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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O OCASO NO ENTARDECER DA VIDA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS


    A vida é como um gráfico de uma equação cartesiana matemática, representada por variáveis x e y ou f(x), em que é representada através de números algébricos e dispostos em coordenadas horizontais e verticais. A função coordenada x, cresce ou decresce, horizontalmente, enquanto que, a y, verticalmente, mas sempre tendo como ponto de partida o número zero, embora seja neutro. Partindo da sua representação para a vida de cada ser humano, representando a letra y, o crescimento vertical da vida, desde a fase do zero e, o x, o que na vida aprende cada um ao se qualificar para alguma atividade humana, seja ela positiva ou negativa, vai chegar a um ponto, que essa representação gráfica vai chegar a um ponto de estrangulamento, que vai passar a descer até chegar depois de um certo lapso temporal, a descer vertiginosamente até chegar novamente ao ponto zero de onde cada uma deu a sua largada de vida.
     A questão ilustrativa se fazendo uso da matemática, é apenas para denotar, ilustrar graficamente, de que a vida pode também ser representada na função matemática f(x), pois seu desenvolvimento, é como o seu gráfico em comento acima. Quando cada ser humano é gerado, através da fecundação ovular, a partir daí, do espermatozoide sobrevivente entre milhões, o ser que está a se formar e por vir ao mundo, partiu da estaca zero de vida, e ao nascer, o gráfico passa a representar os passos de vida de cada um de nós, tanto verticalmente, quando na horizontal, a linha que irá se formar no decurso da vida, pode representar o nascimento, a fase de infância, adolescência, maturidade e da velhice, para quem tem a graça de chegar até a terceira idade, coisa não muito fácil de se conseguir, mas que, no mundo moderno atual em que vivemos, se cada um cuidar bem de si, pode chegar à velhice de uma forma saudável,  se é que ser velho é algo a ser comemorado em nossas vidas. Não se pode dizer que seja uma fase de felicidades mil, pelo menos para a maioria dos que alcançam a terceira idade, algo a ser festejado, comemorado, pois ou estamos perdendo no percorrer desta curta caminhada mais um ano de vida ou, de forma otimista para alguns, de que se está havendo lucros quando se completa mais um ano no ciclo da vida. Sei não, mas a questão é complexa de se interpretar, a depender do espírito, da natureza e do viver de cada ser que está ainda no caminhar da vida. Mas o percurso da vida de cada um ser humano vivente, pode ser alternado entre altos e baixos, diante de tantos problemas, entreveres e questão que se tem que enfrentar no dia a dia dessa função matemática, que vai crescendo, crescendo, para depois, pelo menos quem não pereceu ainda na subida da linha, curvar numa linha decrescente, até se voltar à fator derradeiro zero, no por do sol da vida.
     É triste que a vida seja assim, tão difícil de se encarar os fatos e a realidade que as intempéries do tempo impõe de forma impiedosa a cada um de nós. Mas se estamos diante de uma realidade da qual não podemos nos afastar, melhor viver até chegar o zero vezes zero do final da vida. Pior para a vida de muitos, é dar de si, dispender um desforço descomunal para criar os seus pósteros e depois, já no ocaso da vida, voltando a ser nenê novamente, se sentir abandonado, jogado à sua própria sorte ou terminar esquecido num asilo qualquer, quando não, jogado às sarjetas imundas da vida a perambular ao léu pedindo um bocado a um ou outro ser piedoso. É cruel para quem tem que passar por isso depois de tudo de si que deu, para criar, educar e dar uma boa formação moral e educacional à seus descentes. É triste e revoltante quando nos deparamos com situações de abandono e menosprezo dessa natureza, justamente numa fase de vida derradeira, aonde os mais próximos se afastam de seus idosos, como se foram eles, pessoas desprezíveis e repugnáveis, sem que possam mais valer coisíssima alguma, pois o que eles tinha que dar, já o fizeram, então para que cuidar de gente velha, hem? Uma grande maioria mesmo, fica sem ter um final de vida com amor e dignidade humana, o que é deveras imperdoável, principalmente quando o idoso, já no encostar do entardecer da vida, não tem a menor atenção de ninguém. A aversão está em face das mutações genéticas faciais, corporais, da fala e de trejeitos que muitos dos que abandonam os seus, os consideram seres execráveis por estarem na proximidade do ponto zero do gráfico cartesiano de vida. Quem age dessa forma para com os seus velhos, não merece o menor respeito ou consideração, afinal de contas, a criança, o adolescente, o jovem de hoje, se tiver sorte neste mundo dantesco e cruel em que vivemos, poderá até chegar a um momento de alcançar o ocaso de vida que qualquer idoso chegou a alcançar, para depois, ser detonado para sempre, e volta ao ponto zero da equação cartesiana da vida, pois assim é o seu ciclo matemático imutável e que não volta jamais. Nesse ponto, as variáveis da função x e y, são implacáveis e o seu curso, é sempre o mesmo repetidamente, como uma roda giratória.

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