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segunda-feira, 26 de maio de 2014

ÚNICO ADVOGADO BUIQUENSE A LEVAR UMA CANDIDATURA IMPUGNADA NUMA ELEIÇÃO DE PREFEITO, ATÉ ÀS BARRAS DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL - TRE


    Infelizmente, não conheço outro advogado, mas se existir, parabéns pelo seu trabalho, mas quando a mim, tive o feito hercúleo de levar uma candidatura impugnada, até às barras do TRE e TSE. Então tendo ou não, vou falar do meu feitio na qualidade de advogado eleitoral. É o seguinte, na eleição de 2004, na disputa de Buíque, os candidatos polarizadores daquela campanha, foram Zé Camêlo, pai do atual prefeito, e Arquimedes Guedes Valença. Frizo de antemão, que era o único advogado de toda campanha e mentor de toda estratégia político-jurídica a ser levada à cabo. Primeiramente, como forma de estratégia jurídico-eleitoral, era a de impugnar faltando apenas dez minutos para o registro de candidaturas, nosso grupo levar todas as impugnações que estudadas, achamos por bem impugná-las, de candidatos a vereadores ao prefeito, principal alvo desse pendenga jurídica. Dito e feito. A questão de deixar para última hora, foi uma estratégia usada, para que os adversários não fizessem o mesmo com a nossa chapa, o que deu certo como que imaginamos. Dos nossos não houve na verdade, nenhuma impugnação. Não impugnaram nenhuma de nossos candidatos, mas dos da chapa adversária, impugnamos, com a candidatura a prefeito, quatorze candidatos, treze candidatos e vereadores e a do próprio prefeito, o que gerou uma grande dor de cabeça jurídica para os impugnados. Primeiramente, os vereadores, foram impugnados por analfabetismo absoluto, o que é vedado pela própria constituição federal, obrigando-os ao constrangimento de prestarem uma provinha no prédio do foro. Teve candidato, pelo que hoje sabemos, que levou as letras recortadas numa cartolina, para poder passar para a provinha da Justiça, como se foram bricadeiras de crianças. Até Zé Jardel, a gente não poupou, mesmo sabendo que ele era afalbetizado, mesmo assim, ele errou em cheio na hora de fazer a provinha, dominado pelo nervosismo, acredito. Acho que não deixamos vereador algum adversário, sem impugnação. Quanto ao Prefeito, ajuizamos uma Ação de Impugnação de Canditatura por Improbidade Administrativa, que foi aceita no Juízo do Primeiro Grau, ou seja, daqui de Buíque, o que nos motivou a interpor um Recurso Ordinário para o TRE, tendo lá, sido considerado procedente o Recurso pelo Tribunal, que acatou o nosso argumento. Mas nas mãos de um bom advogado eleitoral, que interpôs um recurso EMBARGOS DE DECLARAÇÃO modificativo, o jogo virou e a candidatura de Arquimedes foi considerada procedente. Recorremos ao TSE, mas aí, quando veio a ser julgado o Recurso, o homem já tinha sido eleito prefeito de Buíque por apenas 329, o que para quem houvera ganho a eleição anterior pela margem de quase 3,8 mil votos, foi praticamente uma derrota, mas para quem ganha, se ganhar por um voto, está ganho e nada mais há a ser discutido. Mas que a estratégia jurídica funcionou, disso não se pode ter a menor dúvida. Com essa estratégia, Arquimedes Valença, para se fazer presente na principal sessão de seu julgamento em Recife, que foram duas, pelo Pleno do TRE, teve que deixar de fazer vários comícios, inclusive o principal, que seria justamente em São Domingos. Sei que ninguém hoje reconhece o feito, isso porque, os políticos esquecem muito fácil das coisas e das promessas que fazem. Essa é a maior "safadage" que existe dentro da política. Até mesmo no dia do julgamento principal da Impugnação de Arquimedes, enquanto ele levou uma carreata de aliados, eu fui sozinho no meu velho Monza 94, parando por esquentamente do motor, quase de palmo em palmo e aqui, acolá baixando um pneu. Foi um sacrifício dos diabos, que só conhece mesmo e pode falar com propriedade sou eu mesmo.
    Só sei que nessa política trabalhei pra me lascar, assim mesmo, não fui reconhecido como deveria e diga-se de passagem, que fiz tudo gratuitamente, porque Zé Camêlo, portador de uma doença terminal e sem recursos, não tinha como pagar sequer um advogado. Existiram momentos, que nem gasolina tinha para se colocar no meu Monza 1994, mesmo assim, me dediquei àquela campanha de corpo e alma, assim como as subsequentes, de Jonas Camêlo Neto. Só sei que fiz a minha missão. Se reconhecido ou não, problema dos que hoje se beneficiam ou estão no poder de mando. Só sei de uma coisa, a minha obrigação, o meu compromisso mantido, o cumpri com rigor. Não deixei de lado ninguém, tampouco virei à casada, porque não sou feito o macaco, que pula de galho em galho. Fui oposição em Buíque, durante cerca de trinta anos, nem por isso deixei de sobreviver, só mudei mesmo, em 2004, quando passei a apoiar Zé Camêlo, mais por Jonas Neto, seu filho, que por ele mesmo. Depois de certo tempo, em meus contatos com ele, Zé Camêlo, nossas trocas de conversas, passei a admirar a figura dele e por isso mesmo, enfrentei toda essa adversidade com convicção de que ele poderia ter sido o vencedor com a minha estratégia política, mas no meio do caminho, existia algo bem mais grave, que foi a doença, que com dificuldade participava ou não dos comícios e de eventos públicos, tanto é verdade, que pouco tempo depois ele veio a falecer.
   Muita gente chega e me diz: Mané, deixa essa porra de política pra lá! - Fica de boca calada! - Respondo que não posso, pois nasci no meio político, tive uma formação política desde criança, por isso mesmo, sendo um partícipe da sociedade, não posso deixar de participar dos movimentos políticos, mas sem a menor credibilidade como ela está hoje em dia, mas se eu sair do meio, serei um homem honrado a menos para combater a maioria de maus políticos que se encontram pendurados no poder. Tem mais, ainda acalento o sonho de ser prefeito de Buíque. Quanto a vereador, não me interessa, porque os que temos, só faz nos envergonhar. Então camaradas, não há como me calar, só se cortarem a minha língua, mesmo assim, tenho as minhas mãos que me dão o poder de me expressar pela escrita, mas ainda que cortem as minhas mãos, posse aprender a gesticular e ainda assim, meter o cacete nos políticos salafrários. Na verdade, a questão principal que queria demonstrar, era a de que, nenhum advogado dessa região, levou uma candidatura de prefeito às barras do Tribunal Regional de Pernambuco - TRE. Quem se apresenta, hem? - Quem além de mim, já falou para defender uma candidatura, no púlpito do Plenário do TRE, hem? 

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