fornecia à Peixe se acabou e Buíque deixou de fornecer a goiaba que era usada no fabrico do doce da Peixe. Muita gente de Buíque ficou bem de vida só com o fornecimento de goiaba para o fabrico de doce da Peixe. Mas aí, aliado o jogo contrariado de interesses entres familiares, a falta de matéria-prima na região, começou ainda lá pelo final da década de 80, iniciou a decadência, vindo a definhar de vez na década de 90. Assim ocorreu também com outra empresa familiar de Pesquiera, as Casas José Araújo, de venda de tecidos. Hoje o que era a  Fábrica Peixe de Pesqueira das chaminés, pertence ao Município, que a usa como parte administrativa e onde é localizada a feira-livre do Município.

ASSIM É A VIDA
          Na vida da gente, o mundo dá muitas voltas, mas nem por isso, devemos desistir de nada, afinal de contas, enquanto nos restar um mínimo de forças que seja, devemos relutar para reconquistar ou conquistar tudo aquilo que queremos. Senão tudo, pelo menos parte do que foi perdido. O que não se pode chorar é o leite derramado, afinal de contas, não se pode desfazer o que está feito e a vida, como um rio que segue seu rumo, só para quanto a gente dá o último suspiro e o rio, se por um fenômeno qualquer da natureza, deixar de percorrer o seu curso normal. O importante é sempre acreditamos que sempre há de existir uma força maior, chamada de Deus, que a tudo nos proverá e por isso mesmo, encontrar forças Nele, é o último refúgio a que devemos nos socorrer. Agora desistir, esmorecer, jamais. Ter forças deve sempre ser o norte a ser seguido enquanto vida tivermos.

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