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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

domingo, 13 de março de 2011

BATENDO O MARTELO

Aqui não tem conversa fiada não senhor, é prego batido, ponta virada!
NOVA ESCOLA
      Prestes a ser inaugurada, a Escola Recreação Infantil, pertencente ao Município de Buíque, será com certeza, a "menina dos olhos" da administração Jonas Neto, isto porque, ficou realmente uma obra fora de série a recuperação e ampliação da antiga escola. A obra que custou mais de 1 milhão de reais aos cofres públicos, ganhou uma visão moderna, foi aumentado o número de salas de aula, e será equipada com mobiliário, equipamentos, sala de computação, tudo de última geração. Será uma espécie de escola municipal-modelo para a nossa cidade. Parabéns ao prefeito pela grande realização, que será inaugura no dia 16 do mês em curso, pelo que se tomou conhecimento.

EDUCAÇÃO DE BUÍQUE
      Já que esse excelente trabalho foi concluído na educação de Buíque, necessário se faz, com a urgência possível, que se dê uma melhorada nas estruturas físicas de toda rede escolar do Municipal, que pelo que se tem notícia, está em situação que merece reparos inadiáveis, quer de ordem física, quer estrutural e na melhoria da qualidade de ensino. Claro que a questão da educação em Buíque, por ser um município de predominância rural, sempre teve uma educação complicada, isso pela dimensão do município, onde se tem regiões que se tem que percorrer internamente cerca de 80 quilômetros em estradas de precárias condições, falta de elemento humano devidamente capacitado para atender à demanda estudantil, além de maior empenho do corpo docente em melhorar as condições de nossa educação. Educação é um setor que merece ser reparado com seriedade e uma maior responsabilidade, afinal de contas, as gerações futuras dependem de uma educação de qualidade.

ESCRITOR CYL GALLINDO
     O dileto amigo e conterrâneo, Cyl Gallindo, a quem tenho admiração e apreço, se encontra há cerca de dois meses, enfermo e acamado, segundo relato dele mesmo, a ponto de sequer estar podendo ir às reuniões da Academia Pernambucana de Letras - APL, da qual detém uma cadeira. Espero que o nobre amigo, que é uma pessoa natural de Buíque e que tem muito apreço por nossa terra, venha logo a se restabelecer, para que possa voltar ao que mais gosta de fazer, se dedicar às letras e às artes. Cyl Gallindo, pelo que se tem conhecimento, é o único buiquense que é imortal na nossa Academia Pernambucana de Letras, o que muito nos honra e dignifica.

LIVRO NO PRELO
     Encontra-se no prelo, o primeiro livro de Paulo Tarciso, o Paulinho do Fórum de Buíque ou de Seu Di. Para mim, que tive o prazer de publicar o meu primeiro livro em 1988 e o segundo, em 2005, é uma grande honra, em ter mais um buiquense se destacando na nobre arte do domínio da escrita. O livro de Paulinho trata de uma história intimista, praticamente autobiobráfica, que orbita entre o imaginário de a sua infância vivida em Buíque, e um paralelo entre a realidade dos seus heróis, de uma época passada, de uma paisagem de Buíque, que muitos não viverem, não tem o menor conhecimento e que, no livro de Paulinho, para quem quiser saber mais sobre Buíque de um passado não muito distante, e de parte de sua gente, é importante valorar e ler a obra no nobre amigo, que está sendo editada por iniciativa própria, no Rio de Janeiro, isso porque, ninguém da iniciativa pública ou privada, se predispôs a sequer lhe dar uma "mãozinha", por mínima que seja. Mesmo assim, fazendo das tripas coração, como o sonho de quem escreve é ver o seu trabalho publicado, à duras penas, ele mesmo está bancando a publicação de sua obra, o que é uma iniciativa louvável, e que só vem a engrandecer a nossa terra por se ter mais o heroismo de alguém que gosta de fazer alguma coisa, e que quer ver o fruto do que plantou, nascer como uma criança que vem ao mundo, que é a publicação de um livro. É esse o sentimento que temos quando se publicamos um livro.

CIDINALDO BUÍQUE
     Quando editava o Jornal a VOZ DE BUÍQUE, fazia do mesmo, uma tribuna, um meio de defesa e de divulgação do livro publicado por Cidinaldo Araújo, que depois, por pretensões políticas, acresceu o nome de "Buíque", sua terra natal. A proposta de Cidinaldo em seu livro, seria o que se poderia chamar, de um fundo histórico com base em pesquisas, que por algumas vezes, cheguei mesmo a encontrá-lo, enquanto estudante no Recife, na Biblioteca Pública do Estado e na Assembléia Legislativa, folheando livros e documentos históricos. Apesar de todo esse árduo trabalho de iniciativa própria também, o que foi deveras louvável, o seu trabalho, pelo que se pode notar, não delimitou um paralelo ao que se predispunha o autor, que era justamente um marco inicial da história de Buíque, que definisse com exatidão a sua fundação, desenvolvimento e emancipação política, deixando nesse mister, o mesmo vácuo que sempre existiu com relação o verdadeiro marco histórico de Buíque, que se encontra ainda perdido no espaço e no tempo. No mínimo, o livro de Cidinaldo, não tem uma definição precisa e se limitou tão-somente, a ser mais um livro de caráter intimista e autobiográfico. Não estou com isso, querendo dizer que a sua experiência não foi importante e oportuna e louvável, isso não.  Dentro de suas limitações e por iniciativa própria, sem ajuda de quem quer que seja, pois o descaso público tem sido a nossa marca maior em ajudar quem lida com cultura, o feito de Cidinaldo, indiscutivelmente, foi um marco de contribuição para a nossa cultura. O problema maior, é que Cidinaldo, desiludido por alguma razão, não mais deu às caras na sua própria terra, nem sequer notícias dele, temos mais, a não ser, pessoas de sua intimidade pessoal.

TENTATIVA DE UM MARCO HISTÓRICO
     Na tentativa de se colocar um ponto final e delimitar um marco histórico sobre a origem de Buíque, a sua fundação e emancipação política, foi editado o livro, "Buíque - Uma História Preservada", por uma equipe de pesquisadores, em 2004, publicado pela Editora POLIGRAF, bancada pelo Poder Público Municipal, certamente a peso de ouro, em face do suposto "sesquincentenário de emancipação política de Buíque", mesmo assim, ao se tentar decifrar o livro, ao folheá-lo, não dá para se chegar conclusivamente nem como o município veio a se formar, nem tampouco, delimitar com a devida certeza, a data correta de sua verdadeira emancipação, o que se convencionou, do que era antes 12 de maio, para 26 de maio e, pelo livro, Buíque que não tinha ainda sequer um centenário de emancipação, passou a partir de então, a ter naquele ano, 150 anos de emancipação, o que de certa forma, pode ter uma certa lógica, em face de que, o Município da Pedra, que foi distrito de Buíque, já tinha completado os seus cem anos, enquanto que a mãe, Buíque, ainda era mais jovem, então, como explicar a filha ser mais nova do que a mãe? - Apesar das boas intenções, o enfoque histórico dado à pesquisa, infelizmente ainda deixa muito a desejar, em que pese a respeitabilidade e seriedade do trabalho dos pesquisadores, mas no meu entender, a verdadeira História de Buíque, ainda continua confusa, suspensa, envolta de mistérios e que ainda gera dúvidas sobre a real data de sua fundação, e de sua correta data de emancipação política. Mas como toda história é um misto de relativismo com a realidade palpável que se pode alcançar, então por dedução, melhor não mexer mais no que já está feito.

HÁ DE SE CONVIR
      Ainda com relação à história de Buíque, há de se convir que na época do império, as coisas eram feita à toque de caixa, coisa de português desleixado, sem um cuidado mais apurado aos reais fatos históricos e Buíque, diga-se de passagem, nem sequer o seu patrimônio histórico, construído ao longo dos anos e demonstrado na sua arquitetura, soube e está sabendo preservar, pois o que era história em nossa cidade, estão sendo destruída em nome da modernidade, da especulação financeira e da ganância da atividade comercial, esta é a verdade e, pelo visto, ninguém está nem aí para fatos históricos e culturais e que remontam e demonstram o nosso passado, para sabermos quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Já tenho dito e repito: "povo sem passado, é povo sem presente, sem história e sem futuro". Como planejar o futuro se sequer sabemos quem somos? - Mais ainda, o pior em Buíque, é que ainda tem um amontoado de "jumentos juramentados", que pensam com as suas cabeças de equídeos, que preservação histórica e cultural não tem nem um valor, nem tampouco, importância alguma. Nesse item, dou minha mão à palmatória ao nobre camarada Roberval, que sempre foi um baluarte em Buíque, em defesa da nossa história e do desenvolvimento artístico, histórico, turístico e cultural.

TEMOS QUE DISCUTIR
      Com tais observações, não se está aqui, se jogando confetes para quem quer que seja não senhor, mas pura e simplesmente, procurando se demonstrar, que temos muitas coisas importantes para ser discutidas e que, por alguma razão menor, estão sendo deixadas de lado. É de se observar que Buíque é um Município rico em cultura popular, devendo por isso mesmo, se buscar meios para se cuidar em incentivar esses movimentos, no sentido de valorar a nossa gente e procurar acordar o potencial adormecido que existe em muita gente de talento que pode muito bem ajudar toda à coletividade buiquense. Melhor se investir em Educação, Cultura, Arte, que em eventos que não levam a nada, sem claro, se descuidar do social e da saúde de nossa gente. Administrar bem, é se pensar no conjunto. Precisamos fazer uma revolução em nossa maneira de ser e de pensar, para mudar o nosso Buíque de verdade, no sentido de que cada um de nós possa se dar o devido valor que cada um merece, é esta a razão maior de querer se discutir o nosso querido Buíque. Outra mais, não adiante se levantar defunto do passado, que águas passadas no Rio Ipanema, não mais enche riacho.

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