Não
gosto nem de lembrar daquele dia. A agonia intermitente, ia aumentando num
crescendo incontrolável, a cada minuto que se passava. Na verdade, os sintomas
se iniciaram na manhãzinha, numa segunda-feira, no dia 07 de julho de 2008, que
mesmo querendo esquecê-lo, dele guardo ainda lembranças, na cidade de Maceió,
Estado de Alagoas, quando para lá houvera ido visitar o meu filho e, já estava
me preparando para voltar na manhãzinha da fatídica segunda-feira, quando se
iniciou o meu momento de agonia, que foi num crescendo incontrolável, até que
não aguentei mais, mandei ligar para o meu filho, Hémerson, que já tinha se
dirigido para o seu trabalho e, não se demorou por muito tempo para, atônito, apavorado, chegar para me acudir.
Percebi que ele de logo, sentiu o meu drama e pude perceber que naquela segunda
de manhãzinha a coisa não estava muito boa para mim não senhor! – De imediato, foi
se ter com um colega que morava na mesma rua que ele, e de pronto me levaram
para um Postinho de Saúde Pública, desses que estão mais para matadouros de
gado esperando à morte chegar, que praticamente hospitais para tratar de gente.
A atenção dispensada foi vaga, quase que não tinha chegado ninguém. Era mais um
exemplo de caos de saúde pública. Demorou um pouco, mas a medicação é àquela
mesma de sempre, transcrita por uma médica com cara de quem tinha dormido na
noite anterior e de nada tinha gostado. A medição chinfrim por ela prescrita,
foi assim, para qualquer um mal-estar no tronco abdominal, alguns tubos de soro
e pronto, uma aplicação de algum ansiolítico para diminuir a tensão do paciente
e, passados alguns minutos, o sujeito já estava pronto para ser liberado e
chegar outro boi no matadouro do corredor da morte. Sequer um parelho de
eletrocardiograma existia para se fazer o gráfico indicativo para demonstrar se
o paciente estava realmente parando, enfartando ou não. A coisa nesses momentos
de emergência, nesse caos de saúde pública, é levada na base do tapetão e não
fui devidamente medicado e por isso mesmo sofri as consequências, e hoje padeço
de doença cardiovascular e tenho que ingerir oralmente até o final de a minha
vida, mais de uma dezena de drogas medicamentosas farmacológicas, mas pelo
menos até agora, apesar de uns “exagerozinhos” aqui, acolá, vou levando à vida
e deixando ela me levar. Só sei mesmo, que por volta das onze e meia daquele
dia, fui liberado daquele “chiqueirozinho” alagoano, mas só foi chegar na casa
de meu filho, a dor intermitente, a agonia do abdômen para o braço esquerdo persistia,
não parava e ia ficando a cada momento mais intensa e eu estava irrequieto,
cada vez mais impaciente e não teve outra. O jeito foi me levarem, lá pelas
três para quatro horas da tarde, após quase sete horas de início do enfarto,
para o famoso Hospital do Açúcar, em Maceió, e aí sim, foi que vim a ser
atendido de verdade por uma equipe médica qualificada, que não mediu esforços,
tampouco alimentou conversa mole e de logo, me levaram para a sala de cirurgia
e lá me submeteram a um procedimento de cateterismo e outro de angioplastia. Aí
sim, naquele exato momento foi que vim a sentir firmeza. Passei sete dias
naquele nosocômio e fui liberado, mas de uma coisa eu não esquecia, chegar em
Buíque e participar da campanha de Jonas Neto de 2008, que já estava em campo a
todo vapor. Logo que cheguei naquele pomposo nosocômio cujo tratamento é à peso
de ouro, logo que uma médica me atendeu, foi logo me dizendo que eu tivera
sorte, pois no estado que lá chegara, ninguém teria sobrevivido e, não liguei
muito para o que ela dissera e de logo fui indagando: doutora, será que dá para
a senhora fazer um paliativo, porque tenho que trabalhar na política de Buíque,
que já começara no dia seis de julho daquele ano. Quer dizer, sequer me
preocupei com a minha saúde, mas com a política de Jonas Neto. Mas de pronto a
médica retrucou, que nada, o senhor não vai poder sair daqui de jeito nenhum! -
Foi aí que fiquei um tanto quanto nervoso, principalmente quando a gentil
médica me disse, o senhor não veio à óbito por sorte. Então naquele momento, me
dei por conta da gravidade de minha situação. Clinicado por uma boa equipe,
depois de pouco mais de uma semana, fui liberado, mas com a recomendação de
ficar um mês de repouso, sem ter a menor preocupação com nada, mas ao chegar em
Buíque, com a política nas ruas, não deu outra, tive que entrar na dança, mesmo
com a recomendação médica. Não teve conversa. Ninguém se importou mesmo. A
questão era entrar com a minha experiência nos preparativos para a política de
Jonas Neto, que tinha tudo para ganhar. Em um momento como esse que passei,
pelo visto, ninguém não está muito aí para a saúde de ninguém, mas sim, para
que as coisas sejam feitas e resolvidas, porque quem entra na dança política
tem limites, pouco tempo e tem pressa. Entrei de corpo e alma na política de
2008, mas aí, já não era somente eu, tinha mais uma advogada para o
enfrentamento da política, mesmo assim, o trabalho foi duro e árduo, embora não
reconhecido por muitos políticos. A questão seguinte, vai ser mais um capítulo
DO CAUSO EU CONTO COMO O CAUSO FOI – PARTE III, de um Advogado comprometido com
o seu mister profissional.
P.S: Quero daqui felicitar o prefeito Jonas Neto, pelo seu aniversário ontem. Felicidades e parabéns por mais um ano de vida, ok, camarada!
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