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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

MELHOR UMA IMPRENSA LIVRE FALANDO TUDO QUE DEVE DO QUE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO AMORDAÇADA

LIBERDADE DE IMPRENSA - Povo que não pode falar e dizer o que deve, não é livre, é amordaçado, acorrentado às imposições dos poderosos ocasionais ou de quem se imagina dono do mundo e da verdade. Quer diga além do que deve, mesmo assim ainda é bem melhor se ter uma imprensa livre e falando de tudo, do que uma imprensa muda e de boca costurada pelas amordaças dos pseudos-poderosos ocasionais. Quem não que ler, ouvir ou ver o que a imprensa joga na opinião pública, mesmo que venha a contrariar interesses de quem quer que seja, é porque teve na vida uma formação de désposta, tirano e ditador. No mundo moderno não tem espaço para esse tipo de gente não senhor. Somente os idiotas e os que são subservientes, é que admitem a idéia de que se deve sempre dizer, falar e escrever, o que A, B ou C, determina, só porque se acha momentaneamente o dono do poder, como se fora um verdadeiro imperador do absolutismo.

QUEM NÃO QUER OUVIR CRÍTICAS, NÃO SE TORNE PESSOA PÚBLICA - A partir do momento que o cidadão ou cidadã, deixa de ser pessoa privada para se tornar pública, a sua vida já não lhe pertence mais. Se torna uma pessoa que vai estar a todo momento na boca do povo, sendo cobrado por isso, por aquilo, sendo criticado pelo que fez, pelo que deixou de fazer, pelos erros que comete e até pelos que possivelmente não cometeu. É assim a vida de quem passa a ser público. Então camaradas, quem não quiser ver a sua vida exposta publicamente, então melhor seria ficar na sua vidazinha do anonimato da insignificância. Tem mais, quem passa a ter uma vida pública, tem que aprender a ser uma pessoa equilibrada, para não sair por aí fazendo tolice, dizendo besteira e prometendo o paraíso que não pode dar a ninguém. Por isso mesmo, é que o homem ou mulher público, deve ter um grande senso de responsabilidade, para não vir a cair no rídiculo e passar a agir como os idiotas preferidos acham que e deve como se conduzir. O homem público, como tal, por todos é visado, então ser ente público, é como estar pisando em casca de ovo, uma vez que, qualquer deslize, é motivo de exposição nos meios de comunicação.

O PRÓPRIO LULA FALOU - O próprio ex-presidente Lula, quando no poder, perguntado por alguns repórteres e jornalistas, se pretendia limitar a liberdade de imprensa, respondeu dizendo "que seria melhor seria uma imprensa livre" dizendo o que pensa, se expressando livremente num Estado Democrático de Direito, do que uma imprensa amordaçada, calalada e muda pela imposição de uma ditadura de baionetas. Por sinal o ex-presidente, foi um dos homens públicos, salvo engano, mais bombardeados pela imprensa neste Brasil, mesmo assim, saiu do poder aclamado por uma popularidade que chegou a beirar a casa dos 90% de aceitação popular de seu governo. Então camaradas, ao invés de tentar calar os que querem ter a liberdade para falar, dizer e mostrar o que bem entendem, melhor seria cuidar da própria vida e mostrar trabalho ao povo, pois é disso que a população de qualquer lugar precisa. Ser político déspota e ditador, não faz parte norteadora de uma convivência pacífica e democrática. Já se foi o tempo em que se impunha a vontade de quem quer que fosse, pela força das baoinetas. Ruim ou bom, que o povo tenha a liberdade de falar, de expressão, pois é assim que vem o comando maior das "Lei das Leis", que é a Constituição Federal do Brasil de 1988.

QUANTO AOS EXAGEROS - Para os que agem com exacerbado exagero, existe a lei como freio de arrumação para colocar as coisas nos eixos. Quem por acaso se sentir atingido em sua dignidade pessoal, que busque os meios legais para fazer valer o seu direito ferido, se assim achar que o foi. É o princípio legal dos pesos e contrapesos. Para toda lei aberta para a liberdade de expressão, existe uma outra para refrear os exageros. É assim que as coisas funcionam na convivência mansa, pacífica e democrática, num Estado Democrático de Direito e é assim que deve ser. Quem pensar e agir de outra forma, não está sendo democrático nem uma pessoa pública, mas sim, um candidato à déspota ou aprendiz de ditador. Então camaradas, se o pensamento é livre, não para ferir, prejudicar ou macular indevidamente a imagem de quem quer que seja, que se dê asas para o pensamento voar livremente.

O QUE SE VÊ POR AÍ - O que muito se vê por aí, é muito "moleque de recado", fazendo a cabeça de quem não deve, levando recados infundados e dando conotações interpretativas de analfabetos de pai e mãe, somente para agradar o seu protetor. Parece até que quem nasce para ser servo na vida, jamais chegará a ser rei. Esse é um dito popular que cabe na cabeça de muita gente, que nunca aprendeu ou de que jamais aprenderá que em cada um de nós existe um potencial de liberdade, da qual muitos não conseguem ser livres, preferindo as amarras das mordaças para viver eternamente como "moleques de recados" ou serviçais, do que propriamente ter a sua liberdade inalienável do livre pensamento. Esses ainda não se desvencilharam das amarras das correntes da escravidão. Parece até que o genes do servilismo está incrustado na conrrente sanguínea desse tipo de gente. Ser livre não é somente aparentar o ser, mas ser livre de verdade e bradar aos quatro cantos que realmente é livre para agir, para voar, pensar e falar com a liberdade que a vida lhe deu, certo camaradas!

LIMITAÇÕES EXISTEM - Mais do que evidente, que para tudo existem as limitações. Todo mundo tem consciência que o direito de um termina, quando começa o direito do outro. Agora uma coisa são as limitações do direito como norma a ser cumprida por cada, com o direito de liberdade de expressão. Ninguém pode sair por aí dizendo que fulano, sicrano ou beltrano fez isso, fez aquilo, sem o menor sentido, uma vez que, se assim o fizer, poderá destruir para sempre a vida e a honra de muitas pessoas de forma irreparáveis. Dentro da forma de pensar livremente, não se pode, nem tampouco se deve, se execrar alguém publicamente, simplesmente com o intuito de causar danos irreparáveis à imagem e à vida de todo e qualquer cidadão, seja ele quem for. Em primeiro lugar, o que deve prevalecer é o respeito, para quem ao respeito se dá. Quem não se dá ao respeito, em muitos caos vem a pagar muito caro por isso. Em segundo lugar, para se falar as coisas, se deve ter pelo menos, um mínimo de fundamento, senão da mesma forma, prejuízo irreparáveis poderão advir. Mesmo assim, não se pode sair por aí atirando em todo mundo com uma metralhadora giratória para acertar em qualquer um. Isso não existe e deve quem assim agir, ser devida e exemplarmente punido dentro dos limites da lei.

DIAS DE CÃO - Em 1964, quando eu e minha família, tangidos pelas dificuldades, nos vimos impelidos pelas circunstâncias, a migramos para o Estado de São Paulo, onde moramos primeiramente em Ribeirão Pires, para, pouco tempo depois, vir a morar na própria capital, ainda vi de perto as barbaridades praticadas pela ditadura. Primeiramente, por ser regime de exceção, existia a censura prévia que atingia as artes cênicas, a televisão, que ainda transmita em preto e branco, os meios radiofônicos, a imprensa escrita, era tudo controlado pelo sistema e quem publicasse alguma coisa que eles, os militares não queriam ou que viessem a contrariar a doutrina militar, muitos eram presos, torturados, tinham os bens destruídos e permaneciam por longos anos nas masmorras da ditadura, quando não eram vil e barbaramente mortos ou desapareciam como num passe de mágica do mapa. Foi nessa época de escuridão, que o jornalista Vladimir Herzog, por ter publicado uma matéria criticando a ditadura militar, que preso e torturado, pouco depois, foi encontrado morto, dando a entender que houvera sido enforcado, numa cela de prisão na cidade de São Paulo. Nessa época também, com meus poucos mais de treze anos de idade e estudando numa escola estadual da Vila Zelina, foi que ouvi os tiros de metralhadora, nas proximidades de onde estudava, que vieram a ceifar a vida do Sargento do Exército, Carlos Maringhella, que houvera se insurgido contra o regime militar, mesmo sendo oficial, mas tendo se debandado para a clandestinidade, estava numa célula que lutava contra o regime, chamada ALN - Aliança Libertadora Nacional. E assim muitas barbaridades foram praticadas pelos militares enquanto estiveram no poder. Até a leitura, era censurada. Tinha que se ler o que os militares quisessem e bem entendessem, para que os estudantes não fossem influenciados pela doutrina comunista. O comunismo que eles se referiam era principalmente o livro "Capital", de Karl Marx, que a partir de então, todo mundo procurava ler com avidez porque houvera sido proibida a sua leitura. Lembro ainda, já no final da ditadura, após ter voltado de são Paulo e estudando no Recife, que para ler um livro do incendiário das Ligas Camponesas, Francisco Julião, intitulado "Até Quarta Isabela", tive que escondê-lo por baixo de minha camisa para que ninguém o visse e o li às escondidas, isso porque na época, os livros desse líder camponês pernambucano, estavam também no rol dos proscritos pelo regime militar. Então camaradas, por ainda ter vivido grande parte de um período de cães raivosos, conheço de per si, o que é ter o direito de pensar livremente, de se locomover, de agir e de liberdade cerceados, para com propriedade falar da livre manifestação de pensamento e do Estado Democrático de Direito em que vivemos no momento, que embora não perfeito, mas ainda é o melhor do que a melhor das ditaduras, como foi a de 64. Na vida da gente, devemos aprender que por maior que seja a escuridão, haverá de chegar um momento de um raiar da luz do Sol, por mínima que sejam essas fagulhas de luz. Então camaradas, quem não sabe o que é regime de exceção, pouco ou nada sabe da vida sabem com propriedade para falar em proibir isso ou aquilo. Na verdade, o bom senso manda que "É PROIBIDO PROIBIR", certo camaradas!

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