Não sou de comentar muito sobre tragédias. Só das minhas. De resto, só mesmo daquelas que causam choques e comoções que chegam a abalar de fato a maioria da população, às vezes não somente àquela localizada, mas mundial, como essa tragédia de Boate Kiss, que ocorreu da noite do sábado para domingo, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A bem da verdades, tragédias similares já aconteceram em várias partes do mundo e a questão da discussão que vem, é sempre o depois, o que se fazer, quais providências se tomarem, só que, no momento atual, além de cada familiar que perdeu um ente querido, além de zelar pelo seu funeral, da saudade que jamais sumirá da mente e da alma, nada mais há a se fazer. Passados alguns dias, meses ou até anos, o local de festejos noturno da juventude e de certa parcela da sociedade, com certeza, vai lá está festando do mesmo jeito, como se nada tivesse acontecido, como se essas mais de duas centenas de vítimas não valessem absolutamente nada, afinal, tudo já passou mesmo. Então a questão é que a vida continua e quem perdeu seus entes queridos, estes não virão mais de volta. Mas aí é que a questão não deve ficar somente nos senões, como sempre acontece neste nosso país, onde é costume sempre se dá um jeito num alvará funcional de um estabelecimento; uma espécie de fiscalização fraudulenta a pedido de algum político, para validar instalações elétricas inadequadas, instalações hidráulicas, condições higiene e área para comportar certo e determinado número de pessoas. É assim que as coias funcionam, assim que são feitas e quando as coisas acontecem sempre procuram vários culpados e no final de contas, ninguém aparece e na verdade, por nada se é responsabilizado, pois não se chega a lugar nenhum. Quem perdeu a vida, quem está sentindo a dor de um ente querido que perdeu nessa tragicidade é quem pode realmente descrever ou sequer isso poderá fazer, ao perder uma parte de si. É triste se perder alguém que se ama na vida, mas só se procurar valorizá-la depois que se perde algo, como as tragédias jamais fossem acontecer com determinadas pessoas.
As tragédias tanto são intencionais, com o fito único e exclusivo de se ganhar dinheiro, se tirar vantagens de alguma forma ou até mesmo, provocadas por fatores fenomênicos naturais, mas que elas acontecem, disto ninguém pode duvidar. Até mesmo tragédias provocadas por fenômenos naturais, são provocadas pela intolerância, pela ganância, pelo desejo inexplicável de sempre se querer ter mais num mundo que temos uma vida limitada. Então o que me pergunto às vezes, é o fato de que, por qual razão se perseguir tantas coisas na vida, se sequer parte delas nos vamos usufruir, hem? - Essa é só mais uma tragédia que aconteceu numa cidade de nosso país. Poderia ser noutro qualquer, mesmo assim, estaria se tratando de vidas humanas. O mundo é construído de ganâncias intensas, desmedidas e o ser humano não tem limite para usar tudo isso para fazer o bem, mas somente para as suas sandices de maldades e crueldades, ou será que não é isso mesmo?
O que posso levar para as famílias de todas essas pessoas que perderam seus familiares no momento, daqui de minha querida Buíque, em Pernambuco, é simplesmente uma palavra de força, de solidariedade e que cada um só poderá ter mesmo a Deus, para poder suportar tamanha dor, pois a dor de se perder alguém da família é incomensurável, não existe linha do mundo que possa medir a dor de se perder um ente querido. Então povo de Santa Maria, que Deus dê à bênção a todos vocês que perderam entes queridos e lutar para que fatos como esse não mais se repita no Brasil, pois senão essa tragédia é só mais uma nas estatísticas das tantas que acontecem país afora.
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