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A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

EM ALGUNS MOMENTOS DA VIDA, CHOREI, NOUTROS ABAFEI O CHORO NA GARGANTA ANTES QUE ESTE SE ESVAÍSSE PARA FORA DOS MEUS SENTIMENTOS


    Muita gente pensa que a vida é fácil. Talvez para alguns mais afortunados da sorte, seja, ou talvez até quem sabe, movido por um problema existencial de ordem interior, não o seja. O que sei, é que a minha vida sempre foi permeada por altos e baixos. Por este meu caminhei aonde até agora peregrinei, encontrei muitas pedras rolando pela frente, algumas delas consegui pular, outras nem tanto e outras mais, tentei e não consegui. A verdade é que ainda estou por aqui para contar que neste meu caminhar, muitas vezes tentei chorar, noutras, engoli o choro garganta à dentro para não externar os meus sentimentos de dor e de tristeza. A dor maior sentida por mim, foi ver meus pais mortos no jazigo funéreo à espera de serem para sempre sepultados, tendo ciência própria, de que jamais iriam com eles me encontrar ou falar alguma coisa. O resultado de tudo isso, é que eles sempre estão comigo em tudo que na vida faço ou procuro fazer. Sei que essa não é única passagem na vida da gente, que dói como se fora explodir o coração, mas por outras também passei e tive que engolir à seco. De origem humilde, pobre de Jó, porém, não de espírito, sempre tive comigo que ainda iria chegar um dia que chegaria até aqui, ou pelo menos tentar vencer, ou pelo menos chegar ao meio do caminho, mas para mim, tendo chegado aonde quer que seja, me dou por satisfeito, mas não por completo, porque sei que muita coisa boa que poderia ter feito, deixei de fazer, mesmo assim, continuo a remar nesse mar tortuoso, não para deixar a minha missão por completa, mas pelo menos, tentar consertar alguma coisa nessa minha caminhada.
    Quando criança, fui um menino pobre, matuto, recluso, caladão lá no meu cantinho, mas que ninguém fosse mexer com os meus brios, que o cancão piava. Era recluso como um excluído lá no meu canto, mas jamais levava desaforo para casa, pois era o meu próprio pai que sempre me dizia, se levar um tapa de alguém, não deixe por menos, dê outro de volta, porque se chegar em casa apanhado leva outra piza. E assim, nesse diapasão meio distorcido de criação, fui levando a minha vida e ainda estou por aqui para cutucar a vida de alguns, e procurar fazer o bem ou o que posso, por outras pessoas. Estou lembrando disso, não sei por que, mas talvez tenha sido, por ver o meu filho concluindo o Ensino Fundamental ontem ou porque sempre fico meio triste e recolhido nessa época de ano, talvez por nunca ter absorvido esse momento natalino como muitos o fazem, com a fraternidade divina que esse período merece. Prefiro mais encarar como um período de exploração mercadológico neo-liberal em que vivemos. Praticamente na fase de vida atual, procuro mais é me fechar em copas do que vivenciar esse período, que na verdade, não são como já o foram antigamente. Mesmo na minha amargura de vida infantil, de adolescente ou até mesma adulta, sempre tive os meus problemas e com eles preciso conviver. São os meus pesadelos de vida. Não sei bem se até o fim de minha vida, mas é assim o meu caminhar, não um penar, mas quero encarar tudo isso como uma missão que a mim foi confiada.
    Hoje posso dizer, que pelo menos criei uma família, se bem ou mal, a questão não foi propriamente só minha, mas outros fatores adversos influenciaram fortemente para que nem tudo saísse consoante o imaginado. Mas tive o meu projeto de vida. Nunca fui rico, também, não tenho ou tive inveja de quem o é. Tenho aversão sim, aos salafrários, corruptos e ladrões dos poderes públicos e dos que na vida privada também se aproveitam dos outros, somente no sentido de tirarem vantagem sem olhar a quem, o que seria dizer: se alguém está à beira da morte, então que se termina de matar. Tenho também compaixão dos pobres e oprimidos, que ainda são tantos por este mundo afora. É assim quem que pensa todas as pessoas que só visam em atingir bens materiais, que é o sempre querer mais e mais... - A esse tipo de gente, minha mais sincera aversão, pois não merecem sequer um bom dia de minha parte. Por isso mesmo é que, em determinados momentos da minha vida, mesmo nessa fase em que me encontro, às vezes sinto vontade de chorar, o que por vezes fazendo baixinho, escondido e prendo-o no gargalo de minha garganta e o engulo goela à dentro. Claro que a felicidade deve sempre ser buscada, só que, essa até o momento, digo com toda sinceridade do mundo, ainda não brilhou para mim como imaginei, como se fora num conto de fadas. Mas como todos sabemos, a realidade da vida é uma coisa e ninguém está para viver um conto de fadas, a não ser que se busque criar lá nas alturas, no brilhar das estrelas da noite, o meu próprio sonho imaginário a sair por aí sem rumo certo, nessa imensidade infinita que nos cerca com os seus tantos e tantos mistérios e da mesma forma, me tornar mais uma estrela a brilhar no firmamento.

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