Como já comentei noutras publicações neste Blog, Buíque, observado lá nos idos do final de século XIX para início do XX, quando por aqui passou e aprendeu as primeiras letras, Graciliano Ramos, pode observar que esta terra era de "fuxiqueiros". Não errou não senhor, o ilustre escritor alagoano lá das bandas de Quebrangulo, cidade onde nasceu, estava coberto de razão. Pois bem, se já naquela época era considerada de fuxiqueiros, fofoqueiros ou futriqueiros, pelo visto, a coisa não mudou muita não senhor, porque o que o nosso povo mais sabe é olhar e falar da vida alheia, ou não camaradas! - Aqui, infelizmente, a fofoca, o falatório da vida alheia come no centro. Alguns são falados, porque de certa forma, o fazem por merecer. Alguns são homens públicos, é por terem adquirido esse status, nada mais correto do que se falar de sua vida pública, menos, claro, da particular, se bem que, sempre tem os xiliprêus de ocasião que sempre distorcem o que ouvem para tirar dividendos de quem baba os ovos, mas quem é público, é a mesma coisa de quem quiser entrar na chuva, com certeza é para se molhar, ou será diferente? - A vida pública dos políticos deve ser vasculhada mesmo, isso porque, quem vive na vida pública tem que dar satisfação de seus atos ao povo que os elegeu, que tenha o voto sido comprado ou não. Não interessa, mas que tem que mostrar os seus feitos e ser fiscalizado, disso não tenho a menor dúvida. Povo omisso é povo que não olha para o que se passa à sua própria volta e não liga para o seu futuro, muito menos para o de sua família.
A questão de Buíque, não difere muito de outros municípios, que sempre tem duas tendências políticas, principalmente nas cidades pequenas e de uma cultura da Idade da Pedra, por isso mesmo, como a maioria não tem lá muito o que fazer, vive a falar e vasculhar a fundos a vida alheia, quer seja a vida privada ou pública, pouco interessa. Mas no geral, o povo fala mais, de quem está no foco das atenções, que é na vida pública, então quem não quiser ser chafurdado que deixa a vida pública, pô! - Na verdade Buíque, o seu povo, ainda não aprendeu a ter uma qualidade: independência. Isso porque vive escravizado, dependente, de quinquilharias de político fuluno, beltrano ou sicrano e infelizmente, não sabe o que é filosofia, afinal de contas, como é que o sujeito não alfabetizado pode ter independência de agir, pensar e decidir livremente , se não tem uma educação adequada, para poder dar o seu grito de liberdade. Também vive amarrado para não se libertar, em uma porcaria de uma esmola do governo federal, o bolsa família, que ao invés de está servindo de ajuda para que o homem venha a melhorar de vida com as suas próprias pernas, se tornou mesmo um vício para ninguém sair da estaca zero e ficar na mesmice de sempre, porque sem o bolsa família a coisa seria bem pior. Não entende o povo, e os políticos desejam que assim seja até séculos sem fim amém, uma forma de prender o povo para votar sempre neles, ao invés de estarem incrementando programadas básicos fundamentais de desenvolvimento de cada um, na medida que vai lhe ensinando uma profissão, incentivando a economia através de mecanismos alavancadores do desenvolvimento para que cada um comece a trabalhar e ganhe o seu próprio dinheiro para se manter por contra própria, aí sim, o programa estaria com certeza prestando um serviço à nação e ao seu povo mais pobre. Do jeito que está, se tirar o bolsa família, muita gente vai morrer de fome, mas o certo mesmo, não é dá o peixe prontinho para ser servido, mas sim, ensinar o homem a pescar, pois cada qual tem que aprender a andar com as suas próprias pernas, para não depender de ninguém, o que envergonha e atinge a dignidade de qualquer um, quando se depende de uma esmola, mesmo que seja federal.
Pois bem minha gente, como um assunto atraí outros, terminei por fazer ilações noutros assuntos, que de certa forma estão relacionados entre si. Mas na questão da fofocagem de Buíque, isso é uma realidade, como também o é, em outros municípios do mesmo naipe. Mas a questão aqui, é a seguinte, se acaso você estiver lá nos cafundós dos judas tomando um guaraná, vai aparecer uma conversa na rua, ninguém sabe por que cargas d'água, de que, vão alardear: "eita fulano, vi beltrano morte de bêbado lá no bar de Dona Cucuias!" - Isso acontece com frequência. Se você tiver lá no Bar do Fim do Mundo, no Bairro da Boa Vista, em Arcoverde e der um peido, em Buíque vão do mesmo jeito ficar sabendo. É um negócio sério, essa fofocagem graciosa de Buíque e de certos buiquenses que ao invés de olharem para os seus umbigos podres, estão somente de olho nos umbigos dos outros. Eita "povinho" do caralho! - Às vezes não dá para aguentar, por isso mesmo a gente tem que se rebelar com tanta cretinice que a gente vê nesta nossa terrinha, que por muitas vezes dá vontade até de mandar tudo pro inferno e ir embora daqui, mas como eu nasci aqui, tenho orgulho de ser buiquense, não desisto nunca e vou continuar infernizado a vida de quem vier e tentar infernizar a minha, certo camaradas!
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