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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

domingo, 8 de janeiro de 2012

ALGUNS FATOS DA HISTÓRIA DE BUÍQUE E DE MINHA PRÓPRIA HISTÓRIA DE VIDA


BUÍQUE POLITICAMENTE CORRETO
      Vamos supor que alguém se atrevesse a contar a história de "um Buíque politicamente incorreto", hem! - Seria um rebu dos diabos, isso por que o que teria que se dizer de verdade, iria espalhar muita coisa que ninguém sabe ou tem conhecimento, pelo ventilador, assim como de muitos municípios da região. Na verdade todo mundo só sabe mesmo e muito pouco, do lado oficial da história de seu lugar. Se toda a verdade viesse à tona, acredito que seria uma revolta geral, porque muitas verdades que se encontram escondidas por baixo dos panos viria ao conhecimento de todos e não seria nada agradável. Pelo lado oficial as coisas são pintadas de acordo com o que a situação dominante procura mostra e às vezes até, para não ferir suscetibilidade de ninguém, é que não se mostra o lado real das coisas.

SÓ A TÍTULO DE EXEMPLO
          Acredito que a maioria do povo buiquense sabe que o Vigário João Ignácio de Albuquerque, foi o primeiro prefeito republicano de Buíque  até 1904. Naquela época em predominavam doenças tidas como devastadoras como a peste bubônica, muita gente fora por ele tratada. Dizem que ele era ignorante, turrão e durão, isso quem descreve é Gracialiano Ramos em seu livro Infância, mas que por outro lado, tinha evidente o seu lado bom e terno, senão não teria se tornado vigário e prefeito de Buíque. Falam também que ele foi contra a estrada de ferro atravessar as terras de Buíque, mas na realidade, não foi ele, mas sim os fazendeiros e coronéis truculentos da época que não queriam que o trem passasse por terras buiquenses com receio de que iria matar os seus rebanhos de gado, esta é a verdade, não sendo verdadeira essa versão de que foi o vigário que impediu de que a estrada de ferro cortasse o nosso solo e aí o referido vigário até é tido como o vilão nessa história, quando na verdade foram os fazendeiros e coronéis da época que tinham poder de mandar e desmandar, inclusive na política local, que ainda tinha muito do pensamento dominante da monarquia portuguesa. Por sinal, entre nossos políticos locais, ainda existem muitos que pensam que estão naquela época, não avançaram e acham que todo mundo deve ter obediência e ser obrigado à um beija-mão diário para demonstrar que são obedientes, e imaginam que o poder é eterno e não efêmero. Ledo engano de quem assim pensa. Quem está de cima hoje, camaradas, amanhã pode estar por baixo, como numa roda giratória, ou não!

MEU AVÔ MANÉ MODESTO
      Para quem não conhece, Manoel Modesto de Albuquerque, ou como era mais conhecido, "Mané Modesto", meu avô, era sobrinho do Vigário João Ignácio e foi por ele trazido para Buíque, do Umbuzeiro, na Paraíba, chegando a ser o seu sacristão, para, depois se tornar funcionário público municipal. Manoel Modesto, meu avô, era filho de um irmão do vigário, José Modesto de Albuquerque e Maria Joaquina de Almeida e nasceu em 23 de agosto de 1888. Votava na primeira seção e o seu número de inscrição como eleitor foi o 83. Meu avô ainda chegou a morar em Moxotó, no Sertão, hoje distritos de Itaíba. Quando ele morou naquela região, ela era próspera, hoje é praticamente um vilarejo fantasma, depois veio a aportar em Buíque com o vigário. Era um senhor mais baixo do que eu, magro, cabelos cortados de forma rente, quase pelado, usava chapéu de massa e jamais largava de seu velho paletó. Falava mansinho, fluentemente o português e sempre fora uma pessoa mansa e pacífica. Aqui em Buíque se casou com Aurora Laerte Cavalcante, minha avó paterna, que era irmã da esposa do "turrão" dono de uma padaria em Buíque, Severino Padilha. Afora a minha avó paterna, meu avô ainda chegou a constituir mais duas famílias, que totalizando entre todos, chegou a ter em torno de treze filhos, mas nunca deixou de tratar a todos com respeito, como era de costume na época. Lembro que meu pai, Milton Modesto, já falecido também, fazendo das suas traquinagens mesmo já homem formado e pai de família, chegou a levar uma surra de meu avô porque deixou minha mãe sozinha e estava nas farras. É interessante como existia respeito naquela época, o que não existe mais hoje em dia.

MEU PAI MILTON MODESTO
        Meu pai, Milton Modesto de Albuquerque, nasceu em Buíque, em 21 de outubro de 1920, tendo falecido em 10 de setembro de 1990, na cidade do Recife. Minha mãe, Adelaide Alves de Albuquerque, que vem a ser da família dos "bedêus", é natural de Bom Conselho de Papacaça e nasceu em 27 de setembro de 1916, tendo falecido em 04 de outubro de 1995, também na cidade do Recife. Pelo que sei da história, meu pai começou a namorar a minha mãe nos idos da década de 40, ela morando em Bom Conselho e ele, em Buíque. Pelo que sei também, ele ia namorar com ela montado num burro ou à cavalo, adentrando pelas brenhas de Buíque e chegando até Bom Conselho. Se casaram também por essa época, não sabendo precisar a data, porque o casamento válido na época era o da igreja, o que deve constar nos assentos desta, mas o casamento civil só veio mesmo a acontecer em 22 de maio de 1958. Dessa união meu pai e minha mãe, tiveram cerca de treze filhos, mas só permaneceram vivos seis, que são, Milton Modesto, o primogênito, Maria José Modesto (já falecida), Maria Lindinalva Maria Modesto, eu vim na sequência, Maria José Modesto Irmã (que trabalha na Caixa) e Milvernes Modesto. O engraçado é que o nome de Milvernes foi em homenagem a um deputado federal da época de meu pai, de quem era eleitor, de nome Milvernes Cruz Lima, daí a homenagem ao deputado. Se merecida ou não, só ele poderia responder. Minha mãe sempre foi uma trabalhadora ferrenha e sempre primava pela nossa educação, inclusive só viemos a morar na cidade para estudar, saindo do Sítio Cigano, após muita insistência dela junto ao meu pai, que era funcionário público municipal. Do resto, se for para contar mais, tornar-se-ia uma longa história e isso deixo para outra oportunidade.

DOS NETOS DO MEU AVÔ
        Dos netos do meu avô, a menina dos olhos dele sempre foi Blésman Modesto, o mais admirado por ele. Uma porque passou a ser uma pessoa estudiosa desde cedinho e depois, aos 22 anos de idade, se tornou prefeito de Buíque, mesmo assim ele nunca deixou de ter grande consideração pelos demais membros familiares. Dos filhos que teve com minha avó, Aurora Laerte Cavalcanti, que foram José Modesto de Albuquerque, Milton Modesto, meu pai, Astrogilda Modesto de Albuquerque e o caçula, Nilton Modesto de Albuquerque, ele a todos procurava ajudar de alguma forma, mas não se entendiam muito bem. Quanto aos demais que teve com as outras duas famílias, também não deixava de dar assistência, como era de costume das pessoas mais antigas ter mais de uma família e por dever e obrigação cumprir com a assistência familiar e nunca deixou de considerar a nenhum deles. Mas na questão especial de Blésman Modesto, que pelo visto só teve duas namoradas em Buíque, vindo a se casar com uma parente, Edvanda Modesto de França, todos apostavam que ele seria o único da família que ia seguir os passos do Vigário, seu tio-avô, João Ignácio, mas não, ao enveredar pela veia política esqueceu da batina, mesmo assim, nas acirradas campanhas políticas buiquenses, quando não era chamado do "homem da batina", era provocado pelo epíteto de "homem do rosário" e muitos dos adversários políticos tinham medo, quando ele estava no auge da política, do "homem do rosário", isso porque sempre foi um católico praticante de carteirinha, como ainda o é, mesmo fora da política buiquense.

MODESTOS NA POLÍTICA BUIQUENSE
       Por essa razão é que venho defendendo que a família "Modesto", pela sua história e tradição de sempre estar presente na vida dos buiquenses, não pode por hipótese alguma ficar à reboque, à margem da política local, isso porque foi história e é história integrante do povo de Buíque. Falar em Buíque é o mesmo que falar em "Modesto", isso por que camaradas, quer queiram, quer não, temos uma história a zelar em Buíque e ninguém nunca ouviu falar em alguma falha de nossa família, a não ser algum acontecimento isolado, como soi acontecer em muitas famílias tradicionais, mas que somos uma família sem mácula, de bem e que tem história neste município, disto não tenho a menor dúvida. Então por que cargas d'água não participar ativamente da vida política do nosso município, hem? - É hora de medirmos esforços para que isto venha a acontecer, já que a nossa política se encontra em baixa, desmoralizada e que urge mudanças radicais na sua maneira de condução, ou não camaradas? - É necessário ter alguém que de alguma forma possa ajudar na luta, na batalha de fazer o bom combate, politicamente falando. Tem mais, a família "Modesto", em que pese ter muita consideração por Blésman, não se resume somente a ele não senhor, tem muito mais gente boa por aí, ou não!

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