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sexta-feira, 11 de julho de 2014

POEMANDO - INSPIRAÇÃO MOMENTÂNEA DE UM ROMÂNTICO PERDIDO NO ESPAÇO E NO TEMPO


VERSOS SOLTOS, VERSOS MORTOS

Posso não fazer poema
Mas me sinto num dilema
De dessa forma poemar
E assim mais que de repente
O amor terno aflorar.

Poema não só se faz metrificando
Tampouco se enrolando
Como nos versos de Drummond
Pra pedras no caminho rolando
E a lugar nenhum se chegando.

Faço o poema que quiser
Sem norte, sem sorte e sem rima
Somente para quem estima
O manejar das palavras
Como um espadachim da esgrima.

Sou um nordestinado da sorte
Não temo o fim nem a morte
Nem mesmo com um chicote
Mesmo sendo até um Dom Quixote
Sou um paladino predestinado ao choque.

Mesmo que o mundo acabe em lama
Ao Céu vou subir em chamas
Reluzentes e chocando as brumas
Do amor divino que clama
Por uma alma que ama.

Podem até me escrachar
De mim sequer gostar
Mas jamais deixo de estar
Presente onde o povo ficar
Nem meu terno amor deixar.

Mas se um dia acontecer
De nesta vida perecer
Que seja num entardecer
Com o Sol no ocaso do norte
Sozinho, com lágrimas de dor
Morrendo com muito amor.

E pra você que não me acredita
Que a palavra seja desdita
Mesmo ela estando escrita
Com meu sangue numa cripta
 Há de ser uma coisa bonita
Que ao se esvair no Universo
Nunca mais será por alguém vista.

Entretanto nas estrelas
De noites profundas a brilhar
Só quero eu lá estar
Como uma delas a vaguear
Nas infinitas distâncias terra e mar.


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