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quarta-feira, 18 de junho de 2014

COMO ME INICIEI NA ADVOCACIA ELEITORAL E OS POLÍTICOS QUE SÓ VALORIZAM O PROFISSIONAL QUANDO DELE PRECISA


    Iniciei-me na advocacia eleitoral, em 1992, dois anos após ter me graduado em Direito. Foi justamente na campanha de Blésman Modesto que disputava o cargo de Prefeito, contra o meu confrade e amigo atual, Dr. Dilson Santos. Além de advogar por àquele frente, que se chamava União Por Buíque - UPB, em que o Presidente das Eleições Municipais, era o Juiz Eleitoral Dr. Coutinho, conhecido por fraudar resultados eleitorais em nossa região a troco de vantagens e favores escusos, que mesmo com denúncias no TRE, este nunca deu a menor atenção, tanto isso é verdade, que transferido por determinação do Conselho da Magistratura do TJPE, para a cidade de Bonito, lá passou a fazer as mesmas trapaças que fazia aqui em nossa terra e, por isso mesmo, antes de falecer, foi compulsoriamente aposentado para não ser demitido da função judicante. Nesse primeiro momento como Advogado Eleitoral, estava dando os meus primeiros passos e, também, fui candidato a vereador, fiz uma campanha bem feita, com o maciço apoio de meu irmão Miltinho Modesto, mesmo assim, não cheguei lá, porque na verdade, com as variações existentes nos boletins de apuração de urna, que dependia de quem o Juiz Eleitoral quisesse eleger, infelizmente não chegou a vingar o meu intento, apesar de mesmo morando em Arcoverde, tive uma boa votação. A questão dos boletins funcionava da seguinte maneira, mesmo que um candidato a vereador anoitecesse praticamente eleito, no outro dia, amanhecia misteriosamente derrotado, pois alterada à votação apurada e anotada nos boletins de urna, outros candidatos mancomunados com o Juiz Eleitoral, eram quem passavam à frente daqueles que tinham anteriormente votos suficientes para ser eleitos. Com isso, muitos que não tiveram votos suficientes, foram prontamente eleitos, com essa mágica montada com o Juiz e, evidentemente, com parte da Junta Apuradora, que tinha olheiros do próprio juiz e de seus candidatos de preferência, então só ganhava eleição quem o Juiz Eleitoral quisesse e pronto. Fato marcante, foi um quebra-quebra, iniciado com uma discussão entre Dornélio Modesto e um outro candidato de São Domingos naquela época, que terminou, com a ajuda dos filhos de Zé Amaro, que era o vice de Blésman, num quebra-quebra dos diabos, aonde várias urnas foram rasgadas, votos foram encontrados flutuando na piscina, já que a apuração ocorreu no Clube Municipal e, mesmo com pedido de impugnação elaborado por mim à época, no momento do acontecido, a apuração no outro dia da bagunça, que até bombas e tiros houve, a ponto de vir para Buíque, um batalhão de reforço policial, teve prosseguimento, quando deveria de imediato ter sido interrompida, apuradas as irregularidades e, com toda certeza, àquele eleição deveria ter prontamente sido anulada pela Justiça Eleitoral,  e o Juiz-Presidente considerado suspeito, mas nada disso ocorreu e o nosso amigo Dr. Dilson Santos, foi eleito com cerca de 500 votos de vantangem e os vereadores, alguns que se imaginava que jamais seriam eleitos, o foram pelas falcatruas do Juiz Eleitoral Presidente e com a conivência de alguns mesários e integrantes da Mesa Apuradora. Essa foi a minha primeira peleja eleitoral que enfrentei como advogado. Só sei mesmo, que na hora da bagunça, dos tiros e das bombas nos banheiros do Clube, foi um corre-corre dos diabos e todo mundo queria se esconder, buscando um local de proteção. Foi uma eleição extremamente tumultuada em Buíque, a de 1992, e que deveria ter sido anulada e não foi, por omissão ou conivência da própria Justiça Eleitoral.
   Como advogado principiante na área, e no Direito de um modo geral, isso por que fazia somente dois anos de graduado e de militância profissional, penei muito para enfrentar os entraves encontraves numa campanha eleitoral, que são muitos e por demais complexos e bastante tumultuados, como naquela eleição. O ruim mesmo  de se trabalhar em campanhas eleitorais, é que, o grupo que você apoia, lhe contrata gratuitamente, para no futuro se ganhar, contar com os ovos no fundo da galinha e, ser nomeado ou contratado como advogado do serviço público municipal. Na verdade, não faço mais isso, por que na verdade, quando querem os políticos, em seus apertos que sofrem em face das falcatruas que praticam, pagam à peso de outo, advogados de fora e nós, que suamos à camisa, demos o nosso sangue, somos praticamente esquecidos e ficamos tão-só a ver navios, como em outras campanhas que na vida enfrentei de lá para cá.
    De certo modo, sempre estive envolvido com a política de Buíque. Fiz oposição por cerca de 30 anos e, mesmo fazendo parte da situação, acredito que ainda está longe de o meu trabalho ser devidamente reconhecido, porque na hora agá, todo mundo fica no seu pé, atrás de você, sua casa cheia de gente para que se faça isso ou aquilo, em termos jurídicos, além de regulamentar as próprias candidaturas e acompanhar à campanha política, mesmo assim, ninguém reconhece o seu valor. Um fato interesante ocorrido em minha vida, foi quando Mané Roque, que teve a sua prisão decretada, se não me engano em 1996, por ter pago a pensão da ex-mulher com um cheque do FPM do Município, de forma ilegal, sendo devolvido por insuficiência de fundos, e por isso, mesmo sem terminar o mandato, foragiu-se e quem tomou a sua cadeira foi o presidente da Câmara da época, que terminou por fazer um estrago dos diabos e por isso mesmo, Duca veio ser eleito prefeito de Tupanatinga. Na verdade, a prisão de Mané Roque, foi extremamente ilegal na época, porque o Foro Competente para responder a qualquer crime de Prefeito, é do Tribunal de Justiça e o Juiz Eleitoral, não era competente para decretar prisão alguma, porque a lei não lhes dava esse poder. Foi um ato de arbítrio ou porque o juiz não sabia ainda dessa regra.  Na verdade, vim mesmo a conhecer Mané Roque, em 1998, quando morava em Pesqueira. Ele não tinha sequer um jumento para andar. Estava mesmo puxando uma cachorra, mas como o ex-vereador e falecido Til, tinha muita amizade comigo, foi quem levou Mané Roque para que eu o ajudasse, mesmo sem um centavo, em alguns processos que ele respondia e a partir daí, passei a defendê-lo, batalhei como um bode embarcado na campanha dele de 2000 e ele veio a ser eleito por 110 votos redondos, nem mais, nem menos e tirou Duca do poder. Sempre fazendo discursos em que ninguém entendia o que ele queria dizer, trocando sempre as bolas das palavras e falando a linguagem do maturo, voltou mais uma vez à Prefeitura de Tupanatinga. No decurso de campanha, me fez muitas promessas, mas como em política não se pode acreditar que ele faz o tipo de "prego batido ponta virada", o que ganhei foi um mero carguinho de Procurador do Município, ganhando míseros R$ 620,00 (seiscentos e vinte reais), que sequer cobria a gasolina quando ia para Tupanatinga resolver alguma questão, mesmo assim, fiquei por lá nos seus dois mandatos e mais algum tempo depois na atual gestão, vindo a ser exonerado, sem sequer tomar conhecimento, por outro Mané, o Tomé, que após ter feito muito por ele também, mesmo assim, ele teve muito menos consideração do que o tronxo Mané Roque, que tomara lhe apêie do poder nas próximas eleições, porque ele não serve para Tupanatinga, isso quem diz e sente, é o próprio povo, que por pior que seja, ainda quer a volta do outro Mané, o Roque. Para esses políticos, nos advogados eleitorais, só somos bons mesmos, quando eles estão por baixo usufruindo da nossa boa vontade. Depois, o que nos dão mesmo, é uma banana. Então o certo mesmo, é quem quiser o meu trabalho, é fazer um contrato para acompanhamento de toda a campanha por um valor de honorários que venha a compensar, já que eles gastam tanto dinheiro na compra de votos, pois só assim, é que devemos valorar a nossa profissão e exigir respeito desses políticos picaretas. Na eleição de 2008, também prestei assessoramente a Francisco Braz, na Pedra, com contrato por determinado valor por mês, só que, ainda ficou um saldo devedor a ser pago. De qualquer forma, fui também enrolado por Chico, mas tudo bem. Gostei da assessoria eleitoral prestada na Pedra, pois lá também, Chico ainda ganhou por cerca de 220 votos.
    Relatei tais fatos, para que, os nossos colegas advogados, não saiam por aí prestando os seus serviços à troco de bagatela, muito menos a políticos, que todos eles, sem exceção, só lembram mesmo de você, quando estão no aperto, numa eleição em que não querem gastar com advogado, mas não deixa de aparecer dinheiro para comprar voto. Então camaradas, em circunstâncias tais, se aparece dinheiro para compra de votos, que se pague como bem merece, o advogado eleitoral de campanha. É esta a realidade que quero que muitos observem e vejam. Outra mais, contar com o ovo no cu da galinha, não interessa a profissional nenhum, porque eleição é uma faca de dois gomes. Se ganhar, pode até ser que você arrume uma lavagem de roupa qualquer como advogado do município, senão, vai ver návios e contar cordeirinhos, por que à falta de um contrato previamente firmado, deixou de ganhar os seus honorários. O importante também, é que o político pague antes da eleição, porque se for para depois, pode dar adeus aos seus suados honorários, ok camaradas! - São sempre assim as pelejas eleitorais e digo isso com propriedade e experiência próprias.
    

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