QUEM REALMENTE SOU

Minha foto
BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A DIFÍCEL TAREFA DE PENSAR, SE DETER NUM ASSUNTO, E ESTRUTURAR UMA CRIAÇÃO NA ESCRITA FRUTO DA IMAGINAÇÃO


    Muita gente imagina que a arte de escrever é fácil e por isso mesmo, não merece o menor valor. Na realidade dos fatos, não é bem assim que as coisas acontecem. Primeiramente, não é todo mundo que nasce com esse dom nato de pensar, imaginar, se deter num assunto e colocá-lo no papel, ou neste modernismo atual, digitar na memória virtual de um computador. Escrever não é pura e simplesmente para quem quer, mas somente para uma minoria escolhida à dedo pelo dom da natureza de já ter surgido assim e por isso mesmo, se habituou e desenvolveu esse tino de sapiência de estruturar na escrita uma certa realidade com a qual se depara ou o que vem como fruto de sua própria imaginação de quem escreve, de quem cria do sonho e faz com que este venha a se tornar uma realidade, senão uma verosimilhança, mas criar através da escrita é algo muito subjetivo, que vem de dentro da gente, mesmo que seja algo fictício, mas que em muitos casos, parte de uma realidade palpável da qual alguém vivenciou ou nela teve de certa forma, um determinado contato, vem à tona através da habilidade do domínio da escrita. Na escrita, o sonho passa a ser estruturado como que se fora uma realidade ao alcance de cada um, principalmente dos que se habituaram a ler e a partir de então, cada qual, mentalmente pode ser levado pela imaginação, não propriamente aquilo que o escritor quis dizer ou transmitir, mas sim, para um mundo puramente fruto de sua imaginação, que em sua viagem subjetiva, tudo pode, até mesmo levar a sua viagem a mundos imaginários e meramente frutos de até aonde a sua mente pode alcançar, se é que existe uma linha finita e limitativa para a viagem mental de cada ser humano.
    Tenho três livros em projeto. Penso, imagino, paro, começo a fazer ilações no espaço, no tempo, nos personagens que estou procurando dar vida e às vezes, não chego a lugar nenhum e então, faço uma interrupção no desenvolver desse dificultoso trabalho, que é a arte de pensar e colocar no papel o que está dentro da imaginação da gente ou daquilo que está surgindo mentalmente e querendo se dar vida. É difícil, apesar de pouco valorizada, a arte de pensar e escrever o que vem como consequência dessa imaginação. Dos dois livros que já publiquei, o primeiro, em 1988, "MODESTO À PARTE", fruto de uma reunião de crônicas escritas nos jornais Nova Era, A Marreta, O Chocalho, de Pesqueira, no Jornal de Arcoverde e nos jornais Diário de Pernambuco e do Commercio, durante cerca de quatro anos. Esse livro que foi publicado não mais do que duas décadas passadas, foi lançado primeiramente em Pesqueira, onde morei por pouco mais de dez anos, cuja edição foi completamente esgotada. Já o meu segundo livro, que usei um linguajar coloquial, ou seja, do povo, mas sem deixar de lado o erudito, demorei em torno de dois anos para terminá-lo e a sua publicação só veio se dar mesmo em fins de 2007, tendo-o lançado em primeira mão em Buíque, que foi o livro intitulado "NO AMOR E NA POLÍTICA MUITA "SAFADAGE" HÁ". Nele tracei um perfil do que é a política em nossa região e a promiscuidade da vida. Nessa minha segunda incursão literária, pelo visto, não fui muito bem compreendido, se bem que, o elogio maior veio de um de meus próprios filhos, Hémerson, que o considero um intelectual, sem desmerecer os demais, ao me confidenciar, que o meu livro era uma obra de arte. Fiquei feliz com essa menção do meu próprio filho, porque ela foi verdadeira. Sobre o linguajar em que faço alusão a vários palavrões, indago, alguém já leu o grande escritor e jornalista falecido, Nelson Rodrigues, se não, então o faça urgentemente, por que de cada dez palavras que ele escreve, se pode dizer que nove são palavrões, nem por isso ele perdeu o brilho de ser um grande escritor.  E os BBB's e novelas da vida, em pleno horário nobre, será que saem palavrões, hem? - O que há mesmo, minha gente, é muita hipocrisia. A bem da verdade, o  que falta mesmo é o senso crítico de muita gente, de se apontar o dedo sujo quando se vive em uma sociedade completamente promíscua e contaminada. Até mesmo instituições privadas representativas de classes sociais, querem ser a palmatória do mundo pelo purismo que dizem ter e defender, para mim, a bem da verdade, nada representam ou nada valem para o mundo atual. São outras agrupações de pessoas que tem uma mentalidade colonialista, que acham que são puros e imaculados, quando a verdade realmente dos fatos e do mundo real das coisas, está escondida nos bastidores ou embaixo do tapete. Na vitrine querem apresentar um filme, agora alguém jogue uma pedra e quebre o vidro, para ver o que está por trás!
    Mas o que sinto mesmo nesta minha odisseia de vida, é justamente a falta de consideração, de apoio a quem desenvolve esta cruciante e dificultosa arte de escrever. Tenho um livro de poesias pronto para ser publicado, mas cadê condições ou alguém que tenha interesse de patrocinar, hem? - Se for esperar do poder público, é a mesma coisa que padecer no paraíso e, da iniciativa privada, piorou, que só busca mesmo enriquecer cada vez mais tirando lucros escorchantes de seus fregueses. A depender de tais iniciativas, a bem da verdade, para quem faz arte, ninguém tem a menor esperança de sair do lugar. Aqui em Buíque, é que a coisa é preta mesma e, de forma idêntica, nos demais lugares. Quando estudante no Recife, o então prefeito Jarbas Vasconcelos, promoveu um concurso literário e dele participei. Fiquei entre os cinquenta melhores, mas não passou disso. Ninguém teve obra publicada, nem houve mais nenhum movimento dessa natureza para alavancar a nossa cultura, mesmo em se tratando da capital pernambucana. Seria interessante que o atual prefeito, que se diz socialista secundado pelo governador do estado, tomar alguma medida de valoração da cultura recifense e pernambucana, porque a depender dos demais elementos nefastos que vivem na seara política, a cultura nunca vai sair do lugar. Até parece que políticos gostam de se manter equidistantes de quem gosta de escrever e ter as suas próprias opiniões, ou não camaradas?

Nenhum comentário: