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segunda-feira, 25 de julho de 2011

REPORTAGEM HISTÓRICA - O DIA QUE DUROU 21 ANOS

Marechal Castelo Branco, recebendo continência de seus subordinados, em Brasília.
  
          Lembro muito bem, que ainda com tenra idade, os Estados Unidos, que consideravam a América Latina, o seu monturo, como se os países latino-americanos fossem propriedade deles, não mediram esforços para manter o domínio sobre essa região, principalmente o Brasil, que era uma potência emergente para a região e com a guinada pregada para à esquerda, depois que Fidel Castro chegou ao  poder em Cuba, o presidente John F. Kennedy, com a sua rede de espionagem secundada pelo embaixador Lincon Gordon,  seu representate-mór no Brasil, que a tudo repassava para o então presidente americano e, depois de a sua morte, continuou com o seu sucessor, Lyndon B. Johnson, que a pretexto de continuarem a mandar no Brasil como se fora mais uma de suas colônias, criaram a Aliança Para o Progresso, programa "beneficiente" e que, segundo eles, teria como objetivo desenvolver o solo brasileiro e evitar que a praga comunista se alastrasse pelo mundo latino-americano e com isso queriam ser os salvadores da pátria. Com isso, num primeiro momento, em 1º de abril de 1964 (não houve essa de 31 de março, porque o golpe ocorreu na madrugada de 1º de abril), derrubaram o governo democrático de João Goulart, que ganhara foraça com o apoio da população mais pobre, mas com o dinheiro investido no meio militar, a coisa foi difícil de controlar e terminar pela renúncia do presidente Goulart, que para o seu lugar, colocaram o civil Ranieri Mazili, para, depois, vir a militarizar o regime com a posse do Marechal Castelo Branco, que como  uma de suas primeiras medidas, foi baixar o AI-1 (Ato Institucional nº 01), que num primeiro momento suspendeu os direitos políticos dos brasileiros, suspendeu o Habeas Corpus para os chamados "crimes políticos" e, com a chancela americana, pintaram e bordaram no solo brasileiro. Até a armada americada veio para cá para dar apoio aos militares, que deveriam abrir os seus arquives e pagarem pelos crimes de lesa-pátrica que cometeram naquela época, em que até hoje tem gente que jamais apareceu, porque a truculência militar calou muitas vozes e sumiu com muitos corpos de brasileiros, que até hoje, muitos parentes esperam para pelo menos enterrar os seus entes queridos.
              O que percebi do filme, é o fato de sequer ter mencionado o nome de Miguel Arraes, que teve papel histórico como governador de Pernambuco, que se negou a entregar o poder aos militares, deixando essa tarefa para uma amofinada Assembléia Legislativa que lhe cassou o mandato, sendo logo preso e deportado, onde veio a amargar um exílio de 16 (dezesseis) anos, primeiro, na Franaça, para, depois, a maior parte do tempo, permancer na Argélia. Outro esquecido e pouco mencionado, foi Leonel Brizola, que na época chegou a conclamar a população do Rio Grande do Sul, através da Rádio Farroupilha, a pegar em armas para resistir e combater os militares, mas como o povo estava em desvantagem e as únicas armas que tinham era, em muitos casos, os apetrochos de trabalho na roça, com a renúncia de João Goulart, o movimento se encolheu, os militares implantaram um truculento regime militar, a pretexto de não ver o País dominado pelo comunismo, e isso nos fez ver e sentir um dia de escuridão que durou 21 anos, de 1964 a 1985, quando veio, enfim, a ser restabelecida a democracia, apesar de lenta e gradual, de acordo com a mão extendida de "algaroba" dos nossos algozes.

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