1. - Todo ser humano sensato e que gosta da verdade, não pode ver o que acontece à sua volta e fazer de conta que não vê. Ninguém pode fugir da realidade, nem tampouco do que acontece, quando os fatos estão bem à sua frente, à olhos vistos. Então camaradas, todo e qualquer ser humano deve procurar ser verdadeiro, sincero e o mais realista possível. De enganação, farsas e mentiras, ninguém pode viver eternamente. Pode-se até mentir por um certo tempo, por muito tempo, mas não o tempo todo. A verdade um dia há de vir à tona e a máscara pode cair de vez.
2. - O assunto vem à despeito do que mais acontece no mundo da política e de muita gente que gosta de viver num mundo irreal, de falsear a verdade, de camuflar os fatos e deles tentar torná-los como se verdadeiros fossem. Não é bem por aí que as coisas devem ser e acontecer no campo da realidade visível e palpável. É chegado um momento em que a mentira tem pernas curtas. Logo, minha gente, há de se procurar viver os fatos como na verdade eles são e acontecem. Não dá para viver de enganações eternamente, pois mais dia, menos dia, a verdade sempre aparecerá.
3. - Lembro de alguns fatos da minha época de bancário, aonde tinha um gerente, que para enganar aquele tipo de cliente insistente, que queria um empréstimo, mas que por alguma razão não se enquadrava nas normas do banco e por isso mesmo, o gerente não queria dizer um não diretamente, nem as razões para a não concessão do empréstimo pretendido. Então, de forma mais deslavada possível, ele se saía fingindo como se estivera telefonando para a diretoria do banco sobre o empréstimo pleiteado, sem a menor desfaçatez e com a maior cara de pau, e isso na presença do cliente, para, depois, dizer que a diretoria não teria aprovado o empréstimo que ele queria. Achava aquilo a maior falta de respeito ao cliente e ao ser humano, o tipo desavergonhado de farsa montada pelo gerente para se livrar do cliente. Agora quando se tratava de pedido político, que o bando era político, por isso mesmo veio a quebrar, aí sim, ele atendia com a maior prestimosidade, a maior atenção possível, mesmo que o indivíduo estivesse uma ficha suja quilométrica no SPC. É isso que não concordo com o ser humano: o fingimento, a falsidade, a mentira descarada e pretenciosa, para, depois, sair todo sorridente, dando tapinhas nas costas do cliente e por fim dando um aperto de mão e um abraço de tamanduá. Nunca, em toda minha vida, aguentei certos tipos de coisas. Trabalhei no Bandepe por cerca de dezesseis anos, tive uma ficha impecável, fui chefe de Carteira de Desenvolvimento, mas nunca gostei de mentir para à clientela. Se o indivíduo se enquadrasse em determinado programa de crédito, não tinha problema, aprovava e o dinheiro saía, senão, era muito homem para dizer que a pessoa não se enquadrava, o porquê e como ele poderia fazer para que viesse a ser também contemplado. Não gostava de saída pela tangente desse tipo não senhor. Aliás, por toda minha vida, nunca gostei de "safadages" e não é hoje, que vou mudar o meu mode de ser não senhor!
4. - Todos que me conhecem, sabem muito bem como sou. Na minha conduta profissional, aí sim, é que não gosto de prometer o paraíso, quando prevejo e vejo que se está diante de uma tempestade, à beira de um abismo e dentro do inferno. Não minto para cliente com o intuito de ganhar honorários, que por sinal, diga-se de passagem, para o advogado militante nestas plagas interioranas, com raras exceções, vivemos de honorários de Jó, mesmo assim, é sempre bom trabalhar e viver com dignidade, e não como muitos fazem, que mentindo, quebrando a ética e a disciplina profissionais, visam somente ganhar o que não merecem e não deveriam, isto porque não agem como manda o figurino que rege a conduta profissional do advogado, que é o Código de Ética e Disciplina, capitulado em nosso Estatuto. O profissional que se rege pela ética, disciplina e boa conduta profissional, jamais pode prometer e garantir que vai dar a liberdade a um recluso, quando é visível e patente a impossibilidade de tal feito. Não se pode, na vida profissional advocatícia, se prometer um céu de brigadeiro, quando a realidade dos fatos nos mostra um céu de tempestade torrencial. No mínimo, o que o bom advogado pode prometer, é que vai se empenhar, dar o máximo de si, trabalhar com dever profissional desmedido, para tentar libertar aquele que está por alguma razão, com a sua liberdade segregada. Agora, prometer o que não pode, isso é para quem não respeita a dignidade da profissão, a ética, a disciplina e a conduta pela qual deve se pautar o bom profissional do Direito. Não advogo desta forma. Prometer não é, nem nunca foi muito do meu feitio. Sou mais de ver a realidade visível e palpável a partir para à luta sem tréguas. Gosto de uma boa frente de batalha e de combater o bom combate. Sou um defensor de causas e do Direito, pois onde surgem os fatos, aí nasce o Direito para o mundo real das coisas e sejam quais forem as circunstâncias, nada obsta que o bom advogado parta para defender o Direito, se assim for chamado. Quem se forma para o exercício regular desta magnânima e importante missão de advogar, não pode se quedar em defender o Direito, apareça ele onde quer que venha a aparecer.
5. - Estão para ser abertas inscrições, segundo informe da OAB/PE, para escolha de advogados regularmente inscritos e em dia com as suas obrigações, para o cargo de desembargador do quinto constitucional do TRT da 6ª Região, com sede em Pernambuco, na vaga que compete à advocacia, que de acordo com o Presidente Henrique Mariano, a lista sêxtupla, de forma inovadora, será escolhida pelo voto direto e secreto dos advogados, para, posteriormente, ser formada uma lista tríplice, a ser escolhido o indicado, na forma do art. 94 da Constituição Federal. Bem, seria uma boa oportunidade, já que só temos desembargadores, em sua maioria, oriundos da elite dominante da classe profissional e da capital, de nós advogados interioranos, também a exemplo dos demais colegas da capital, nos habilitarmos e entrarmos na disputa, por que não, hem? - Afinal de contas, nós do interior, da mesma forma que os colegas da capital, somos dotados do mesmo notório saber e existem muitos com mais de dez anos de exercício regular da profissão. Então, por qual razão não se habilitar alguém do interior, hem minha gente? - Será que não podemos entrar na disputa em pé de igualdade com os demais colegas? - Pelo princípio isonômico constitucional, nada há a obstar a pretensão de quem quer que seja, por isso mesmo, qualquer advogado interiorano que se enquadre nas exigências, está mais do que legitimada para à disputa.
6. - No mundo em que vivo, não procuro ser um bajulador de quem quer que seja. Pelo contrário, sou amigo e amigo não bajula, é amigo. Quem muito joga loás pra lá, loás pra cá, podes crê que um dia a máscara vai cair, basta que o bajulado caia em desgraça, aí sim, a vaca vai pro brejo mesmo. Amigo, camarada, é aquele que está com o que chama de amigo, seja em quais circunstâncias forem. Enfrentei um problema recentemente nas minhas próprias entranhas e dos "amigos", poucos foram os que apareceram, se é que apareceu alguém além dos que sempre estiveram e estão à minha volta, que é a família. Ser amigo é muito forte, mas sei que tenho amigos, poucos, mas tenho. Sou amigo também, mas prezo pela amizade e não pela falsidade. Não gosto de dizer que tudo são flores, quando vejo que a coisa está preta. Outra mais, sou de alertar, só não abre os olhos quem não quiser abri-los ou se inerte permanecer como quem nada quer na vida. Há um momentos em que o indívíduo tem que se alertar, senão será engolido por muitos que estão de olhos agourentos para que venha o sujeito a cair em desgraça. Então camarada, há sempre um momento de se abrir os olhos para a realidade do mundo e da vida. Ninguém pode viver eternamente num mundo de fantasias, afinal de contas, o encantamento do arco-íris já passou, camarada! - A hora é de pés no chão, mãos à obra e caminhar para a frente, que o mundo não para, mesmo enquanto se dorme e para quem dorme demais, aí sim, é que a coisa fica preta mesmo, ou não camaradas!
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