INJUSTIÇA PERNAMBUCANA - Sem ser mais diligente, autoridade policial, Ministério Público e Justiça, um caminhando atrás do outro no intuito de aplicar a lei e fazer justiça, terminam em muitos casos, em praticar injustiças crassa e deixar marcas profundas no corpo e na alma de inocentes que jamais serão recuperadas, como ocorreu com esse senhor de Pernambuco que por dezenove anos permaneceu preso inocentemente por culpa de uma política que quer indicar para mostrar serviço, por uma promotoria que acha que esta fiscalizado a lei e portante, denuncia sem mais conversa e por uma justiça capenga, que a pretexto de aplicar a lei e promover a pacificação social, contrariamente acabaram com a vida de um cidadão inocente, que além de ser desmoralizado, ficou cego na prisão, adquiriu um câncer e, tendo processado o estado e ganho a ação, sequer pode usufruir direito do arremedo de reparo, isso porque veio a morrer antes mesmo de usar in totum do dinheiro que ganhou a título de indenização.
ASSIM ACONTECE COM MUITA GENTE - Não que todos sejam inocentes, porque na realidade não são mesmos, mas existem muitas outras pessoas, que submetidas ao crivo da política, do Ministério Público e da Justiça, terminam por ser condenadas em pesadas penas, tão-somente por indução, provas produzidas nas coxas e por meros indícios, sem que se tenha atingido por completo a busca da verdade real no processo para que venham a ser condenadas. Não só é esse cidadão de Pernambuco que sofre da incompetência da justiça, mas também, existem muitas pessoas que são submetidas a vários vexames desse tipo, até mesmo por um erro no apontamento de uma fotografia, como ocorreu com outro cidadão de outro estado brasileiro, em que apressadamente uma cabeleireira apontou a pessoa da foto como sendo um ladrão e aí veio o calvário de uma indevida prisão de mais de quatro anos e ele ainda está lutando para provar a sua inocência. É muito mais fácil ser culpado por antecipação em nossa Justiça, do que encontrar e provar a inocência o que é um tremendo contra-senso num estado democrático de direito. Não dá para continuar desse jeito minha gente!
O LINCHAMENTO - Pior mesmo foi o linchamento do motorista de ônibus por um tresloucado grupo de funkeiros, que acometido de uma mal súbito perdeu o controle do veículo que dirigia e abalroou em vário outros veículos e em uma pessoa, por isso mesmo, foi o bastante e suficiente para um grupo de irresponsáveis, drogados e amalucados, arrancassem o senhor de ônibus que dirigia e o matassem a socos, pedradas e pontapés. É essa uma sociedade podre que acha que a justiça deve ser feita na base de "olho por olho, dente por dente". Esse tipo de gente ainda não evoluiu da Idade da Pedra lascada, camaradas! - São verdadeiros animais irracionais.
O JÚRI - Hoje ira fazer um júri no Juízo de Direito da Comarca da Pedra, não cheguei a fazê-lo por motivos de ordem técnica, jurídica e falta de defesa de um dos acusados. O fato me veio à tona, em função de que, só vim a pegar esse processo de mais de quatrocentas folhas, no dia de ontem, mesmo assim não me dei por vencido e ia fazer o júri com a mesma bagagem que teria realizado qualquer outro júri popular. A questão é o fato de que esse fato ocorreu em início de 2008, no município da Pedra e teve grande repercussão e comoção social, a ponto de que, quando os acusados foram presos, tentaram invadir a delegacia para da mesma forma, linchar os dois, isso porque, pelo crime que houveram cometido, mereciam pagar com a mesma moeda. O problema de se fazer justiça com as próprias mãos, poderia se ter enveredado em um grande erro, isso porque enquanto um dos acusados é réu confesso e afirma que foi o único autor do crime, o outro se diz inocente, então camaradas e aí, se eles tivessem sido linchados, será que a população teria feito justiça ou matado por esfolamento, esquartejamento e culpado e um inocente, e aí quem era que traria a vida de um deles de volta. Não é nada positivo essa questão de se fazer justiça com as próprias mãos. Se existem leis, que se respeitem, inclusive as próprias autoridades que querem fazer as vezes de justiceiros e terminam também ceifando vida que não deveriam ceifar. A Justiça ou certa ou torta, ainda é a melhor forma de se colocar determinados casos à sua disposição, ou não camaradas!
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