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sábado, 7 de junho de 2014

A SOILIDÃO DE UM HOMEM, O SEU ISOLAMENTO VOLUNTÁRIO E OS DEMÔNIOS INTERIORES QUE O PERSEGUE, O LEVA A LUGARES DANTES IMAGINADOS


    Ora minha gente, que ninguém se iluda ou se indigne, em se falar de vida de cabaré. Se é uma das coisas que existem na história desde que o mundo é mundo, são os cabarés. Em memoráveis tempos antigos e medievais, tinham outros nomes, entre estes, o de prostíbulos, mas que tiveram em alta em gerações anteriores à minha ou em parte desta, mas que estes nunca deixaram de existir, isso nunca. Ainda hoje existem tais ambientes para dar alegria, gosto e prazer aos deserdados do amor, de suas próprias mulheres ou por outros problemas interiores que só quem sabe mesmo, é quem passa por determinados problemas, principalmente os bebaços, que volta e meia, estão dentro de um cabaré. O interessante é que os cabarés modernos, não os do tipo de ponta de rua, mas falo dos mais sofisticados, feito na medida para gente de um nível social mais elevado e que gosta ainda da boemina, mesmo nesta merda de modernismo que estamos vivendo. Quando nesta vida turbulenta e de tantas novidades, a mulher passa a rejeitar o seu próprio rebento com quem é casada ou amanceba, com certeza, boa coisa não está passando em sua imaginação, ou já está pensando nos prazeres que poderia ter com outro parceiro, ou então já o está chifrando às escondidas até mesmo com o pedreiro que seu marido ou companheiro, contratado para consertar o seu muro. Trair, diga-se de passagem, não é um privilégio somente do homem não senhor,nem de rico, nem de pobre, mas também, da mesma forma, do chamado sexo frágil, que disto não tem nada. Se existe um sexo forte, podem crer, com toda certeza, é o da mulher. Quando ela finca o pé em cima de uma coisa,toma uma posição, seja esta qual for, não tem quem o tire de jeito nenhum, nem mesmo o Satanás pode com a mulher revoltada com o seu homem e, com a liberdade em pé de igualdade, o que é próprio das modernas democracias, aí sim, é que elas ficam mesmo à vontade para deitar e rolar em cima do cabra, por mais da peste que ele seja. O lindo mesmo, é o bradão, o valentão da vez, se ver cheio de pontas e ainda assim, se achar o maioral do pedaço.
    Mas na verdade, o que queria tocar mesmo, era na vida de quem ao se sentir só, desnorteado da vida, sem ninguém, abandonado da sorte, se quiser um pouco de amor, tem ainda, mesmo que em moderno mundo, buscar gozo e prazer e, quem sabe talvez um pouco de amor, nas camas de um cabaré,no aconchego de uma mulher qualquer. Dia de feira em Buíque mesmo, é um entra e sai danado nos cabarezinhos montados em alguns barzinhos até mesmo do centro da cidade. Aí vem primeiro, o matutinho, entra adentro do bar, lá para trás, como quem não quer nada, para, num segundo momento, vir a companheira que ele já havida combinado, de olhar desconfiado, olhando para um lado e para outro, para ver se não vê nenhum conhecido, e apressadamente entra em busca de seu parceiro, que já sabe de antemão em que quartinho ele está. E nesse vai e vem, logo, logo, como numa trepada de galo, o sujeito já está de volta, paga o cachê ao dono do bar, e teve o seu momento de gozo e prazer e com isso, ficou em paz a leveza do seu ser ou até mesmo, com a consciência pesada, se é que praticou àquele ato somente para mostrar que o tipo de cabra machão e de que, a exemplo de outros, é também um botador de chifres na mulher de casa.
    Cabarés, minha gente, apesar de todo esse modernismo, não precisava nem existir, porque para dar uma ligeirinha ou mesmo uma longa trepadinha, ou até mesmo passar uma noite de bons momentos de amor, não era sequer preciso ir a um reles caberé, muitos deles sem a menor higiene, colocando o sujeito ao risco de contrair as chamadas "doenças do mundo", mas hoje em dia, até mesmo as próprias mulheres, se simpatizarem com o sujeito, é quem tem elas mesmas, a iniciativa em dar uma bela e inocente cantada e isso, é um privilégio para qualquer um, se sentir desejado por alguém, agora, no meu caso em particular, eu só aceitaria uma cantada, e bem que gostaria, de uma linda, cheirosa e bela mulher, caso contrário, melhor ficar como está, ok camaradas! - Só para lembrar, o grande escritor Ernest Hemingway, um dos prêmios Nobel em Literatura, considerado um dos maiores escritores do mundo, que apesar de ser americano, passou a sua vida em Cuba, a Ilha de Fidel, que dormia até o meio dia, escrevia alguma coisa por algumas horas e, à noite, a sua vida se resumia aos cabarés cubanos. Pelo visto ele era chegado à uma mulata da América Central. Ele, talvez na solidão em que vivia, terminou se suicidando, quem sabe, por desilusões vividas durante toda a vida, apesar de sua vida de brilhantismo nas letras.

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