EDILSON XAVIER*
Com
esse titulo, espera-se que irei falar do famoso filme do cineasta mundialmente
conhecido, Roman Polanski, que em 1969 teve sua esposa a atriz Sharon Tate
barbaramente assassinada pelo fanático Charles Manson, que apodrece em prisão
americana, sim porque lá o preso é condenado e cumpre a pena de verdade. Mas
não obstante seja um tema que nos chama a atenção, mas dessa vez o assunto não
é esse. Refiro-me, a Rosymere Noronha, que era chefe do escritório da
Presidência da República em São Paulo, e montou lá uma rede de tráfico de
influência bem perto do ex-presidente Lula e bem juntinho da presidente Dilma,
que a manteve no cargo e lhe facilitava chegar junto de políticos importantes
(ávidos por liberação de verbas e outros mimos), empresários à procura de negócios
escusos, além de influenciar às agencias reguladores do governo federal. Mas,
como se sabe, isso ainda não é tudo do que se sabe e foi divulgado pela
imprensa. Pois em 2013 vai ser um ano marcado pelos desdobramentos morais
inevitáveis do “affaire” Lula-Rosemary, um caso cuja lógica vem reiterar a
resistência e o poder dos laços pessoais na vida coletiva do Brasil. De forma a
mais lamentável possível, é que esse caso revela com todas as letras a
intimidade transformada em mecanismo de aristocratização de agentes e, muito
pior que isso as Agencias do Estado. Se os cargos públicos são negociados entre
amigos, como se viu à exaustão, foram ocupadas por parceiros da amiga do
presidente. O que nos causa tristeza e decepção é que nas agências se encastelaram
advogados, juristas e outros profissionais de alto nível. Todos juntos para
saquear fartamente o Estado sob o comando da Rosemary. O mais grave, porém, é
que na Advocacia Geral da União, órgão que atua na defesa do governo que tem
status de Ministério, seus membros estão todos enrolados e sob investigação,
inclusive judicial. O que chama a atenção é o fato de que o Ministro Chefe da
AGU, tentava a todo custo ser nomeado ministro do Supremo, onde já está o outro
ex-chefe da AGU, o ministro Dias Tófoli, à espera do atual ministro chefe da
AGU. Lindo, não? É de curial sabença que os procuradores da Advocacia Geral da
União denunciados na Operação Porto Seguro, da Policia Federal, continuam leves
e soltos produzindo pareceres, sob suspeição. A operação revelou trafico de
influência um esquema de corrupção, com a compra de pareceres que ajudavam
empresas com interesses no governo. Tudo sob o férreo comando de Rosemary. O
ministro Luis Adms se finge de morto desde a operação Porto Seguro. Faz de
conta que não conhece Rosemary. Mas o salutar é a imprensa levar tudo a público
e descobriu como agiam os integrantes desse grupo chefiado pela Rosemary, que
os comandava, como se fossem, na realidade seus filhos. Rose, como é conhecida,
foi indiciada pela Policia Federal pelos crimes de formação de quadrilha,
corrupção ativa, falsidade ideológica e tráfico de influência. No momento, está
tudo na Justiça Federal onde será julgada a ação penal por esses crimes. E nós
continuamos pagando a conta. Como sempre.
NOTA: *Edilson Xavier é ex-presidente da Câmara Municipal de
Arcoverde e da OAB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário