A vida da gente é permeada por uma linha tênue, a ponto de se quebrar e tortuosa, a ponto de perdemos o percurso dessa estrada nesse curto caminhar. É assim mesmo que acontece na vida de cada um da gente. Ás vezes nem sempre estamos no exato momento para tomarmos as decisões na vida, que talvez poderia mudar todo o nosso caminhar, todo o nosso histórico pelo qual haveríamos de trilhar. Nem sempre tomamos as decisões corretas nas horas devidas, pois se as tomássemos certamente muitas coisas mudariam e a vida, o mundo que nos rodeia seria bem diferente. Isso acontece no decurso da vida, na linha vivificante de cada ser humano, senão muita coisa que hoje é de uma maneira, poderia ser bem diferente do que realmente é. O mundo só se encontra envolto por essa parafernália desastrada, num desmedido imbroglio, porque muitas das decisões tomadas, quer sejam por um conjunto de pessoas, de povos, até mesmos individualmente, ou foram erradas ou tomadas estas num determinado momento indevido. Existem fatos históricos que mudaram o rumo do mundo, mas também se pode questionar, a que custo? - Geralmente, à custa de interesses isolados, as decisões são tomadas não de forma sábia ou inteligente, mas sim por impulso, no vã e interesse único e exclusivo para atender as vaidades pessoais de um grupo de pessoas, ou até mesmo de uma só pessoa.
Por isso mesmo é que o mundo está voltado mais para a prática desenfreada de maldades, do que propriamente bondades, e é aí justamente que reside o perigo de vivermos num mundo aonde ninguém pode imaginar com certeza o ponto de chegada, a não ser o momento temporal certeiro da teratológica morte. Desta ninguém escapa e aí, não depende de ascensão social, dinheiro às pencas, esbanjamento de poder, intelectualidade magnânima, que de nada adianta, pois nesse ponto comum todos se encontram na linha final do plano horizontal da vida. Se soubéssemos tomar as decisões corretas, nos momentos certos, muita coisa poderia ser mudada, talvez cada um não fosse o que realmente é. Tudo, mais tudo mesmo, poderia ser bem diferente, mas não, não somos capazes, apesar de que, entre os seres viventes somos os únicos dotados de inteligência e de pensamento, ainda assim, não é necessário e suficiente somente esses elementos essenciais da vida humana, para que saibamos tomar as decisões, que pelo menos venha a se aproximar da mais correta nesta vida.
Vivemos como todos sabem perfeitamente, num mundo conturbado. Quer de forma individual ou coletivamente. A balbúrdia a que chegamos se encontra deveras incontrolável. Atualmente, nada está nos seus devidos lugares, quer seja a vida de um simples mortal dentro do mundinho que lhe rodeia, quer a nível mundial que só vivem a tratar de assuntos de macroeconomia, na ilusória tentativa de refletir na melhora da microeconomia ou em sistema econômico algum, pois a pobreza ainda grassa neste mundo tão fértil e dotado de imensas riquezas que está abem além da nossa imaginação, mas como a ganância, a avareza, a usura, sempre ditam as regras e falam mais alto, termina vencendo quem pode o mais, quem tem mais poder de fogo. Se torram milhares de dinheiros, seja lá em qual moeda for, mas não conseguem varrer a pobreza da face da Terra, o que é uma escancarada vergonha para os que vivem usando e abusando do que tem em abundância, que sequer sabem como aproveitar. Se todos tivessem por ciência própria que a vida é uma fagulha entre as milhares existentes neste mundo, com certeza saberia melhor tomarem as suas decisões. Humanizar mais este mundo, é um dos fatores de salutar importância, mas pelo que se vê, cada qual está mais preocupado com o seu próprio umbigo, e isto, do ponto de vista social, está sendo transformado num grande polvo que poderá a todos engolir ou numa bomba social chiando que poderá explodir a qualquer momento, como em localidades pontuais do Planeta, isto já vem acontecendo e tudo por conta de decisões erradas tomadas historicamente no passado, que refletiram no momento atual e que ainda teimam em tomá-las no presente. É esta, camaradas, a realidade do mundo em que vivemos, só que, até quando, só a linha tênue da vida é quem dirá.
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