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sábado, 30 de março de 2013

MESMO ENFARTADO, ADOENTADO, AINDA ASSIM DEI CONTA DO RECADO - O MEU COMPROMISSO POLÍTICO NÃO PAROU – O CAUSO EU CONTO COMO O CAUSO FOI – PARTE III – O COMPROMISSO DE UM ADVOGADO COM RESPONSABILIDADE POLÍTICA E COM A VITÓRIA DE JONAS NETO- 2008


  Sempre tenho dito em minha experiência de advogado eleitoral de mais de duas décadas, que uma campanha política, tem três frentes de batalha, a primeira, é o enfrentamento das convenções para escolha dos candidatos, o que hoje é praticamente uma coisa emblemática, pois as atas, requerimentos de pedidos de registro, apesar do trabalho, já vem tudo prontinho. É só mesmo preencher formulário de programa eleitoral de computador e a ata, e pronto, os arranjos que possivelmente faltarem se corrigem depois. Em segundo lugar, vem a legalização jurídica de cada candidatura, frente as representações eleitorais, ações de improbidade administrativa e impugnações de candidaturas por alguma razão e, a terceira, sem dúvida alguma, é justamente a conquista do voto do eleitor, quem sabe, o que vale mesmo em muitos casos, é o peso de ouro do voto de cada um, se bem que, não foi esse o caso da eleição de Jonas Neto de 2008. Já não posso falar de outras eleições, mas que essas três frentes de batalha são essenciais, disto não tenho a menor dúvida e uma não pode funcionar sem que esteja em estrita harmonia e sintonia com uma dessas pontas. Voltando um pouquinho à campanha de 2004, quando apoiei Zé Camêlo, como o único advogado de campanha, criei uma estratégia jurídica para dar trabalho ao adversário e com isso, ele se preocupar mais com a  parte jurídica do que com a política e vejam que a coisa quase dava certo, porque para quem houvera ganho de Blésman Modesto em 2000 por mais de 3,7 mil votos e ganhar de Zé Camêlo, por apenas 329, numa situação adversa como se encontrava o nosso candidato à época, foi praticamente uma derrota, mas na verdade, se perdeu por um voto, significa em dizer que perdeu e pronto, nada a se fazer, afinal não se pode um outro significado à derrota. Na verdade, a estratégia que engendrei foi justamente quando faltasse dez para cinco minutos do último dia de pedido de registro das candidaturas, que seria até às 18h00 do dia 06 de julho de 2004, a gente entrar com o pedido de registro das nossas candidaturas, tanto majoritárias, quanto a de vereadores, só que, juntamente com tais pedidos, entramos com treze pedidos de impugnações, inclusive a da candidatura do  próprio Arquimedes Valença, que terminou ainda indo parar no Tribunal Regional Eleitoral - TRE. Quer dizer, foi uma jogada de mestre para infernizar juridicamente a vida do adversário e se era legal, nada havia a fazer. A questão é que, do lado de lá, ninguém impugnou candidaturas nossas, isso porque, não tinham eles conhecimento de nossa estratégia. Se não ganhamos a eleição de 2004, a coisa é de outra ordem, menos pelo trabalho jurídico que montei e enfrentei do início ao fim. Talvez ninguém lembre mais desse trabalho ou o valorize, isso porque advogado só se presta mesmo em época de eleição, depois a coisa muda de figura,  esta é a verdade.
    Já na campanha de 2008, com Jonas Neto candidato com um certo favoritíssimo e com boas chances de vitória, não fiz uso dessa estratégia, mas houve muita briga de advogados com candidatos, e de advogados com advogados, fato que considero desnecessário, pois não existe melhor forma de resolver as coisas do que através da diplomacia. Outra aprendi também durante esse tempo, que representações eleitorais ou reclamações, não fazem o menor sentido se não houve causa, razão ou feito bem fundamentados, senão tudo vai parar na lata do lixo depois das eleições, por extinção do feito por perda de objeto. Então advogado que se preza não sai por aí atirando feito doido e representando somente por representar numa releição. Na campanha de Jonas, mesmo enfartado, trabalhei como bode embarcado. Posso dizer que soei a camisa e dei o meu sangue, apesar de já não me encontrar sozinho como advogado, mas que suei à camisa, disso ninguém pode dizer que não. Houve muitos entreveros, desorganizações pontuais do nosso lado, quando o lado de lá imaginava que nós éramos que estávamos organizadíssimos e nós, achávamos que era o contrário e, apesar da tentativa de se criar fato novo, nada disso contou para a vitória de Jonas Neto, isso porque, sempre imaginei que ele já estava predestinado a ser um dos mais jovens prefeitos da história de Buíque. Dito e feito. Ao se abrirem as urnas, não deu outra, derrotamos o prefeito Valença, com uma vantagem de 1.827 votos. Foi realmente uma vitória hercúlea, como a vitória do pequeno Davi contra o gigante Golias, mas valeu à pena. Jovem e inexperiente, ao assumir, veio à questão administrativa, que não se encaixou muito bem, mesmo assim, ainda fez alguma coisa, talvez até mais, do que o seu antecessor que governou a nossa terra por doze anos e sequer uma marca administrativa deixou em nosso Município. A questão da administração pública, é uma coisa muito séria. Ou o sujeito tem um bom domínio do que seja administrar a coisa pública, ou então deve se cercar numa redoma de pessoas extremamente técnicas e capacitadas, caso contrário, a coisa anda muito pouco e nada sai do lugar. No caso de Jonas Neto, por ser jovem, não teve ele esse cuidado no primeiro mandato, por isso mesmo, a coisa não veio a funcionar como deveria, mesmo assim, pelo menos na parte jurídica, procurei cumprir com a minha obrigação como advogado do Município de Buíque. Não deixei de defender uma causa ou de que se tenha conhecimento de que tenha perdido algum prazo. Muitas coisas resolvi em favor do município, se é que muitos não sabem. Não ganhei nada que não tenha merecido e me valorizo pelo que fiz e pelo que sou. Não sou a perfeição das perfeições, mas pelo menos melhor do muitos que estão por aí, disto não tenho a menor dúvida e não me troco por ninguém. Se sou criticado ou olhado de forma caolha, de banda, com desconfiança, não o façam isso não, porque sou mais digno de confiança do que muitos que estão por aí, ou alguém tem alguma dúvida?
     Passado mais esse campo de frente de batalha, veio à campanha de 2012. Agora Jonas já não era mais o neófito de 2008. O estafe dele já era de um político testado e carimbado. Já se podia por si só se sustentar pelos seus próprios pés, quer dizer, vírgula, porque ninguém ganha política sozinho, por mais gabaritado que seja. Política só se ganha com grupo e se ele não tivesse costurado a aliança com a sua ex-concorrente de 2008, Miriam Briano para derrotar o Sr. Arquimedes Valença, com certeza não teria chegado sequer ao final da campanha, esta é a verdade nua, crua e sem máscaras. Experiência adquirida, equipe montada, alguma insatisfação não deixa ou vai deixar de existir, agora chegou a hora e a vez de ele mostrar realmente o administrador que o nosso povo espera dele, afinal de contas, numa situação de adversidade pela qual estamos passando, não há mais o que se testar. O testado agora tem que fazer e dizer realmente a que veio, não como uma forma de desafio, mas de enfrentamento do desafio e se sobressair de verdade como um bom administrador, afinal de contas, a equipe de hoje, não é a mesma de quatro anos atras. Àquele, foi montada a toque de caixa. Essa não, foi colocada pedra por pedra, como bem ele quis, então só não faz o melhor se não quiser mesmo. Mas nesta minha modéstia de meditação, acredito que ele ainda vai fazer o melhor que o nosso povo precisa, ou não camarada! - Bem por hoje, vou parar por aqui, mas o CAUSO EU CONTO COMO O CAUSO FOI - PARTE IV, a Responsabilidade do Advogado com o seu Povo e a Administração Pública, continua...

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