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A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

VAMOS DEVAGAR QUE O SANTO É DE BARRO


TRÊS ANOS HOJE - Exatamente hoje, 07 de julho do ano em curso, está fazendo três anos, que mais ou menos numa hora dessas, começava em minha vida uma odisseia de agonia, que terminou num infarto cardíaco. Estava eu em Maceió, em visita a um filho militar no Estado de Alagoas, já me preparando para a viagem de volta, quando comecei a me sentir aquele começo de agonia intermitente em meu organismo, que parecia persistir e não que não mais queria parar. Pensei que não fosse nada, mas simplesmente uma mera ressaca que logo passaria com alguns medicamentos corriqueiros que quem bebe geralmente toma no outro dia. Mas qual o que, a agonia ia aumentando na medida que o tempo passava e, como ainda imaginava na danada da ressaca, fui a um postinho de saúde da cidade de Maceió, nas proximidades de onde meu filho morava, vindo a ser medicado, mas como a qualidade de saúde pública é uma droga em termos de precariedade, não previram que a partir daquele momento eu já estava infartando. Por volta do meio dia, como aparentemente me sentia melhor, voltei para casa, mas na verdade, aí foi que o bicho começou a pegar e nesse vai-e-vem sem atendimento adequado, só vim a ser efetivamente atendido por volta das 3 pras 4 horas da tarde no Hospital do Açúcar, um dos grandes hospitais de Maceió. Felizmente ali, foi a minha salvação, pois de imediato foi feito um eletrocardiograma que indicou o infarto e de imediato, foi submetido a uma equipe médica que fez um cateterismo e uma angioplastia. O estrago pela demora estava feito e só não vim a óbito, segundo a médica que me atendeu, por sorte, mas acho que foi a mão de Deus que quis que eu permanecesse vivo por mais algum tempo, como hoje estou contando a história de aniversário de três anos de vida.

O PIOR É A INDIFERENÇA - Nesses  momentos, o pior de tudo, é a indiferença dos ditos "amigos". Não aparece ninguém para perguntar: ou fulano, estás precisando de alguma coisa, se estiveres, não meça esforços e pode contar comigo! - O sujeito pode morrer que ninguém está nem aí. Na verdade, amigos mesmos, só os da família mais próxima pela consanguinidade, quanto aos demais, só de mesa de bar mesmo e priu! - O pior é que nessa ocasião sequer tinha um plano de saúde, dinheiro em reserva nem pensar, nada, absolutamente nada para que pudesse ser socorrido numa hora delicada como fora àquela. O que tinha no bolso era tão-somente uma folha de um cheque amassada, nada mais que isso. No momento, aceitaram como caução, mas depois, apertaram meu filho porque queriam mesmo era dinheiro vivo. Foi aí que apareceu a minha sempre heroica irmã, Maria José Modesto, que a gente chama de "Nina", para me salvar, guiada, como sempre, pelas mãos de Deus. Quanto soube no Recife do meu problema, de imediato viajou para Maceió, foi aí que as coisas vieram a se ajustar. Meu filho, coitado, sem condições, se desesperou pensando que eu ia morrer à míngua, à falta de quem pudesse arrumar um níquel para servir na minha salvação, mas ela veio com a minha irmã e meus filhos. Fiquei uns quatro a cinco dias na UTI, depois fui para um apartamento, onde fiquei por mais uns três ou quatro dias e viemos embora. O pior de tudo foi a conta apresentada pelo hospital, estratosférica, para, depois de muito choro, ficar praticamente por um terço do que inicialmente cobraram. Mas sei, camaradas, que fui duro ter passado por tudo isso e, não fosse minha família, especialmente a minha irmã Nina, certamente eu seria mais um nome no obituário. A realidade brasileira dos hospitais privados, é a do capitalismo selvagem. Quem tiver dinheiro vive, que não tiver, com certeza só a lei da vida o fará sobreviver.

MINHA PREOCUPAÇÃO - O interessante de tudo, foi que quando cheguei no hospital, que a médica depois de observar o eletrocardiograma, disse-me: o senhor vai ficar aqui internado agora! - Eu, ainda aturdido, com dores no lado esquerdo e uma agonia danada a me infernizar, ainda falei para a médica: Doutora, não tem um jeitinho de a senhora fazer um paliativo, porque a partir de hoje começa a campanha do meu candidato em Buíque, e eu tenho o compromisso de trabalhar na campanha dele! - Veja se dá um jeitinho, no que ela disse, não tem jeito não! - O Senhor vai ter que ser internado agora mesmo, não tem outra saída! - Veja que a minha preocupação num momento delicado daqueles, não era nem comigo mesmo, nem com o meu estado de saúde, mas estava focada na campanha de Jonas Neto, que se iniciara naquele dia 07 de julho de 2008 e eu não queria deixar de participar. No entretanto, logo que recebi alta hospitalar, oito dias depois, logo que cheguei em Buíque, embora tenham me recomendado os médicos, repouso de trinta dias no mínimo, comecei de imediato a trabalhar na campanha de Jonas Neto, se é que muita gente não sabia desses fatos, que fiquem sabendo agora, que não sou de dar ponto sem nó. Então camaradas, foi essa a minha maior odisseia da agonia.

POR ISSO MESMO - Por tudo que se passa na vida, é que se deve sempre ir devagar, devagarinho, que o santo é de barro. Querer ser o dono do mundo, o senhor do poder, quando poder algum se tem nesta vida terrena, é pura tolice de quem assim imagina ser. Acho que se ainda estou vivo, algum motivo especial ainda existe para que eu possa concretizar, senão teria ido embora há três anos atrás, como a própria média chegou a me confidenciar: Doutor, casos como o do senhor, dificilmente se escaparia. Geralmente é óbito na certa. Tomo uma poção de medicamentos, mas ainda estou por aqui, se alguém se sente perturbado com a minha presença, com a minha liberdade de expressão, com o meu livre pensar e colocar o boca no trombone, vão ter ainda que me aguentar por muito tempo, ou então, até o momento que o Mentor do Universo quiser que eu esteja por aqui. Por enquanto, ainda estou aqui, apesar de ter os desafetos que acham que eu não deveria mais estar, mas enquanto eu estiver, como disse certa feita o técnico da Seleção Brasileira, Zagalo, "vocês vão ter que me engolir!", certo camaradas!

300 PICARETAS - Certa vez, quando Lula ainda imaginava ser candidato a Presidente da República, chegou a dizer que no Congresso Nacional existiam 300 picaretas, nem por isso sofreu qualquer retaliação de ninguém, nem foi processado ou ameaçado por quem quer que seja de ter a sua voz calada. Na verdade não existem somente 300 picaretas, existe na verdade um quantitativo muito bem maior do que esses, ou não camaradas! - Será que estamos chegando novamente ao tempo das mordaças, aonde ninguém pode mais dizer o que pensa, é isso, então camaradas, vamos devagar que o santo é de barro! - Na verdade tem muito político de rabo preso que não pode sequer abrir o bico, porque senão só vai sair dejetos de sua boca. Ou será que temos pelos menos cem políticos de moral no Congresso Nacional. Não estou generalizando, mas que ainda existem políticos de boa índole, disso não tenho a menor dúvida.

EU VIVI O QUE MUITOS NÃO VIVERAM - No decurso de minha vida, além dessa triste passagem, vivi fatos e acontecimentos que poucos viveram ou sentiram. Muita gente ganha a vida sem nunca ter dado  um prego numa barra de sabão, mas nem por isso, tem o seu direito sobrestado de viver e de pensar como bem entender. Existem pessoas, que de forma talentosa se quedaram para uma opção de vida e sobrevivem assim por toda a sua vida. Uma dessas pessoas, só para exemplificar, foi o Senador Marco Maciel, que por toda a sua vida foi político. Nada além disso ele fez, além de ser político, que na verdade, político não é profissão. Será que ser vereador é uma profissão? - Não, não é não senhor! - O político não pode ser um profissional da política, mas sim um agente político detentor de um mandato popular para representar o povo. Não se faz política de profissão, mas sim um meio de ajudar à coletividade, defender os seus interesses e lutar pela boa aplicabilidade dos recursos públicos, afinal de contas, são eles eleitos justamente para representar o povo, inclusive com o dever e obrigação de fiscalizar o que é do povo, os seus interesses, a melhoria da educação, da saúde e dos avanços sociais, ou será que é diferente que se pode imaginar em alguns lugares?

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