Bobagem! - A Jovem Guarda não tem dono. Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia, se acham os donos desse movimento jovem surgindo no final dos anos 60 para 70. Roberto Carlos é quem se acha o maioral, não deixando e impedindo até de se publicar livros que relatam a história de jovem guarda. Ora, camarada, movimentos de jovens que refletem em mudanças comportamentais sociais, não tem donos, são de todos que viveram esses momentos, assim como o movimento hippie, beatnik, o rock and roll surgido no final da década de 50 para 60, não tem donos, mas sim, foram frutos de fatores fenomênicos sociais que surgiram espontaneamente de modificações sociais baseados em certas crenças filosóficas do jovens de cada momento. Então quem se pode dizer dono de um movimento social modificativo de hábitos sociais, hem? - Roberto Carlos pode ter sido transformado pela mídia no maior ícono da jovem guarda. Agora se dizer dono e tudo que se fizer, até mesmo a escrita de um livro, depender dele, é pura cretinice. Adoro as músicas de Roberto, principalmente as da primeira fase, por que muitas desse última fase, são uma bela porcaria. Agora essa de recorrer à Justiça para censurar um livro porque relata fatos da história da jovem guarda, isso não dá para engolir, é pura idiotice e reacionarismo de quem se acha o dono de tudo. Isto não dá para se aguentar.
A questão maior, é que a história da jovem guarda surgiu toda ela no movimento hippie, principalmente focada nos Beatles, na calça lee feita do tecido jeans, da boca de sino, do sapato cavalo e aço e do cinturão fivelão, do anel brucutu dos fusquinhas, entre outros adereços da moda da época. Tudo isso na realidade, foi copilação dos ingleses e americanos. Na realidade não foi um movimento autenticamente brasileiro, mas sim, de parte do mundo mais avançado. Não existia nada autêntico, nacional. Tudo era imitação do que acontecia lá fora. Então por qual razão Roberto Carlos tem procurado através da Justiça impedir a publicação e divulgação desse história da juventude, mesmo que não adentre na vida priva dele? - Acho que isso é pura cretinice da parte dele, porque a história, camarada, de uma forma ou de outra deve ser contada. E pergunto eu, quem é Roberto Carlos para impedir o direito de liberdade de expressão, direito garantido constitucionalmente, hem? - Ele não pode fazer isso, porque o movimento da jovem guarda não foi só dele não senhor! - Tiveram vários fiadores. Pode até ter sido ele o principal influenciador de um movimento importando, inspirado em fatores fenomênicos que estavam ocorrendo em várias partes do mundo, por isso mesmo ele não pode impedir que ninguém conte a história da jovem guarda na ótica quem bem entender, afinal de contas, ele não tem direitos autoriais sobre esse movimento. O pensamento dele nesse sentido, é mais do que retrógrado. É da velharia mesma.
Claro que as músicas de Roberto que mais me marcaram, foram justamento àquelas que eu ouvia pelo radinho de pilha, quando estava nos meus anos juvenis, aos quatorze anos de idade, no Estado de São Paulo, sofrendo o pão que o diabo amassou, em Ribeirão Pires, ouvindo as músicas de maior sucesso dele, que eram: "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno", "Oh! Rosa, Rosinha", "As Curvas da Estrada de Santos", "Por Isso Corro Demais", entre outras que me marcaram. Então, Roberto, meu camarada, você não pode impedir que ninguém conte essa fase e as consequências históricas desse período, porque foram muito importantes para muitas pessoas. Você, camarada, pode até ser o Rei do Jovem Guarda, mas está agindo como um reles vassalo, quando se trata de se publicar um livro contando essa fase histórica, afinal de contas, a história não tem do no, ou será que para você ela tem, hem? - Só apelando mesmo para Brucutu, que inclusive foi também uma música que você cantava na época e que foi um grande sucesso, ou será que você ainda está na Brucotolândia de Moon, hem? - Chega de dar mancada camarada, afinal de contas, em uma democracia, e nesta, se pode contar tudo, desde que não venha a denegrir a imagem de ninguém, ok! camarada. Então vamos dizer que "é uma brasa mora!". Que se conte a história da jovem guarda politicamente correta e por que não a incorreta também, hem bicho!
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