PASSANDO À LIMPO – ENTREVISTA COM MANOEL MODESTO
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ENTREVISTAS
Nesta quinta-feira, o entrevistado da
vez, é o nosso amigo Rilke Vieira, jovem talentoso, aprendeu música com Eudes
França, o nosso primeiro entrevistado, popularmente conhecido como Mutuca e,
dentre os instrumentos musicais, toca saxofone, violão e também canta, além de
ler e escrever partituras musicais, tudo isto, por conta de seu mestre. Por seu
turno também, o jovem Rilke, é um expert
em computação eletrônica, principalmente em criações de artes gráficas e,
pretende montar um empreendimento relativo ao setor de customização e de
comunicação. Então vamos à entrevista:
P - MM – Amigo Rilke, você é daqui de Buíque mesmo, ou
nasceu em outro lugar?
R – RV - Meu caro amigo Dr. Manoel Modesto,
primeiramente obrigado pela oportunidade de expressão que o senhor me concede
nessa entrevista, e em poder expor um pouco dos meus singelos sentimentos e
pensamentos aqui indagados. Bem, vamos entrar mesmo nas perguntas. Sou natural
de Buíque mesmo, solteiro, nascido na Unidade Mista Alcides Cursino, na década
de 80 e tenho muito orgulho em fazer parte da nossa querida família buiquense.
P - MM – Você chegou a estudar o chamado hoje, ensino médio
e se já cursou, pretende ainda fazer uma faculdade? – Em qual seria essa área?
R – RV – Bem, Dr. Manoel, nunca
fui um aluno exemplar, reconheço, pois em minha juventude só pensava em namorar
as lindas garotas da época, e obtinha sucesso nas finalizações. Isso
atrapalhava um pouco os estudos, mas, nas viagens que a vida me proporcionou,
voltei a estudar e terminei o ensino médio no Rio de Janeiro, não dando
continuidade aos estudos devido às muitas horas de trabalho que eu era
submetido a exercer em minha função. Estou um pouco "enferrujado",
mas pretendo voltar a estudar e me formar em alguma universidade com certeza! O
curso no momento, não vou aqui citar, mas almejo... chegarei lá. Complementando: a única
faculdade que fiz foi apenas a da vida, e que ainda sou um mero aspirante,
dentro da realidade de nosso cotidiano.
P - MM – Na área musical, você já chegou a tocar em alguma banda, ou imaginou
criar uma você próprio, e qual o seu gênero musical que mais se identifica com
você?
R – RV - Bom meu querido e admirável camarada, sim
toquei em vários conjuntos musicais daqui e também no Rio de Janeiro, exercendo
a função de saxofonista. Em 2001, tive a honra de servir a nossa Pátria-Brasil,
no 71° Batalhão de Infantaria Motorizado, Batalhão Duarte Coelho-Garanhuns-PE, onde
prazerosamente fiz parte da banda musical daquele batalhão. Dali saiu muitas
amizades e experiências de vida que carrego até hoje no meu coração. A questão
de formar meu próprio conjunto, acredito que a maioria dos músicos pensam na
formação de suas "bandinhas" e em sair por ai fazendo a felicidade de
todos, mas existem muitos obstáculos, principalmente muita má vontade de alguns
bicudos. No entanto, no momento, prefiro ficar com meu violão tocando e compondo
algumas músicas ecléticas, que pretendo mais à frente publicar pra galera que
gosta de uma boa música. Eu escuto de tudo na musicalidade, desde o nosso
inesquecível Luíz Gonzaga até Jimi Hendrix, afinal de contas, quando se trata
de música, a gente fala de universalidade de diversos gêneros musicais. Música não tem fronteiras.
P - MM – Como você
se iniciou na arte musical e, como foi que aprendeu o ofício de artes gráficas
e de computação?
R – RV - A história aqui é longa, mas vou tentar
responder rapidinho ao senhor. Se não me engano, por volta de 1996, ainda na
gestão do Ex-Prefeito, Professor Blésman Modesto, atual Secretário de Cultura, Turismo e Desportos, de nosso município, surgiu milagrosamente uma escola de
música aqui em Buíque, sendo o mestre Eudes França (MUTUCA), o professor da
escolinha. Ali dei início aos meus primeiros contatos musicais de fato,
aprendendo uma nova escrita universal, a partitura. Dai por diante não parei
mais, continuei a estudar e evoluir, chegando a tocar em conjuntos
profissionais como já citado anteriormente. Na computação, comecei sozinho,
bisbilhotando, "quebrando o quengo". Fiz alguns cursos posteriores
como: digitação, operador de micros, montagem e manutenção, e estudei alguns
softwares, CorelDraw Fotoshop entre outros.
P – MM – Você já esteve fora de Buíque, no Rio de Janeiro, mais de uma vez, e o
que fez voltar à esta terra novamente?
R – RV - Eu amo minha cidade, Dr. Manoel Modesto, de
coração! - Aqui estão minhas raízes, sendo bom ou ruim, eu sou mil vezes Buíque
do que qualquer outro lugar na terra. Lá
fora a bandalheira anda à solta. Ninguém respeita ninguém, é morte, assaltos,
acidentes e todo tipo de atrocidades que se possa imaginar, praticamente todos
os dias. Aqui em nossa terra não, ainda se pode viver uma aparente paz, pelo
menos por enquanto, porque com essa explosão de onda de violência, com toda
certeza, as cidades do interior como a nossa, vai chegar a um tempo em que
serão também alvos dos facínoras e "malas" de todos os tipos.
P – MM – Pretende voltar ao Rio de Janeiro, ou tem planos
para o futuro aqui mesmo em Buíque?
R – RV - Nao... não!, meu querido! - Pretendo ficar permanentemente por aqui
mesmo em Buíque, tenho alguns planos sim senhor! - Vou ser bem-sucedido por
aqui se Deus quiser e me abençoar, tudo com certeza, dará certo. Acredito que é
só uma questão de oportunidade, e claro, de uma chance de credibilidade e
valoração daquilo que faço e sonho em fazer. Creio que aqui mesmo, apesar de
todas as adversidades, ainda serei um vencedor, se Deus quiser, Doutor!
P - MM – O que está faltando para você se firmar aqui em Buíque, incentivo
público, ajuda da iniciativa privada, enfim, como você vê a nossa terra em
termos culturais?
R – RV - Acredito que se o nosso querido Prefeito ou o
nosso Secretário de Cultura, enxergassem com "outros olhos" o lado de
nossa cultura no município e investissem, fizessem fervilhar nosso caldeirão
cultural, muitas coisas iriam mudar; novas oportunidades surgiriam, dando vez a
quem merece e tem talento, mas está no obscurantismo, porque ninguém mexe um
dedo para ajudar. Buíque é uma cidade rica de talentos, tenho maior orgulho
disso! - Só basta mesmo explorarem, investirem, que com certeza o retorno virá,
na questão socioeconômica de Buíque e “rapidinho”, poderíamos ter uma outra
face em nossa pobre cultura, que está praticamente acabada, morta de verdade. Essa
seria uma boa saída para muitos Jovens daqui de nossa terra, entre tantas
outras, em se criando novas oportunidades para nossa meninada, que não aprende
outra coisa, a não ser tomar cachaça, uso de outras drogas prejudiciais e nocivas, e sempre deixando à
vida rolar, sem se preocupar com um norte de vida, um amanhã! – É duro a gente
ter que dizer isso, mas é a pura realidade de nossa juventude.
P – MM – Você tem conhecimento se alguma coisa vem sendo feita na área
cultural, ou Buíque está esquecida nesse quesito?
R – RV - Até o momento não tenho conhecimento algum
sobre projetos culturais, pode ser que tenha algum nos papéis das gavetas ou
entocados nos gabinetes. Se estiverem alguns projetos culturais para a área,
então que busquem meios, junto com a gente mesmo, para que eles venham enfim, a
se concretizarem! - Digo isso, para o bem do nosso querido povo, principalmente objetivando
a condição de vida dos jovens e de um futuro digno para essa molecada, que está
por aí sem saber o que fazer da vida, esta é a mais pura realidade. Agora
musicalmente deveria sim, existir de fato, uma escola de música em Buíque,
mantida pelo próprio poder público, coisa que existiu noutros governos, por que
não dar continuidade a um valioso projeto de vida e de arte, para dotar nossa
juventude de uma condição de vida digna, evitando assim, que se desviem para
outros caminhos em suas vidas? – É verdade, ou não!
P - MM – Como você vê a política atual de Buíque e como poderia se antever um
futuro promissor aqui mesmo?
R – RV - Não tenho nada contra a política atual, pelo
contrário, quero parabenizar os feitos no município, e dizer também, que podem
melhorar com certeza, pois a vida é feita de evoluções e, o povo deu a
oportunidade, então deixem seus legados. Sim! - E outra coisa, eu ia
esquecendo! - A cidade está mais organizada que noutras gestões anteriores,
isso todo mundo sabe. Agora sobre futuras pré-candidaturas para o poder
executivo do nosso município, o senhor Dr. Manoel Modesto, seria uma ótima
opção, e digo mais! - Buíque ganharia muito com uma pessoa de caráter e
profissional igual ao senhor! - Assino em baixo com tinta preta e bem legível. Só uma ideia meu camarada, blz!?.
- ...Interrompendo, o entrevistador: - Camarada, não estamos falando de mim, mas
sim, de você! – Quanto à uma possível candidatura minha, isso só o povo é quem
poderá dizer, afinal de contas, ninguém pode ser candidato de si mesmo, né
camarada Rilke!
P – MM – Dê a sua visão, sobre o que você espera para você mesmo e como você vê
o futuro de nossos jovens?
R – RV - O que espero pra mim? - Bem, que Deus me
conceda muita saúde, paz, alegria e oportunidades de realizar alguns sonhos,
pois tenho muitos. Para os jovens, recapitulando a resposta da pergunta
anterior, a cultura musical seria uma ótima saída para essa nossa juventude que
não sabe o que fazer da vida, não tem um caminho, que está em busca de alguma
coisa. Vou te dizer uma coisa, meu velho amigo, cabeça vazia é oficina do
Diabo. A juventude está uma "bagaceira só", não sei como em tão pouco
tempo mudaram tanto as coisas, praticamente fui adolescente ontem, e era
totalmente diferente, das ideias dos jovens de hoje. Então senhores de boa-fé,
"deem uma revisada nas ideias das cacholas", e coloquem pra funcionar
algo também nessa área, ok? – Estamos também, prontos para reforçar e fazer uma
união em busca do fortalecimento de nossa cultura e do nosso povo. Abraços e
boa sorte a todos.
MUITO OBRIGADO PELA OPORTUNIDADE, FELICIDADES,
SUCESSOS PARA TODOS!
Bem minha gente, está aí pois, mais uma entrevista de um jovem
buiquense, que como tantos, está à busca de um lugar ao Sol, faltando pura e
simplesmente, tão-somente uma oportunidade, que muitos sozinhos não conseguem
realizar os seus sonhos, mas com uma pequena ajuda dos poderes constituídos,
cada um e cada qual, poderá com certeza ter um futuro de vida e aprender a
andar com as suas próprias pernas, certo camaradas! – Semana que vem, tem mais
um entrevistado. Quem tiver interesse, entre em contato comigo, que decidirei
sobre se entrevisto ou não, mas quero dizer, que o nosso Blog está aberto para
todas as pessoas, indistintamente, mas também, tenho meus critérios de
discernimento sobre o que devo ou não publicar e colocar no mundo internetário.
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