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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

PASSEI POR MUITAS ADVERSIDADES, FUI REBELDE, MAS NÃO DESEMBOQUEI PARA O LADO MAU DA VIDA, POIS A ESCOLHA É DE CADA UM DE NÓS


     Sei não, mas vez por outra, me vem em mente, uma vontade incontida de falar algumas fagulhas vividas em minha vida. Primeiramente, de cor e salteado, já é de conhecimento de muita gente, acredito. Primeiramente, não nasci em berço de ouro; em segundo lugar, não tive uma vida fácil não senhor, isso porque, comecei a trabalhar pelo que lembro ou não, aos seis anos de idade ou mesmo ainda, não guardo bem no HD de minha memória, mas que trabalhei desde cedo, disso não tenho a menor dúvida e, em terceiro lugar, para conseguir as iguarias e poucas coisas que tenho, não foi nada fácil, sempre foi muito doloroso e duro e, vez por outra, ainda chego a passar pelos corredores apertados da vida. Outra mais, meu trabalho de vida dura infanto-juvenil, não foi nada fácil. Logo ainda criança, trabalhei na roça, limpando mato, plantando, milho, feijão e mandioca, no Sítio Cigano, onde nasci, além de por vários anos ter carregado água de ganho para os coronéis e barões de araque da cidade, em cima do lombo de jumentos. Épocas difíceis vivi. A comida, ah!, a comida, nunca foi farta em nossa mesa e só tinha mistura, nos dias de sábado, dia das feiras-livres de Buíque.  Naqueles tempos difíceis, não tínhamos luz elétrica, pois esse tipo de modernismo ainda não tinha chegado em Buíque, muito menos nos sítios, que só veio a chegar mesmo com Lula na presidência, por inspiração num programa de iluminação da zona rural, por Miguel Arraes, em alguns de programas implementados em seus governos. A luz era mesmo na base do candeeiro à querosene Jacará, comprado na base de litro ou em lata. O fogão para minha mãe cozinhar, era construído de alvenaria, tocado o fogo, na base da lenha que se catava às redondezas da rústica casa onde residíamos. O que lembro bem, era o branquinho dos areias do Sítio Cigano, nas noites de Lua nova. Tempos difíceis àqueles, mesmo assim, nem sempre de facilidades na vida, eu vivi. Talvez em momento algum, pois o que da vida conquistei, nada veio com facilidade, mas sim, com muita dureza, insistência, trabalho árduo e vontade de na vida mostrar que mesmo vindo da pobreza, poderia me tornar um vencedor, chegando a me formar. Mesmo que não tenha atingido o patamar que na vida queria para mim, mesmo assim, acho que venci, não uma vitória completa, se assim se pode dizer, mas pelo menos, apredi a ter honradez, dignidade, retidão de vida, moralidade e honestidade, predicados pouco lidados com as novas gerações, principalmente quando filhinhos dos papais e das mamães. Hoje o que se aprende em primeiro lugar, é roubar, mesmo que seja através de algum tipo de maquiagem contábil, quer do fisco, do proprio povo e dos cofres públicos. Hoje a juventude nasce em berço explêndido, pelo menos uma parte dela, mas muitos se quedam para o vagabundismo e à bandidagem. Não sabem sequer aproveitar do que a vida lhes dotou desde cedo e, dos que se sobrassaem, muitos deles querem se gabar, achando que já nasceram com a estrela marcada e por isso mesmo, buscam tratar outrem com menosprezo e desdém, o que só demonstra falta de humildade e de formação de vida.
    Quero dizer firmemente, que não ligo nem para riquezas, ontentação de orgulho, nem para os metidos de merda a maiorais. Desses, se regular distância mantiver, melhor ainda, isso porque, tem uma linha da juventude que se acha o maiorial da vez, e por isso mesmo, tudo pode. Balela, pura balela, porque quando um deles se lasca querendo aparecer, principalmente pelos exaros que cometem, acham que por ser coisa de pobre, não acontece também com eles e aí, minha gente, é que quebram a cara, se machucam, condoem os seus pais e nada de bom fazem para a sociedade, isso porque, se já nasceram capitalizados, para tais personalidades, o que importa mesmo é dinheiro e poder. Não adianta, teclar no que tenho sempre batido, querer ser maior do que ninguém, porque na vida, camaradas, quando estamos na horizontal, ninguém é mais do que ninguém. A fedentina é a mesma, os mesmos tapurus, que destroem o corpo putrefato do rico, é o mesmo que que vai destruir o corpo do rico, as bactérias dos pobres, são as mesmas dos ricos, seja a comida qual for que se digere por milimétricos víruos e bactérias, não vistos à olhos nuns ou mesmo as pelas larvas, é a mesma coisa em qualquer pessoa que vive ao léu, a rastejar neste mundo mundano e cruel. Então um pouco de luz na vida, de simplicidade e de humildade, não faz mal a ninguém. Busco falar com todo mundo. Rico, pobre, os escambaus. Trato a todos do mesmo jeito, mas o que não gosto, é de que alguns almofadinhas que existem por aí, busquem se esnobar diante de mim, mas mesmo assim, não estou nem aí para esse tipo de viadinho de merda, ou mesmo que seja o tipo de meu patamar de vida, ou cargo que ocupa, que não estou nem aí para esses tipos de bossais idiotas. Mesmo tendo vivido uma vida dura, não desemboquei, me desviei, como muitos fazem, para o caminho do mau. Soube discernir e escolher o meu próprio caminho nesta vida.
     Nascemos minha gente e só temos mesmo uma vida e desta, que é limitadíssima, devemos usufruir o melhor que podermos, senão seremos uma cambada de tresloucados a nos agredir gratuitamente uns aos outros e não se chega a nada nesse mictório de mundo. Pior é que nem todo mundo aprende a viver em paz e em harmonia. É como se diz, numa escolha de sementes, existem as podres, e as sãs, estas podem se prestar para alguma coisa, quanto das podres, serventia alguma poderão ter. Alguns pregadores de algumas religiões idiotas, costumam dizer, que os pobres irão para o reino dos céus, quanto aos, ricos, o que sobra é a porta dos infernos. Será, porra? - Caralho nenhum, o caminho é um só. Barro na cara até os sete palmos, para todo mundo, nada mais que isso. Vivemos, claro, num mundo que coloca o capital em primeiro lugar, quando o ser humano, é quem deveria estar nesse topo, não o dinheiro. Já viu gente rica levar os montantes de dinheiros acumulados em vida, abarrotado em seu caixão? - Isso não. O que deixam quando morrem, é brigas, intrigas e mais intrigas, entre os próprios familiares, que antes unidos e amados uns aos outros, passam a guerrearem uns contra os outros, se digladiarem como se foram gladiadores da Roma Antiga, só e somente só, para ver quem vai receber o maior ou o melhor quinhão da partilha deixada por quem se foi. Então camaradas, o capital, não dá a menor paz de espírito para ninguém, nem para os vivos, tampouco, para os que morrem, que nessa condição, de nada vão usufruir na morada da eternidade, da qual jamais sairão, mesmo que venham a ser os donos do mundo.

OBS: Foto do Neguinho Arnaldo e este Advogado, Escritor e Blogueiro, no Sítio Catonho, em Buíque.

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