Venho vagueando
pela colunas das noites como uma alma penada que ainda não encontrou o seu
verdadeiro lugar pós-morte. Será que me transformei num zumbi? - Não, isso não! - Vivo olhando sobre as sombras e não encontro uma
razão plausível que me justifique o porquê desta vida tão vazia e solitária, ainda assim vou continuando a vivê-la.
Mas na vida da gente é assim mesmo. Uns vivem felizes e pensam que são felizes
mesmos; uns acham que são felizes e vivem num mundo dos sonhos como se fora a
mais pura realidade; outros mais realistas, alternam entre a tristeza e a
felicidade, porque vivem numa realidade da qual não podem mais fugir ou porque
desta não podem mais se safarem, como se estivessem se alternando entre o irrealismo farsante e a realidade plausível.
A vida vivemos
sobre os céus do mundo, embaixo das nuvens ou sobre a neblina caminhando sobre
a terra, é como se fora encantá-la como acontece em vários lugares do mundo.
Somos verdadeiros olhares sobre as sobras do mundo e das pessoas. Tem pessoas que
são só sombras e de sombras não passam, porque não sabem viver senão sobre a
sombra dos outros, em face de não terem brilho próprio e nunca vão chegar a estrelas. Na verdade, uns nascem para viver eternamente na sombra alheia e jamais adquirem brilho próprio. Esses sim, são os verdadeiros zumbis das sombras da noite.
Por isso mesmo é
que vivo a olhar sobre as sombras, porque não há translucidez no comportamento
humano, que vivem se engalfinhando uns com os outros numa eterna luta daquele
que pode o mais pode o menos para que sejam sempre as sombras dos mais fortes e estarrecedoras.
É assim a vida, é assim o caminho do mundo, é assim a sociedade em que vivemos. Somos sombras, eternas sombras humanas que em muitos casos, jamais haveremos de ver a translucidez de nossa luz de vida, isso porque, não aprendemos a viver na mais pura e bela clareza de uma quimera que neste mundo, jamais vai existir.
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