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BUÍQUE, NORDESTE/PERNAMBUCO, Brazil
A VERDADE SEMPRE FOI UMA CONSTANTE EM MINHA VIDA.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

QUANDO SE CHEGA A SOLIDÃO DO PODER, O SEU DETENTOR PODE SE SENTIR SÓ E ISOLADO


   Chegar ao topo do poder, principalmente a ocupar um mandato eletivo, sobretudo, por exemplo, a um de prefeito de um município, em que jamais imaginou que chegaria, é um grande feito, como se fora ganhar na sena, que para quem não está bem preparado, pode levar o indivíduo a não saber muito bem como gerir a coisa pública, terminando por ficar meio perdido no espaço e no tempo e a partir de então, isolar-se completmente, principalmente dos amigos de primeira hora. Pode até mesmo, o indivíduo se achar psicologicamente que está acima de tudo e de todos e, a partir daí, passar a esquecer dos amigos de primeira hora, se aliar ou arrumar "amigos" novos e vazios, se isolando dos demais e, a partir de então, com o desenrolar do tempo, vai caindo na realidade, que os novos "amigos" que conseguiu à sua volta, não passam mesmo de uns farsantes que vão se diluindo como fumaça, na medida que estão só usufruindo e dominando cada vez mais esse tal novo "amigo" e, o sujeito que se imaginava antes forte, vai caindo na realidade e chegando ao ponto de que errou na vida ao deixar os verdadeiros amigos, por amigos de fumaça, que só visam mesmo interesses pessoais, somente tirar o que podem sejam quais forem os meios e, depois, deixar o cara para trás, na pior e lascado para sempre, porque depois que comeu o filé, dos ossos ningém tem interese, ou quer mais saber. Então, numa circunstância hipotética dessa natureza, o que na verdade se vive no mundo real das coisas, quando o sujeito cai na realidade, desce do pedestal em que imaginava viver e dominar, passa então, a fazer o caminho inverso de volta para os braços dos amigos que no início abandonou por amigos farsantes, que só visavam mesmo alcançar objetivos escusos e interesses pessoais. Esse tipo de gente não é na verdade, amiga de ninguém, esta é a realidade que podemos observar no desenrolar da vida, principalmente como eu, que sempre vivi política desde os tenros anos de idade, sem desta até o presente momento, ter em nada procurado tirar vantagens.
   Em política, os exemplos de novos amigos, de novos ricos, são muitos, e os vemos à nossa própria volta, não precisando se andar muito como os fatos e coisas acontecem dentro de uma administração pública. Ora, se em empresas privadas existem brigas e intrigas internas para uns ocuparem os lugares uns dos outros ou de quem busca puxar o saco ou se fazer de amigo do gerente ou do patrão, são fatos públicos e notórios. Quando trabalhei por dezesseis anos no BANDEPE, que imaginava ter um emprego estável, por conta do Regimento Interno do próprio Banco, todo mundo que trabalhava na instituição financeira, imaginava que  jamais seria demitido, mas como o banco apesar de ser do Estado de Pernambuco, que detinha 99% de suas ações, a sua natureza contratual era privada, gerida pela CLT, então poderia demitir quando bem entendesse, se bem que, a partir de 1975, quando prestei o primeiro concurso realizado pelo banco, foi que passaram a realizar concursos públicos subsequentes, mas para alguns cargos de confiança dentro do banco, como gerentes e chefias, a apadrinhagem política comeu no centro, principalmente nos governos de Moura Cavalcanti, Roberto Magalhães e Marco Maciel, principais fiadores para o enfraquecimento do banco e, no final, a sua liquidação por Miguel Arraes de Alencar, que apesar de prometer que ia reerguer o banco, terminou por liquidá-lo com uma paulada só, por 186 milhões de reais para outra instituição financeira, que me parece foi o Itaú, que hoje é Santander. As intrigas internas eram tantas, que quem puxasse mais o saco do gerente ou tivesse forte influência política, com certeza poderia ter um lugar gantido numa chefia qualquer e, na politicagem, bastava que o sujeito fosse um poquinho bom de bola para jogar no time da Associação Atlética BANDEPE, com toda certeza poderia ter uma vaga garantida de chefia ou de gerente no Banco. Era uma verdadeira esculhambação. Como eu era um dos funcionários que fazia ácidas críticas a esse tipo de coisa e sempre votava contra, para me tornar Chefe de Desenvolvimento, foi através de um concurso interno realizado pelo Banco, só para disfarçar e, cheguei a passar num concurso de Gerente, fiz o curso de quase 120 dias no Recife, e passei em primeiro lugar, mas por ser crítico demais, a conclusão que chegaram, foi a de que, mesmo tendo sido o primeiro lugar no curso de formação de gerentes, não tinha perfil de gerente, pura balela de um parecer técnico de umas psicológas picaretas que dirigiam o curso de formação de gerentes. Tudo balela, porque a cachorrada de colocar gerentes pela janela continuou, mesmo tendo pessoas que tinham passado no concurso público. Isso foi uma vergonha de primeira grandeza, por isso mesmo, foi que o banco estatal veio a quebrar, por ingerência política, gestão fraudulenta e uso do banco como lavanderia em tempos de dinheiro em épocas de política. Quer dizer, o bando tinha tudo para estar de pé, mas os sem-vergonhas dos políticos, foram quem acabaram com o banco por interesses escusos, quando tomavam dinheiro emprestado ou autorizavam seu cabos eleitorais a fazerem empréstimos no banco e terminavam por ninguém pagar porra nenhuma. Aqui mesmo em Buíque, onde trabalhei, tenho exemplos, que noutra escrita vou escancarar e dizer as verdades ainda mais nebulosas da quebra do Banco do Estado de Pernambuco. Bem, o assunto entrou em pauta, por ter lembrado das intrigas e dos mui "ami", que tanto a gente arruma por aí, daí ter fugido um pouco do focado que vinha desenvolvendo neste artigo.
   Na verdade, quando a gente está por cima da carne boa, todo mundo quer ser amigo da gente e provar do suculento churrasco, mas quando de verde, a carne se torna seca, todo mundo só quer mesmo o regular afastamento. Veja o caso de ex-prefeitos daqui mesmo de Buíque, que antes ovacionados e carregados por alguns babões com os culhões em suas costas, se sentia o glorioso por está naquela posição prestigiada de carregar nas costas o líder máximo então eleito e aclamado pelo povo que se aglutiva em muitidões. Hoje o que vemos, são os "ex", que tanta popularidade tinham, é o povo quando os veem, o que fazem mesmo é lhes darem às costas, que político velho, ultrapassado e sem mais voto, é político morto, que para mais nada serve, nem mesmo para que venha a ser prestada alguma homenagem por algo de positivo que deixou para os seus pósteros, mas não, se por acaso se lembrar, só depois que o sujeito estiver embaixo de sete palmos, ganhando no mínimo, como homenagem, um nome de uma ruela qualquer, num bairro distante do centro da cidade. Por isso mesmo é que tenho dito, homenagem de reconhecimento de determinada pessoa que alguma coisa deixou de positivo para o seu município, que se faça em vida, porque depois de morto, que todos vão pra casa do caralho, pô! - Por isso mesmo, é que, dos novos amigos, o sujeito político, pode se decepcionar muito cedo, porque tais amigos não querem somente a sua amizade de araque, mas sim, querem lhes tirar tudo que podem, até mesmo a ponto de deixá-lo somente de calças curtas, senão mesmo, até de cuecas ou nú em pelos. Então alguns que chegam a esse topo e descem por gravidade, tendem geralmente, a procurar os verdadeiros amigos de primeira hora, esta é verdade nua e crua, isso porque, tais amigos se nunca decepcionaram, no momento preciso, também ainda vão lhes dar o seu próprio ombro para lhes acalentar e os ouvidos para ouvir o que na realidade viu e vivenciou. É dureza, mas é assim a vida, feita de hipócritas e de hipocrisias. Diz o dito popular, que "o bom filho à sua casa voltará". A bem da verdade, fazendo as devidas comparações na política, isso sempre acontece em política, quando descobre quem na realidade são os seus verdadeiros amigos, principalmente quando se chega à solidão do poder, sozinho, desolado, sem ningém para lhe ouvir, às vezes até, o próprio grande amor que conseguiu depois que chegou ao topo da política, também sequer de amor, benzinho, queridinho, passa a lhe tratar mais. É a vida cargos e diletos "amigos" da política. Como na política, assim são os da cachaça, que em determinadas horas delicadas, sempre lhes deixam na mão, mas aí, já é assunto pra outra conversa.

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