Nesta semana viajei para o Estado da Paraíba, especialmente para Sumé, que dista uma média de 165 km de Buíque, indo por Sertânia. Em 1762, as terras que hora fazem parte do município de Sumé, pertenciam à fazenda de criação de gado do Sargento-mor Manuel Tavares de Lira, genro do Capitão-mor Domingos de Faria Castro, fundados de Cabaceiras. Foi em 1903, na confluência com o rio Sucuru com o riacho São Tomé, que se deu início ao povoamento da cidade, ainda com o nome de São Tomé, por Manoel Augusto de Araújo. A região era povoada pelos índios Sucurus, do povo cariri e na língua tupi Sumé, que se refere a um "personagem misterioso que pratica o bem e ensina a cultivar a terra". De conformidade com o censo estimativo de 2008, Sumé tem uma população de 17.908 habitantes, podendo se chegar aos 20 mil e uma área de 864 km2. O município fica localizado na microrregião do Cariri Ocidental, teve a sua autonomia política desde 01/04/1951, está a 532 m de altitude e dista 250 km da capital, João Pessoa.
O que me chamou a atenção é que apesar de ser um município bem menor do que Buíque, a cidade é bem organizada e administrada, inclusive existe um projeto de construção de um Shopping Center, além da existência de um campus universitário da Universidade Federal da Paraíba - UFPB. Outra coisa que pude observar também é que a cidade mantém o seu patrimônio histórico, artístico e cultural preservado. As casas antigas permanecem com a mesma arquitetura colonial desde a sua fundação. Também existe um Museu da Poesia, prova de que o povo de lá busca valorar a cultura do lugar. É uma cidade que tem uma maternidade, um hospital e é bem administrada por um prefeito que é médico, que abriu mão de seus subsídios de prefeito na qualidade de agente político, isso porque segundo ele, a sua meta é ajudar o povo de sua terra e, como é médico, não precisa de ganhar das verbas públicas. Se por outro lado fizer algum tipo de mutreta, a questão maior é que é prefeito pela terceira vez e a cidade a mim me parecer que é um brinco. Acaso haja o lixo seja jogado embaixo do tapete, mas a impressão que tive à primeira vista foi das melhores possíveis.
Na verdade nesses mais de cinco mil municípios brasileiros, se todos trabalhem bem a coisa público, de acordo com os mandamentos administrativos e o leque de leis existentes, certamente a cara do Brasil seria bem diferente do que é no momento. Não era para existir nenhum analfabeto no país, nenhuma pessoa paupérrima e nem pessoas doentes às turras nos hospitais públicos que está mais para matadouros cobertos de putrefatos vermes ou ratos de laboratório.

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