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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

ASSUNTANDO A MASSARANDUBA DO TEMPO E DA POLÍTICA SEM ARREMEDOS


MASSARANDUBA DO TEMPO
      Os mais velhos, quando estão muito a pensar, diziam que estavam "assuntando a massaranduba do temo. Essa palavra se refere a uma árvore, mas no popular, significa algo vigoroso, rígido, destemido, por isso o dizer "massaranduba do tempo", quer dizer, "ser forte o bastante para o enfrentamento das durezas da vida e do tempo". Quem muito  usava esse termo era o ex-governador e aliado figadal do atual governador Eduardo Campos, que era grosso que nem "papel de enrolar prego", como no dito popular.

ENTREVISTAS SEM NOVIDADES
            Vi as duas entrevistas dadas ultimamente na Rádio Comunitária BUÍQUE FM, uma, se não me engano, numa sexta-feira, há uns quinze dias atrás e, a última, nesta sexta-feira próxima passada. Para mim não ouvi novidade de nenhum dos dois. Do ex-prefeito não disse coisa com coisa, não disse aonde estava o dinheiro deixado nos cofres públicos municipais, tampouco soube se explicar de  algumas questões levantadas pelo entrevistador Ricardo Resende, no Programa Sem Censura. Ficou sem resposta que diabos de projeto era esse que ele tinha para o Vale do Catimbau, entre outras. Houve na realidade muitas mentiras jogadas para fora e de que o povo buiquenses tem conhecimento de sobra, pelo menos para os que tem um pouco de tutano. Para os que não, so resta mesmo continuar lambendo os "beiços". Quanto à entrevista de Jonas Neto, como sempre tem sido do seu estilo, foi uma entrevista tipo, digamos, "light", não disse muita coisa a não ser o que todo mundo já sabe, mas num ano eleitoreiro, prometeu que ia fazer uma série de obras e tocar as que estão em andamento. Fazer novas obras em menos de um ano de gestão e em ano de campanha, é pouco provável, mas tocar as que estão em andamento é mais factível e viável. Uma coisa certa que ele disse é que praticamente perdeu um ano de seu governo com a inércia sem poder se movimentar, isso porque pegou uma "boma chiando", um "abacaxi muito" ruim de se descascar, o que não falou nada mais nada menos do que a verdade. Outro comparativo inteligente foi o do governo de Zeca Cavalcanti e a fama de bom administrador. O que Jonas Neto respondeu foi que Zeca Cavalcanti, que foi cria de Rosa Barros, já pegou uma casa arrumada, pois esta trabalhou muito por Arcoverde, o que é uma verdade inconteste, ou não camaradas!

AVANÇOS IRREGULARES
           Tenho dito e volto a repetir, esse negócio de muitos proprietários de terras avançarem as suas cercas em terras pertencentes ao estados, um dia vai ter troco. A ganância de muitos deles que se arriscam em se apropriarem indevidamente em áreas nas extensões das margens das vias públicas em áreas que não lhes pertencem, com certeza vai movimentar a Procuradoria Geral do Estado em alguma ação reivindicatória do que é público, para reaver o que eles estão se apropriando indevidamente. Pelo que estão a fazer ilegalmente, sequer existe nas vias de rolamento de veículos do estado, área para acostamento até mesmo para se trocar um pneumático, pois o espaço que é do estado foi avançado inescrupulosamente por tais vivaldinos, que imaginam estarem tendo lucros em adicionarem algumas tiras de áreas de terras para as suas, como se de sua propriedade fossem. Camaradas, a vida de vivaldinos ou metidos a espertos, tem tempo contado. Mais cedo ou mais o DNIT ou DNER, vai reaver tais áreas ou vocês pensam que esses órgãos governamentais não estão monitorando errou roubo das áreas públicas. Quando a bomba chiar vai ser de uma vez só, podem esperar.

OCUPAÇÃO INDEVIDA 
            Pelo que se tem notícia, um dos condomínios de luxo, que estão querendo colocar em moda em Buíque, nas proximidades da Baixa Preta, está ou já emurou uma área pertencente ao Município de Buíque, que seria de domínio público para a construção de uma rua. Pelo visto até para a ocupação do solo urbano em Buíque, tem sido de uma dificuldade enorme e nem a Lei Federal de Ocupação de Solo, querem também cumprir. Isso pelo visto está mais para vivacidade de grileiro, que existem muitos no Distrito Federal e se proliferam em demasia na época do governador mensaleiro Joaquim Roriz. Nesse meio imobiliário se o sujeito não tiver cuidado, até terreno no Planeta Marte ou na Lua, eles vendem. Outra coisa vexatória do ponto de vista da entrada de Buíque, é as construções que foram realizadas com a conivência do poder público aos longos dos tempos, às margens da PE 270, e isso, camaradas, hoje se constitui numa tarefa de difícil solução, porque demandaria muito dinheiro para indenizar àquelas pessoas e deslocá-los para outra localidade. A questão de ocupação irregular do solo urbano infelizmente não é problema somente de Buíque, mas sim de todos o Brasil. Coisa aberrante é a questão da Lagoa do Sumidouro, onde não é a lagoa que está avançando nas residência, mas contrário. São as pessoas que estão construindo em ilegal e irregularmente em uma área de preservação ambiental, isto porque quando surgiu a cidade de Buíque, a lagoa estava ali bem primeiro. Então isso é também um outro problema que requer a interferência do poder público ou municipal ou do Ministério Público, para se colocar uma trava de proibição em construções naquela área.

CANDIDATURAS À VEREADORES
           Há uma previsão grosso modo, de que Buíque vai ter cerca de 150 candidatos a vereadores. Pode até ser, mas não acredito, para disputar as suas treze cadeiras, que para nada vai servir se o povo votar nos mesmos de sempre. Se bem escolhidos poderíamos até vir a ter uma casa com representação de qualidade, caso contrário, vamos continuar nessa mesma ladainha de sempre e nada se avança, nada se faz verdadeiramente no que atine à questão de legislar e não de somente transacionar. É bom que com as coligações que vem por aí, apareçam bons nomes e que o povo saiba de uma vez escolher os bons, os que realmente venham a ter condições de bem representá-los, afinal de contas, se a única arma que o povo mais pobre tem é o voto e o vende ou mercancia a troco de qualquer quinquilharia, é pura idiotice e vamos ter mais uma câmara inepta, inoperante e que só pensa nela mesma, esta é realidade. Por favor senhores vereadores mais afoitos, não estamos falando da vida pessoal de quem quer que seja, mas sim, no livre pensar democraticamente, da atuação da vida pública, na conduta parlamentar de vossas excelências, que na realidade não passam de eminências pardas da Casa Jorge Domingos Ramos.

HOMENAGEM POST-MORTEM
           Minha mãe, Adelaide Alves de Albuquerque, ou como costumava ser chamada, "Dona Adelaide", foi para mim um exemplo de mulher e de dignidade humana. Sempre foi reta, honesta e digna. Nunca quis que seguíssemos o caminho do erro e da perdição. Se fizéssemos algo errado ou traquinagem indevida, castigo comia no centro sem dó nem piedade. Era durona e por isso mesmo soube muito bem nos educar. Ferrenha católica  praticante e beata da missões de Frei Damião, quando este vinha à Buíque, embora de seus filhos, somente pelo que me parece, a minha irmã, Maria José Modesto, "Nina" que trabalha na Caixa Econômica, tenha um pouco desse lado dela, os demais nunca foram muito de igreja, apesar de todos nós, pelos costumes da época, termos sido batizados na Igreja Católica, mas praticantes de verdade, nunca fomos e pelo visto, não vai ter mesmo nenhum de nós e pelo andor da carruagem das religiões, pela banalidade das religiões, ninguém está quedado a seguir alguma das muitas religiões que estão por aí. Na verdade ninguém também, por outro lado, pode duvidar, porque às vezes as coisas acontecem por uma questão de tempo e circunstâncias. Natural de Bom Conselho de Papacaça, minha mãe veio a se casar com meu pai, Milton Modesto, e veio a morar no Sítio Cigano, onde era uma ferranha trabalhadora no cabo da enxada para da terra tirar o pão para nos alimentar. Foi uma lutadora inarredável pela nossa educação e para tanto, brigou com o meu pai até que por vim, viemos morar na cidade de Buíque para que pudéssemos vir a ser educados. Dela se pode dizer, era uma durona como a massaranduba do tempo. Outra qualidade de minha mãe, que é da parte dos "Bedéus", que quase todos são músicos, é que ela tocava sanfona de oito baixos, coisa interessante e que só vim a descobrir em tenra idade,  mas nenhum de nós chegou a ter esse dom, a não ser Hélder Modesto que ainda chegou a ser baixista num conjunto de roqueiros de Arcoverde. Por isso mesmo, por tudo que ela representou para a gente, é que ainda pretendo fazer uma homenagem "post-mortem" à minha mãe.

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